Sinopse:
Não faltam passagens marcantes na vida de Casagrande, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Craque, artilheiro, campeão, ele sempre buscou algo a mais. Foi um dos articuladores da Democracia Corintiana, arrecadou fundos para a criação do Partido dos Trabalhadores e foi fichado pelo DOPS. Usou drogas na adolescência, na juventude e, depois que aposentou as chuteiras, ficou tão dependente que acabou sendo internado à força numa clínica de reabilitação. Nos campos, foi obrigado a se dopar quando jogou na Europa. Deu a volta por cima e, sem esconder seus demônios – e nem conseguir se livrar deles –, tornou-se um dos mais respeitados comentaristas esportivos da televisão.
Não faltam passagens marcantes na vida de Casagrande, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. Craque, artilheiro, campeão, ele sempre buscou algo a mais. Foi um dos articuladores da Democracia Corintiana, arrecadou fundos para a criação do Partido dos Trabalhadores e foi fichado pelo DOPS. Usou drogas na adolescência, na juventude e, depois que aposentou as chuteiras, ficou tão dependente que acabou sendo internado à força numa clínica de reabilitação. Nos campos, foi obrigado a se dopar quando jogou na Europa. Deu a volta por cima e, sem esconder seus demônios – e nem conseguir se livrar deles –, tornou-se um dos mais respeitados comentaristas esportivos da televisão.
Desde que este livro foi lançado, em 2013,
tive muita curiosidade em lê-lo, principalmente por abordar dependência
química, que é um tema que me interessa muito.
O livro traz imagens muito interessantes e
cuidadosamente selecionadas, pois é perceptível a relação que elas possuem com
o conteúdo abordado por cada capítulo. A estratégia de começar a narrativa pela
parte mais dramática de sua vida funcionou muito bem. Fiquei realmente
impressionada com seus relatos sobre suas overdoses, sobre os demônios que o
perseguiam após o uso de drogas e sobre sua experiência com a internação
forçada. Há muitas passagens escritas com as próprias palavras ditas por
Casagrande, o que faz com que nos tornemos muito próximos dele, quase como
confidentes mesmo.
Percebe-se, ao longo do livro, que o texto
é sincero. Casagrande em nenhum momento quis fugir da responsabilidade de suas
escolhas, ou seja, não atribui sua dependência às tão famosas más companhias.
Para ele, durante sua juventude, viver daquele jeito parecia a melhor forma de
curtir a vida. Inspirava-se em seus ídolos que faleceram tão precocemente. O
drama veio posteriormente, após sua aposentadoria. E aí a coisa desandou de
vez...
Além dos relatos sobre uso de drogas, uma
coisa que me chamou bastante a atenção durante a leitura foi sua participação
política. Ele era realmente muito engajado, principalmente em relação à
Democracia Corintiana e na luta contra a Ditadura Militar. Sua relação de
amizade com Sócrates também foi muito bem explorada nesta obra. Emocionante
mesmo foi o texto (declaração de amor) que ele escreveu por ocasião da morte
do amigo, em 2011, mais uma de tantas vítimas do álcool. Segue um trecho:
Compartilhávamos também da dependência química: tive problemas com drogas e ele, com álcool. Pagamos caro por isso. Sócrates não sobreviveu, mas parte em paz. Você deixou uma história fantástica, parceiro, e ajudou a tornar o mundo um pouco melhor. Tínhamos uma estreita aliança... Vou jogar meu anel fora. Fazer o que com um anel pela metade? – p.146
Quanto à sua internação forçada –
determinada pelo seu filho mais velho e pela sua mãe –, é interessante perceber
que ele realmente não queria aquilo, mesmo sabendo que estava realmente bem
mal. A persistência da família, mesmo diante de tamanho sofrimento, é realmente
louvável. É muito bom saber que Casagrande tem consciência de que cada dia é
uma nova batalha e de que ele deve se policiar sempre. Gostando ou não dele, esta
é uma leitura que vale a pena por muitos motivos, principalmente se levarmos em
consideração a sua superação. Relatos motivacionais sobre o assunto devem ser
divulgados para o maior número possível de pessoas.
LIVRO RECOMENDADO!
Não me orgulho de tudo o que fiz, mas não me arrependo de quase nada. E admito: a sensação predominante é de paz comigo mesmo. O ser humano é complexo, equilibra-se entre a dor e o prazer, numa linha tênue e perigosa. Eu me sentiria mal se tivesse deixado de fazer o que quis, jamais por dar cabeçadas, uma aqui e outra ali, por tropeçar, cair e me machucar. Sobretudo porque sempre consegui me levantar e seguir em frente.- Walter Casagrande Júnior
Informações
gerais
Título da obra: Casagrande e seus demônios
Autor: Walter Casagrande Júnior; Gilvan Ribeiro
Ano da edição lida: 2013
Editora: Globo Livros
Páginas: 248
Título da obra: Casagrande e seus demônios
Autor: Walter Casagrande Júnior; Gilvan Ribeiro
Ano da edição lida: 2013
Editora: Globo Livros
Páginas: 248
Classificação
no Skoob: ✯✯✯✯✯
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