sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

PROGRAMAÇÃO DO BLOG | VERSÃO 2018

Encontrei essa imagem AQUI

Olá, pessoas! Tudo bem? :)

Quero compartilhar com vocês a programação do blog para 2018, que entrará em vigor a partir da próxima postagem. Como puderam perceber ao longo do ano, não consegui postar com a frequência que eu gostaria, portanto, decidi reduzir o número de textos por semana. A partir de janeiro os dias de posts serão:

Terça-feira, às 8 horas
Sexta-feira, às 8 horas

Além de reduzir um dia na semana, não vou mais especificar qual dia é de resenha e qual dia é de postagem aleatória. Espero que essa flexibilidade me permita, pelo menos dessa vez, cumprir com a agenda!


♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
 
Encontrei essa imagem gracinha AQUI

Como essa é a última postagem de 2017, quero desejar a todos um Feliz Ano Novo! Que 2018 seja repleto de felicidades e excelentes leituras!

Muito obrigada por me acompanharem nesse ano e que venham os próximos!

Até mais!

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Resenha | O Assassino das Sombras, de Matthew Scott Hansen


SINOPSE
Inspirado na lenda do Pé Grande, Matthew Scott Hansen faz o leitor pensar duas vezes antes de acampar. É que em seu primeiro romance o camping se torna um pesadelo. Nas montanhas do noroeste dos Estados Unidos, perto de Seattle, aventureiros descuidados provocam um enorme incêndio florestal – o que desencadeia uma sangrenta vingança. Morador da floresta, um gigantesco primata de espécie desconhecida começa a caçar os visitantes.
À medida que as pessoas começam a sumir das florestas próximas, o ex-magnata do software Ty Greenwood põe em risco a carreira, a fortuna e a família para descobrir por quê. Atormentado por seu próprio encontro com uma criatura semelhante três anos antes, Ty vê seu passado colidir com o que desconfia estar acontecendo. Dessa vez, porém, não percebe que as apostas são muito mais altas.
Em sua busca por dois dos desaparecidos, o inspetor do Departamento do Xerife de Snohomish Mac Schneider descobre uma pegada enorme. Seria uma falsificação, ou haveria na floresta algo que se deva de fato temer? Apesar dos indícios que vão se acumulando, Mac tem medo de ser ridicularizado, e reluta em revelar que o mito pode, na verdade, ser uma aterradora realidade.
Junta-se à busca um velho ator índio que carrega um segredo perturbador: um importante personagem tem uma conexão mística com o monstro. Será que eles conseguirão pôr fim à sua ira mortífera antes de o primata assassino destruir tudo que lhes é mais caro?
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Sinceramente, acho que fazia um SETE anos que esse livro estava parado na minha estante. Infelizmente, tive uma fase muito consumista em relação a livros e nem sempre avaliava direito o que comprava; adquiria apenas porque estava em promoção. Felizmente melhorei muito nesse aspecto e, melhor ainda, resolvi finalmente desencalhar essa belezinha. Já adianto uma coisa: o dinheiro gasto valeu a pena!

NARRATIVA: O texto é fluido e dividido em capítulos curtos, facilitando a leitura. A narração é feita em terceira pessoa e sob vários pontos de vista, o que dá ao leitor uma visão ampla da trama. Considerei algumas passagens desnecessárias, mas no geral não há enrolação; pode-se dizer que o conteúdo é objetivo.

PERSONAGENS: Alguns personagens são muito interessantes, como Ben Campbell (o índio), a criatura desconhecida e Ty Greenwood. A única evolução perceptível é a do monstro, mas não num sentido muito bom: a cada página ele vai ficando mais e mais violento; seus pontos de vista acrescentam muito à obra, criando verdadeiros momentos de tensão. Ben Campbell e Ty Greenwood possuem ligações com esse primata, embora de naturezas bem diferentes; acredito que é essa relação, devidamente explicada, que faz com que esses personagens se tornem especiais. Por outro lado, alguns personagens são um pé no saco. Fiquei profundamente chateada com o desenvolvimento de Kris Walker, a repórter bonitona e sem escrúpulos, porque já estou cansada de encontrar esse tipo de papel para a mulher na literatura: a gostosa que venceu na vida transando com as pessoas certas, que não mede esforços para conseguir o que quer e não se importa com ninguém porque já sofreu muito na vida. Me poupe.

A TRAMA: O livro é inspirado na lenda do Pé-Grande, portanto, não há nenhum mistério sobre o que está rondando a floresta. O grande X da questão é saber como e se essa criatura será capturada e quanto mal ela fará até lá. Algumas cenas de ataque são bem detalhadas, portanto, não recomendo a leitura para uma pessoa sensível. O final me deixou um pouco insatisfeita, pois achei inverossímel dadas às circunstâncias, mas tudo bem, nada que comprometa a história.

Concluindo: recomendo a leitura, exceto se você for uma pessoa sensível a descrições um pouco violentas. Apesar do desenvolvimento insatisfatório de alguns personagens e de um final levemente inverossível, o livro é muito bom!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: O Assassino das Sombras
Autor(a): Matthew Scott Hansen
Ano da edição lida: 2007 
Editora: Objetiva/Suma de Letras
Páginas: 539
Classificação: ✯✯✯✯

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Resenha | Frankenstein, de Mary Shelley


SINOPSE
Neste clássico da literatura ocidental, o suspense percorre todo o romance, do início ao fim. Inebriado por uma sociedade cientificista e encantado com a alquimia medieval, um estudante decide criar um ser humano. Quando, porém, ele dá o sopro de vida à criatura, é tomado de horror e foge, abandonando sua invenção. Com uma personalidade a um só tempo dócil e cruel, forjada numa existência solitária no mundo, o monstro decide ir atrás de seu criador, mas é novamente rejeitado. Amargurado pelo modo odioso com que é tratado pelas pessoas, inicia a mais cruel das vinganças, que desencadeia uma dupla perseguição e um inevitável fim trágico.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Quem mais aí pensou, em algum momento da vida, que Frankenstein fosse o monstro? Pessoa, você não está sozinha! kkkkkkkk Em minha defesa, descobri meu equívoco muitos anos antes de me atrever a ler esse livro! :D

Na obra, que é um clássico da literatura, Victor Frankenstein é um jovem estudante muito dedicado e completamente obcecado por conhecimento. Nessa sua obsessão, resolve criar um ser humano... e consegue! O problema é que essa criatura tem uma aparência incomum e acaba despertando "nojo" em seu criador, que foge. Sozinha no mundo e completamente desnorteada, a criatura parte em busca de seu idealizador. Esse reencontro promete altas tretas!

De um lado temos a criatura, que a princípio só quer fazer o bem e ser amada, mas é corrompida pelo modo como é desprezada pelos homens. Por outro lado, apesar de seus erros, todo sofrimento de Victor Frankenstein é inimaginável. Não tem como ficar indiferente a esse livro, pois são muitas emoções que o permeiam. É, com certeza, uma história de partir o coração.

A narração é dividida entre vários personagens. No começo, temos um navegador/marinheiro que se comunica por cartas com sua irmã (é ele quem abre e fecha o livro); é a partir desse personagem que Victor Frankenstein será introduzido e assumirá a narrativa por grande parte da obra, contando toda a sua trajetória até ali. No meio da trama temos a narração da própria criatura que é, sem dúvida, a parte mais emocionante do livro. Não tem como NÃO se comover!

O livro foi publicado pela primeira vez em 1818, então a linguagem não é nada contemporânea (é das antigas mesmo kkkk). No começo a leitura pode até parecer arrastada e complicada, mas depois o leitor se acostuma e a trama assume outros ares. Acredito que se o tradutor tivesse dado uma atualizada no texto, a obra perderia todo o seu encanto.

É um livro maravilhoso e recomendo muito a leitura!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Frankenstein
Autor(a): Mary Shelley
Ano da edição lida: 2015
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 240
Classificação: ✯✯✯✯

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Resenha | Evangelho de Sangue, de Clive Barker


SINOPSE
Clive Barker retorna à sua poderosa voz narrativa em grande estilo. Evangelho de Sangue é o sombrio, sangrento e brutal épico do terror, narrado pelo mestre inquestionável do gênero, e ansiosamente aguardado pelos fãs.
Evangelho de Sangue oferece uma junção clara dentro do universo de Barker. Os leitores mais atentos já perceberam que as histórias dele se passam em um mesmo universo, mas, agora, o mundo de Hellraiser é explicitamente unido ao do detetive Harry D’Amour – que aparece em outras histórias do autor, como o conto “The Last Illusion”, presente no sexto volume dos Livros de Sangue, e no romance Everville.
D’Amour, que se dedica a investigar casos sobrenaturais, mágicos e malignos, vem encarando seus demônios pessoais há anos. Quando ele se depara com uma Caixa das Lamentações, seus demônios internos são substituídos por demônios de verdade conforme ele se vê enredado em um terrível jogo de gato e rato, absolutamente complexo, sangrento e perturbador. Evangelho de Sangue reconduz os leitores ao tempo marcado por dois de seus mais icônicos personagens, que conduzem a história em uma batalha entre o bem e o mal tão antiga quanto o tempo, onde o autor conecta a mitologia de Hellraiser ao Inferno bíblico.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Quando peguei esse livro para ler pela primeira vez, em dezembro de 2016, fiquei traumatizada com o prólogo e não quis saber dele por um tempo. Mas como sou brasileira e não desisto nunca, coloquei-o na meta de 2017 e, em maio, nas minhas férias, finalmente criei coragem para lê-lo. Sinceramente, nem era pra tanto, vai... Sou mesmo uma #dramaqueen. Fala sério.

No prólogo, Pinhead (ou o Sacerdote do Inferno, mas Pinhead é mais degradante e, portanto, mais adequado) está completamente maluco e sanguinário e destrói tudo (ou todos) que vê pela frente. Como eu disse anteriormente, fiquei bastante chocada numa primeira leitura, já que tem muito sangue e vísceras rolando por toda parte, mas depois achei que não foi tão grave assim (quer dizer, foi, mas eu não liguei). Pinhead estava em busca de conhecimento, portanto, caçou todos os magos do mundo em busca de sabedoria. E por que ele queria tanto saber? Só lendo para descobrir, porque não vou contar! :D

Do outro lado, temos Harry D'Amour, um investigador de casos sobrenaturais, que acaba caindo numa armadilha e abrindo a Caixa das Lamentações (quem já leu Hellraiser sabe quão adoráveis são as coisas que acontecem com quem abre essa belezinha #ironia). E quem aparece para Harry? Pinhead, é claro! O Sacerdote do Inferno o convida para testemunhar certos fatos que acontecerão no Inferno. A princípio, Harry recusa, mas não é como se ele tivesse muitas opções, né? Pinhead apronta uma para cima dele que o deixa sem escolhas, portanto, a maior parte do livro se passa no Inferno, quando D'Amour e seus amigos partem em busca do cenobita para testemunhar o que quer que seja.

Para ser sincera, eu estava esperando um livro bem gore, com muito sangue, vísceras, desmembramentos e todas essas coisas *nojentas* voando pra lá e pra cá, mas felizmente isso não aconteceu. No prólogo realmente tem isso, mas depois a trama assume ares mais aventureiros. Gostei muito da representação do Inferno, combinou com o clima do livro e tornou tudo bem mais interessante. Gostei também do Harry e seus amigos, são personagens muito carismáticos que contribuíram bastante para o desenvolvimento da história.

O que me deixou um pouco chateada foi o comportamento do Pinhead. Pela fama que ele e todos os cenobitas têm, achei que suas ações no livro deixaram a desejar. A "batalha final" também não me agradou, foi bem frustrante. Isso vai parecer meio contraditório, porque eu acabei de mencionar que esperava um pouco mais do Sacerdote do Inferno (no sentido de ser mau), mas lá pelo final da trama ele faz uma coisa que me deixou bem pistola, foi desnecessário, não era bem naquilo que eu estava pensando quando disse que queria mais maldade.

Enfim, é um livro bom. O universo que Clive Barker criou é interessantíssimo, assim como os próprios cenobitas e todo o esquema da Caixa das Lamentações, sem dúvida. Meu problema com essa obra está no comportamento e nas motivações do Pinhead e na batalha final. Hellraiser é infinitamente melhor! Mesmo assim, se você tem interesse nesse tipo de história, eu recomendo, sim, a leitura. Até porque, pode ser que você goste muito da trama. :)

Obs.: Evangelho de Sangue NÃO é uma continuação de Hellraiser (e nem o contrário).

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Evangelho de Sangue
Autor(a): Clive Barker
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 320
Classificação: ✯✯✯

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Resenha | A verdade sobre o caso Harry Quebert, de Joël Dicker


SINOPSE
Aos vinte e oito anos Marcus Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se um best-seller, ele virou uma celebridade e assinou um contrato milionário para um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores. A poucos meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado pelo seu editor e pelo seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha.
Na tentativa de superar seu bloqueio criativo, Marcus decide passar uns dias com seu mentor, Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país. É então que tudo muda. O corpo de uma jovem de quinze anos - desaparecida sem deixar rastros em 1975 - é encontrado enterrado no jardim de Harry, junto com o original do romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato.
Com o intuito de ajudar Harry, Marcus começa uma investigação por contra própria. Uma teia de segredos emerge, mas a verdade só virá à tona depois de uma longa e complexa jornada.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


— Um bom livro, Marcus, não se mede somente pelas últimas palavras, e sim pelo efeito coletivo de todas as palavras que a precederam. Cerca de meio segundo após terminar o seu livro e ler a última palavra, o leitor deve se sentir invadido por uma sensação avassaladora. Por um instante fugaz, ele não deve pensar senão em tudo que acabou de ler, admirar a capa e sorrir, com uma ponta de tristeza pela saudade que sentirá de todos os personagens. Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter terminado. (Harry Quebert para Marcus Goldman, p.563)

Em 2008, Marcus Goldman se vê com a corda no pescoço (metaforicamente falando, claro). Depois de fazer um sucesso estrondoso com a publicação do seu primeiro livro, dois anos antes, assinou um contrato milionário com uma grande editora para a publicação de seu próximo romance. O grande problema é que ele foi acometido por um fenomenal bloqueio criativo e, às vésperas do prazo para a entrega do original, não escreveu uma linha sequer. Desesperado e pressionado pelo seu editor e pelo seu agente, resolve se retirar para Aurora, uma pequena cidade na qual vive seu ex-professor universitário, mentor e melhor amigo, Harry Quebert, que oferece suas instalações - Goose Cove, uma enorme casa na beira da praia - para que Goldman se inspire e volte a escrever. É lá que ele descobre que Quebert, no verão de 1975, 33 anos antes, se envolveu com uma adolescente de 15 anos, Nola Kellergan, e que a mesma, no dia 30 de agosto de 1975, desapareceu sem deixar vestígios.

A coisa realmente complica quando os restos mortais de Nola são encontrados em Goose Cove, propriedade de Harry Quebert. Obviamente ele é considerado culpado e é preso. Marcus Goldman, que a essa altura já tinha retornado à Nova York, vai correndo para Aurora na tentativa de provar que seu amigo é inocente. E então tem início a investigação criminal mais maluca que eu já li na minha vida.

Listei abaixo os principais pontos que me fizeram ficar um pouco decepcionada com esse livro:

1. A investigação criminal: essa parte da trama até que foi interessante, fiquei curiosa em vários momentos, mas o que me deixou irritada foram as várias reviravoltas cansativas e desnecessárias. Eram tantas que cheguei até a ficar confusa. Se o autor queria impressionar com suas "habilidades de escrita e criatividade", não funcionou. Eu valorizaria muito mais se ele tivesse conduzido uma investigação linear, sem ficar dando voltas e mais voltas, e inserido apenas UMA reviravolta no final (pra dar AQUELA emoção! kkkk).

2. Os personagens: nunca vi tanta gente desprezível junta. Sério. Se essa não foi a intenção do autor - e eu tenho quase certeza de que não foi -, ele falhou miseravelmente na construção de personagens. Marcus Goldman, Harry Quebert, Nola Kellergan, todos irritam. Mas ninguém irrita tanto quanto Tamara Quinn e a mãe do Marcus Goldman. Se esta última foi introduzida para dar um alívio cômico, DEU RUIM.

3. Os diálogos: este tópico está diretamente relacionado ao anterior. Um dos motivos para os personagens serem tão insuportáveis é justamente a falta de qualidade nos diálogos. As conversas são sofríveis. Várias vezes me peguei com um ódio intenso do livro, só porque estava lendo um diálogo extremamente imbecil. Quando a mãe do Marcus Goldman aparecia, eu tinha vontade de defenestrar o livro. A mesma coisa acontecia quando eu lia as conversas entre Tamara Quinn e seu esposo e também entre Harry e Nola: no caso desses últimos, até vertia mel das conversas.

4. O romance: em que planeta um romance entre Harry Quebert e Nola Kellergan convenceria alguém??? Para começo de conversa, ele tinha 34 anos na época, enquanto a garota tinha 15. QUINZEEE!!! Isso tá muito errado em vários sentidos. Mas mesmo desconsiderando a idade, o relacionamento deles era melosamente idiota. "Harry querido" pra cá, "Nola querida" pra lá, "Eu me mato se você me deixar", "Só te perdoo se você me disser que sou bonita" e mais um monte de mimimi que me deixou enjoada. E no final, tive que aguentar todo aquele chororô de Quebert, com 67 anos nas costas e nenhum juízo. Me poupe.

5. O livro (dentro do livro): em todo início de capítulo, há uma lição de Harry Quebert para seu pupilo sobre a arte de escrever (o que é ser um escritor de verdade, como escrever um bom livro etc.). A ideia é interessante, mas o problema é que isso dá certo ar de prepotência à obra e ao autor (neste caso, falo de Joël Dicker). Veja, por exemplo, a citação no início desta resenha: segundo Harry Quebert, um bom livro é aquele que o leitor, ao terminá-lo, contempla a capa, sorri e sente tristeza pela saudade dos personagens. Partindo desse pressuposto e de acordo com minha experiência de leitura, posso afirmar que A verdade sobre o caso Harry Quebert NÃO é um bom livro. Tá vendo como a prepotência não dá certo??? kkkkkk

Resumindo: se você considerar apenas a parte criminal da história, o livro é bom, desde que você releve as reviravoltas malucas. Agora, se levar em consideração os diálogos e a construção dos personagens, é melhor procurar outro passatempo.

Não posso nem culpar o marketing, afinal, faz tempo que esse livro foi lançado e mesmo assim ele nunca saiu da minha lista de desejos. Mas é aquela coisa: se você ficou curioso ou na dúvida, é melhor ler e tirar suas próprias conclusões. Tem muita gente falando bem dessa obra, então pode ser que você goste.

Obs.: O policial estadual Gahalowood é, de longe, meu personagem favorito. ♥

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: A verdade sobre o caso Harry Quebert
Autor(a): Joël Dicker
Ano da edição lida: 2014
Editora: Intrínseca
Páginas: 576
Classificação: ✯✯✯(tá mais pra 2,5)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Resenha | Os Condenados, de Andrew Pyper


SINOPSE
Danny Orchard conseguiu enganar a morte e ganhou uma segunda chance para viver. Só que ele não voltou do inferno sozinho. Em Os Condenados, Andrew Pyper, autor do fenômeno O Demonologista, explora as conexões de amor e ódio entre irmãos gêmeos, numa história sobrenatural digna de pesadelos.
Danny passou por uma experiência de quase-morte em um incêndio há mais de vinte anos. Sua irmã gêmea, Ashleigh, não teve a mesma sorte. Danny conseguiu transformar sua tragédia pessoal em um livro que se tornaria um grande best-seller. Ainda que isso não signifique que ele tenha conseguido superar a morte da irmã. Claro, ela nunca mais o deixaria em paz.
Mesmo depois de morta, Ash continua sendo uma garota vingativa e egoísta, como sempre. Mas agora que seu irmão finalmente tenta levar uma vida normal, ela se torna cada vez mais possessiva. Danny parece condenado à solidão. Qualquer chance de felicidade é destruída pelo fantasma de seu passado, e se aproximar de outras pessoas significa colocá-las em risco.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Em seu aniversário de 16 anos, Danny Orchard morre num incêndio, numa tentativa de salvar sua irmã gêmea, Ashleigh, que também perde a vida nesse acidente. Entretanto, apenas Danny consegue voltar do mundo dos mortos, mas isso não significa que ele está livre de sua irmã. Pelo contrário. Ela sempre dá um jeito de atormentá-lo e de impedir que ele tenha uma vida "normal". Mas por que se livrar da irmã seria uma coisa tão boa? Simples: ela era uma psicopata de primeira linha!

Em algumas partes do livro, Danny nos conta algumas de suas experiências com Ash: a forma como ela sempre dominava os lugares, relegando-o ao segundo plano; como as pessoas exultavam Ash e o "menosprezavam"; como ela gostava de vê-lo presenciando suas atrocidades etc. Nem seus pais sabiam como lidar com a garota e cada um deles procurava refúgio em um lugar diferente: a mãe na bebida, o pai no trabalho. Enfim, a vida deles não era nada boa.

Quando Ash morre, Danny (depois de voltar à vida) acredita que seus dias serão bem melhores. Mas essa "felicidade" não dura quase nada, pois em pouco tempo sua irmã passa a assombrá-lo. Na tentativa de se livrar dela, que está mais forte a cada dia que passa, ele mergulha em uma jornada para descobrir o que realmente aconteceu no dia do incêndio, achando que desta forma ela o deixará em paz.

A construção da personalidade de Ash foi uma coisa que me agradou muito no livro, pois achei que foi relativamente bem retratada. Ficou evidente que ela era uma psicopata e que seu comportamento assustava seus familiares, que não sabiam o que fazer com ela, nem como lidar com seu "problema". Outra coisa que gostei foi a investigação: não é nada muito elaborado, não tem pistas complexas a seguir e passa bem longe de um romance com Hercule Poirot ou Sherlock Holmes, mas foi interessante acompanhá-la e despertou minha curiosidade. A descrição do Outro Lado (inferno, mais precisamente kkkkk) é bem perturbadora e dá pra ficar com certo 'medinho'. Impressionante.

Enfim, não é uma trama espetacular, mas se for comparar com O Demonologista, do mesmo autor, Os Condenados com certeza ganha. Recomendo a leitura!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Os Condenados
Autor(a): Andrew Pyper
Ano da edição lida: 2016 
Editora: DarkSide Books
Páginas: 336
Classificação: ✯✯✯✯

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Book Haul | Maio de 2017

Olá pessoal! Tudo bem com vocês?

Hoje trago os livros que comprei no mês de maio. Não são muitos (apenas três), mas foram escolhas muito cuidadosas, principalmente porque nenhum deles estava na minha lista de desejados! kkkk

Obs.: Fellside foi uma compra do meu esposo, mas coloquei na lista porque minha intenção é ler essa obra ainda esse ano.

Espero que gostem!

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


BONECO DE PANO,
de Daniel Cole


[Sinopse] O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas - e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele - e com seu passado - do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.



FELLSIDE: ESTRANHOS VISITANTES,
de M.R. Carey


[Sinopse] Fellside é uma prisão de segurança máxima localizada nos confins da Inglaterra. Não é o tipo de lugar que você gostaria de terminar, mas é o lugar onde Jess Moulson irá passar o resto de seus dias. Acusada de ter incendiado o seu apartamento e matado por acidente uma criança, Jess é jogada ao esquecimento atrás de celas escuras e na companhia das prisioneiras mais perigosas do bloco de segurança máxima. Ela não pode confiar em ninguém.
Exceto na companhia de uma criança. Uma criança morta.












BURACOS NEGROS,
de Stephen Hawking


[Sinopse] Em palestras emblemáticas, o lendário físico Stephen Hawking discorre sobre as complexidades que cercam um dos mais fascinantes mistérios do universo.
Em 2016, participou da série de palestras BBC Reith Lectures, promovida pela rede de televisão britânica BBC e transmitida pela rádio BBC 4. A cada ano uma figura proeminente de sua área é convidada a discorrer sobre temas relevantes. Naqueles meses de janeiro e fevereiro, Hawking falou sobre um assunto que há décadas ocupa lugar de destaque em suas pesquisas: os buracos negros.
Em duas exposições memoráveis, um dos maiores gênios da atualidade argumenta que, se pudéssemos compreender como os buracos negros funcionam e como eles desafiam a natureza do espaço e do tempo, seríamos capazes de desvendar os segredos do universo. Insights de toda uma vida são apresentados com a lucidez e a já conhecida verve cômica de Hawking, acrescidos de notas explicativas que situam o leitor nos trechos mais cruciais.
Enquanto a maioria dos especialistas se conforma com o fato de trabalhar com temas praticamente ininteligíveis para o público geral, Stephen Hawking tomou para si o papel de grande paladino da divulgação científica - e nesse pequeno livro, mais uma vez, extrapola todas as expectativas.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Desses já li Boneco de pano e Buracos negros. Publicarei a resenha desses dois livros em breve, mas já adianto que me decepcionei um pouco com o primeiro. =/

Acontece.

Se tiverem alguma sugestão de livro ou de postagem para o blog, sintam-se à vontade para deixar um comentário.

Até a próxima, pessoal!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Resenha | O Iluminado, de Stephen King


SINOPSE
Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do Hotel Overlook.
Quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeira. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny se livrar das convulsões que assustam a família.
Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo se esqueceu de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Se você acompanha o blog há algum tempo ou, sem querer, se deparou com uma resenha de livro que virou filme, já sabe o que vou dizer, né? Não, eu nunca vi esse filme. Sim, eu tenho um pouco de vergonha de ter lido esse clássico do mestre King só agora, mas antes tarde do que mais tarde ainda, né?

Na trama, Jack Torrance é contratado para a função de zelador do Hotel Overlook, uma construção antiga e imponente que fica no meio do nada. Ele assume a função na temporada de inverno e sabe que em algum momento ficará preso pela neve (que perspectiva adorável! muito seguro!). Sua esposa Wendy e seu filho Danny vão com ele. O garotinho é iluminado, ou seja, é capaz de ouvir pensamentos e "prever o futuro". Suas habilidades serão um combustível para o Hotel (é isso mesmo que você leu, coleguinha) e coisas muito sinistras acontecerão após a sua chegada.

Logo no primeiro capítulo eu já decidi que não gostava de Jack Torrance. Talvez tenha sido seu gênio incontrolável ou sua obsessão em pensar nas bebidas alcoólicas que já lhe causaram tantos problemas, mas o fato é que ele poderia ter se tornado papa e mesmo assim eu o teria desprezado. Aliás, Stephen King tem o dom de criar personagens insuportáveis. Ou eu é que sou chata mesmo. Mas reconheço que sem esse ser problemático, a história não teria existido.

É de conhecimento (quase) geral que Stephen King adora uma embromation e em O Iluminado não foi diferente. O começo é arrastado, mas não achei chato. Tenho um nível elevado de tolerância quando se trata desse autor, provavelmente por ter 99% de certeza de que vai valer a pena no final. No caso desse livro, nós acompanhamos detalhadamente como o Overlook se fortalece aos poucos, como as mentes dos personagens são afetadas dia após dia, ou seja, temos plena noção de tudo o que está acontecendo, quem pensa o quê, quem desconfia do quê e assim por diante. Os eventos sinistros são realmente assustadores, eu me colocava no lugar deles e ficava tensa. Foi impressionante! (pelo menos para mim, pois já conversei com pessoas que riram do meu medo, vejam só que deprimente).

Danny Torrance é um personagem adorável, mora no meu ♥. Fiquei muito triste por tudo o que estava acontecendo com ele (até mesmo antes de irem para o Hotel). Wendy me pareceu bem real: consegui me conectar com ela e entender seus medos, frustrações e sentimentos não muito nobres. Hallorann, o cozinheiro do Overlook, também foi um personagem de destaque para mim.

Eu até ia dizer que o final foi muito apressado, principalmente se levarmos em consideração o tanto que o autor "enrolou" antes de fazer o circo pegar fogo, mas a verdade é que eu devorei o livro nas 150 últimas páginas, então não sei se essa minha impressão é acurada. kkkkkkk De toda forma, gostei muito do desfecho. Foi impactante. Este é, com certeza, um dos melhores livros que li na vida. Recomendo demais a leitura!

Obs.: Eu sei que Doutor Sono não é uma continuação direta, mas mesmo assim fiquei curiosa para lê-lo. Talvez eu faça isso em 2018, se a curiosidade não falar mais alto...

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: O Iluminado
Autor(a): Stephen King
Ano da edição lida: 2012
Editora: Suma de Letras
Páginas: 464
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Resenha | Os 13 problemas, de Agatha Christie


SINOPSE
Mistérios sem solução. Fatos verdadeiros, prosaicos e que ninguém jamais conseguiu explicar. É com o objetivo de discutir esses casos que estão no limiar do entendimento humano que surge o Clube das Terças-Feiras, um grupo eclético formado por um escritor, uma artista, um sacerdote, um ex-comissário da Scotland Yard e um procurador. O sexto elemento do grupo é na verdade a dona da casa onde acontecem as reuniões. Seu hobby é o tricô, mas enquanto trabalha com as agulhas, Miss Marple ouve cada relato com atenção. Aparentemente o dia a dia no pacato vilarejo de St. Mary Mead lhe trouxe certa experiência de vida para resolver mistérios que aos olhos comuns parecem não ter solução.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Os 13 problemas é um livro protagonizado por Miss Marple e "dividido" em três partes (não é uma divisão formal). Na primeira parte, seis pessoas se reúnem na casa de Miss Marple e formam o Clube das Terças-Feiras; em cada reunião, um dos membros deve contar uma história, da qual já sabe o desfecho, para que os demais tentem adivinhar o que de fato aconteceu. Na segunda parte, Miss Marple é convidada para jantar na casa dos Bantry e a dinâmica se repete: cada um conta uma história e os demais tentam resolver o mistério. Na terceira parte, Miss Marple procura Sir Henry Clithering, ex-comissário da Scotland Yard que estava presente nos outros eventos, para lhe ajudar a resolver um crime recente: ela tem certeza de quem é o culpado e teme que uma pessoa inocente seja injustamente acusada, portanto, a missão de Clithering é investigar o caso.

O livro é curtinho e as histórias acabam muito rápido; muitas delas são realmente interessantes. O mais legal é que todo mundo desconfiava das capacidades dedutivas de Miss Marple, mas ela deu um baile e colocou todo mundo no bolso!

Embora Os 13 problemas não seja o melhor livro da autora, ele mostra o quão versátil ela pode ser dentro da ficção policial. Se você gosta do gênero e está a procura de algo rápido e descontraído, esta obra é ideal! Mas se você procura algo complexo, com interrogatório, reviravoltas etc., esse título não é uma boa pedida (mesmo assim, recomendo que leia em algum outro momento kkkkk).

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Os 13 problemas
Autor(a): Agatha Christie
Ano da edição lida: 2015
Editora: L&PM
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯

sexta-feira, 2 de junho de 2017

TAG | Eu Nunca Book TAG



Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Hoje trago uma TAG muito bacana que vi no blog Coração de Tinta, intitulada Eu Nunca Book TAG. Espero que gostem! :D

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


1. "Eu nunca li isso" - Um livro que você não leu, mas que aparentemente todo mundo já

Eu nunca li a trilogia Jogos Vorazes e, pelo menos por enquanto, não tenho a intenção de ler. Também nunca li a trilogia O Senhor dos Anéis, mas pretendo mudar isso algum dia.


2. "Eu nunca li algo tão maravilhoso" - O seu livro favorito

Eu tenho vários livros favoritos, mas para citar um que li em 2017 e que foi uma grande vitória pessoal, escolho Sob a redoma, de Stephen King.


3. "Eu nunca imaginei que conseguiria terminar isso" - Um livro ou uma série que você não curtiu, mas foi até o fim

Livro: O menino que desenhava monstros, de Keith Donohue. Não gostei da maioria dos personagens e não me empolguei com a trama. Decepção total.

Série: O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams. Os dois primeiros livros foram bem bacanas, mas a partir do terceiro a coisa desandou. Não tenho certeza se eu realmente deveria ter terminado a série.


4. "Eu nunca vou terminar isso" - Um livro ou uma série que você abandonou

Livro: Deus, um delírio, de Richard Dawkins. Este livro se tornou muito "técnico" e maçante. Achei que o texto seria muito mais dinâmico. Abandonei na metade.

Série: A Saga do Tigre, de Colleen Houck. A protagonista dessa série me irritou profundamente com todos os seus mimimis. Li apenas o primeiro livro: A maldição do tigre.


5. "Eu nunca vou me arrepender de ter lido isso" - Um livro que você leu por recomendação de alguém e acabou gostando

Gostei muito de Bela maldade, de Rebecca James, que foi indicado por uma amiga. Gostei também de A garota no trem, de Paula Hawkins e Corrente sanguínea, de Tess Gerritsen, ambos indicados pela minha mãe. (dei uma trapaceada nessa, né? kkkkkk)


6. "Eu nunca faria isso" - Um personagem que tomou alguma decisão ou fez coisas que você não concorda/faria

Então, meio complicada essa pergunta aí... Depois de ter lido O Cemitério, de Stephen King, e vivido momentos de tensão com as atitudes irresponsáveis de Louis Creed, eu, definitivamente, não tomaria as mesmas decisões que ele. Quase fiquei com os cabelos brancos por isso.


7. "Eu nunca quero ter que admitir que li isso" - Um livro que você tem vergonha de ter lido ou de ler em locais públicos

Na faculdade, em 2009 mais precisamente (segundo ano), quando eu estava me sentindo "a intelectual", eu não queria que ninguém me visse lendo Crepúsculo. Bobagem, né? Devia ser coisa da idade. Hoje leio o que me dá vontade, inclusive em lugares públicos, sem me sentir envergonhada. Já fiz várias viagens de busão lendo a trilogia Cinquenta tons de cinza, que provavelmente deve ser motivo de vergonha para muita gente. Deixa disso, galera!


8. "Eu nunca li algo tão fofo" - Um livro que tocou seu coração

Essa é fácil: Em algum lugar nas estrelas, de Clare Vanderpool. Jack Baker e Early Auden sempre terão um lugar especial no meu coração.


9. "Eu nunca ri tanto" - Um livro que te fez rir alto

Los Angeles, de Marian Keyes. Hoje já não tenho mais interesse nas obras dessa autora, mas quando li esse livro, em 2009, se não me falha a memória, lembro que ri muito. Meus pais, inclusive, acharam que eu estava ficando doida. kkkkkk


10. "Eu nunca teria sobrevivido à minha infância sem ter lido esse livro" - Um livro favorito da sua infância

A bolsa amarela, de Lygia Bojunga. Eu até poderia citar alguns livros da Série Vaga-Lume, da Editora Ática, que me acompanhou da infância à adolescência, mas A bolsa amarela foi o primeiro livro que li na escola e que me abriu as portas para o fantástico mundo da literatura.



▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Caso tenham alguma sugestão de TAG para eu responder, sintam-se à vontade para me deixar nos comentários.

Até a próxima, pessoal!

quarta-feira, 31 de maio de 2017

Resenha | Em algum lugar nas estrelas, de Clare Vanderpool


SINOPSE
Em algum lugar nas estrelas é um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença. Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine. O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno. Até ele conhecer o enigmático Early Auden.
Early, um nome que poderia ser traduzido como precoce, é uma descrição muito adequada para um prodígio como ele, que decifra casas decimais do número Pi como se lesse uma odisseia. Mas, por trás de sua genialidade, há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor.
Obsessivo, Early Auden tem regras específicas sobre que músicas deve ouvir em cada dia da semana: Louis Armstrong às segundas; Sinatra às quartas; Glenn Miller às sextas; Mozart aos domingos e Billie Holiday sempre que estiver chovendo. Seu comportamento é um dos muitos indícios da síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo que só seria descoberta muito tempo depois da Segunda Guerra.
Quando chegam as festas de fim de ano, a escola fica vazia. Todos os alunos voltam para casa, para celebrar com suas famílias. Todos, menos Jack e Early. Os dois aproveitam a solidão involuntária e partem em uma jornada ao encontro do lendário Urso Apalache. Nessa grande aventura, vão encontrar piratas, seres fantásticos e até, quem sabe, uma maneira de trazer os mortos de volta, ainda que talvez do que Jack mais precise seja aprender a deixá-los em paz.
Em algum lugar nas estrelas é uma daquelas grandes histórias que permanecem com você por muito tempo, perfeita para ler entre amigos ou passar de pai para filho. Tudo que é real pode ser uma grande fantasia ou uma coincidência inevitável. Somos muito mais que um simples desejo do acaso.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Jack Baker é um garoto de 13 anos que, recentemente, perdeu sua mãe. Além disso, seu pai, capitão da Marinha, é um pouco ausente, principalmente por causa de suas obrigações profissionais, e não sabe lidar muito bem com tudo o que está acontecendo. Pai e filho reagem de maneiras bem distintas às coisas e isso gera certo conflito entre eles.

A história se passa após a Segunda Guerra Mundial, no Maine. O pai de Jack o matricula no internato Morton Hill e o garoto não está nem um pouco animado com a perspectiva. Ainda abalado com a morte da mãe e sentindo a indiferença do pai, ele até tenta se enturmar, mas as coisas não dão muito certo. Até que ele conhece Early Auden, um garoto inteligentíssimo, porém, um pouco "esquisito". E daí nasce uma grande amizade.

Early Auden não tem o hábito de frequentar as aulas e, quando o faz, desiste assim que um professor fale algo que contrarie suas opiniões. Ninguém na escola, aparentemente, se importa com isso. Jack e Early passam muito tempo juntos e se tornam grandes amigos. E é por isso que quando Early decide partir numa jornada em busca do Urso Apalache - fora da escola, atravessando riachos, florestas etc. - Jack resolve ir junto com ele, mesmo achando aquilo meio absurdo.

Essa jornada é a coisa mais fantástica que eu já li na vida!!! O livro intercala as aventuras dos meninos com a história de Pi, contada por Early para Jack. Auden é completamente obcecado pelo número Pi e consegue enxergar nele uma magnífica história. Depois de um tempo você começa a traçar paralelos entre tudo o que Pi enfrentou com os próprios desafios vivenciados pelos garotos.

Essa é uma história incrível sobre amizade, superação, autoconhecimento e aventura. Jack e Early são personagens magníficos e únicos. De um lado temos Jack, cético, reticente, um garoto que amadureceu muito cedo por conta de tudo o que sofreu. Do outro lado temos Early, inocente, inteligente, metódico e literal. Essa combinação tão improvável é uma das coisas mais adoráveis do livro. A narrativa é doce, empolgante e tocante. Sinceramente, não tem nada que eu escreva aqui que possa explicar o quanto eu AMEI essa leitura!

Por favor, pessoas, leiam esse livro se tiverem a oportunidade. Tenho (quase) certeza de que vocês não vão se arrepender.

Obs.: essa foi a resenha mais difícil que eu já fiz por aqui. Nunca imaginei que fosse tão complicado escrever sobre um livro que adorei. Espero que tenham gostado.

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Em algum lugar nas estrelas
Autor(a): Clare Vanderpool
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 288
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Resenha | Eu sou a lenda, de Richard Matheson



SINOPSE
Uma impiedosa praga assola o mundo, transformando cada homem, mulher e criança do planeta em algo digno dos pesadelos mais sombrios. Nesse cenário pós-apocalíptico, tomado por criaturas da noite sedentas de sangue, Robert Neville pode ser o último homem na Terra. Ele passa seus dias em busca de comida e suprimentos, lutando para manter-se vivo (e são). Mas os infectados espreitam pelas sombras, observando até o menor de seus movimentos, à espera de qualquer passo em falso... Eu sou a lenda, é considerado um dos maiores clássicos do horror e da ficção científica, tendo sido adaptado para o cinema três vezes.
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬


Um homem pode se acostumar com qualquer coisa, se for obrigado a isso. (posição 90)

Fazia muito tempo que eu queria ler esse livro, mas ele nunca estava no topo das minhas prioridades literárias. Isso mudou quando o e-book entrou em superhipermega promoção na Amazon e me custou uma pechincha. Não comecei a leitura imediatamente, mas a vez desta belezinha não tardou a chegar.

Na trama, Robert Neville é, aparentemente, o último homem na Terra. Uma praga assolou o mundo e quem não morreu se tornou uma espécie de vampiro. O protagonista vive praticamente trancado em sua casa, só saindo para realizar pequenos consertos em sua residência - devido às investidas dos vampiros, que a cercam durante toda a noite tentando alcançá-lo - e para conseguir materiais e alimentos.

Robert Neville, por viver tanto tempo sozinho, começa a enlouquecer e se entregar ao alcoolismo. Na tentativa de se manter são, se joga em pesquisas para descobrir o que são essas criaturas e o que provocou tudo isso. E é aí que, na minha opinião, está um dos méritos do livro: a tentativa de desmistificar os vampiros. A todo momento o autor nos dá explicações técnicas e científicas, nenhuma sobrenatural, para a existência desses seres. Foi a melhor parte do livro.

Como quase toda a história é contada a partir do ponto de vista de apenas um personagem, Robert Neville, achei a narrativa um pouco cansativa. Só não abandonei a leitura porque estava muito curiosa para saber o final e porque logo começou a parte das pesquisas e especulações mencionadas no parágrafo anterior. Ainda bem que não deixei o livro de lado, porque o final valeu totalmente a pena! A explicação para o título da obra foi completamente sensacional! Jamais me ocorreu que a história fosse terminar daquela forma, mesmo imaginando que aquela fosse a única alternativa possível.

Eu sou a lenda é um livro que fala sobre perda do amor, perda de companhia no geral, de solidão, desespero e morte. Embora a narrativa não tenha me empolgado, pois como já disse, achei-a muito cansativa em certos momentos, reconheço que é um livro muito relevante. Os textos no final dessa edição da Aleph nos ajudam a compreender um pouco mais sobre a obra e foi a partir deles que repensei minhas opiniões sobre ela. É um livro genial! Recomendo a leitura!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Eu sou a lenda
Autor(a): Richard Matheson
Ano da edição lida: 2015
Editora: Aleph
Páginas: 384
Classificação: ✯✯✯✯

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Lançamento | MINHA VIDA FORA DOS TRILHOS (DarkSide Books)



ÀS VEZES, PRECISAMOS DESCER DO TREM PARA SEGUIR ADIANTE

Embarque agora mesmo numa viagem que tanto pode levar você de volta à infância como ao tortuoso caminho do amadurecimento. Recomendamos sempre a companhia de um livro. Que tal Minha vida fora dos trilhos, um romance capaz de despertar o lado mais aventureiro e nostálgico que existe em você?

O que é preciso saber sobre este livro? Bem, só para abrir seu apetite literário, fique sabendo que Minha vida fora dos trilhos foi escrito por ninguém menos que Clare Vanderpool, a mesma autora do encantador e mágico Em algum lugar nas estrelas. Ambos os livros compartilham a mesma essência: personagens muito jovens, longe de seus pais, escutam o convite da estrada, e partem em jornadas pessoais, repletas de riscos, desafios e — quem sabe? — ensinamentos.

O estilo de Clare remete aos grandes clássicos como As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain, ao eterno Conta Comigo, filme inspirado na obra do mestre Stephen King. E, assim como em O Mágico de Oz, o novo romance de Clare Vanderpool nos leva para algum lugar perdido do Kansas, ao lado de uma garota muito peculiar.

A protagonista de Minha vida fora dos trilhos, Abilene Tucker, tem apenas 12 anos, mas é corajosa e impetuosa o suficiente para encontrar aventuras na pequena cidade de Manifest, Kansas, um fim de mundo para onde seu pai a enviou de trem a fim de passar o verão sob a tutela de um velho conhecido enquanto ele trabalha em uma ferrovia.

O que parecia ser o período mais solitário e entediante de sua vida ganha um novo e surpreendente rumo quando Abilene encontra uma velha caixa de charutos com cartas antigas e pequenas lembranças de outros tempos. Aos olhos curiosos da menina, a caixa se torna uma verdadeira arca do tesouro, onde segredos enterrados conectam dois momentos da cidade. A partir de então, o livro se divide em duas narrativas cronológicas: passado e presente se misturam, daquela maneira mágica que só um bom livro consegue contar.

Os acontecimentos vão da época da Primeira Guerra Mundial à Grande Depressão norte-americana dos anos 1930, com soberba fidelidade histórica que ajudam a construir esta narrativa de perda e redenção. Minha vida fora dos trilhos é mais um livro da coleção DarkLove, a linha editorial da DarkSide® Books que publica exclusivamente autoras com grandes histórias para contar. Livros para morrer de amor. E, como sempre, em uma edição capaz de transportar os leitores para dentro do livro. A nossa viagem começa aqui...

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Esta sinopse foi retirada do próprio site da DarkSide Books. Para mais informações sobre esse e outros livros, acesse: http://www.darksidebooks.com.br/.

O lançamento de Minha vida fora dos trilhos está previsto para o dia 29 de maio.

Eu já li Em algum lugar nas estrelas e gostei muito do livro (em breve terá resenha por aqui). Foi uma das histórias mais bonitas e emocionantes que já li nos últimos tempos, portanto, minha expectativa para esse lançamento está lá nas alturas! kkkkkk

Até a próxima, pessoal!