SINOPSE
Ainda jovem, Caitlin conseguiu emprego em um crematório na Califórnia e aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração. A exposição constante à morte mudou completamente sua forma de encarar a vida e a levou a escrever um livro diferente de tudo o que você já leu sobre o assunto.
Confissões do Crematório reúne histórias reais do dia-a-dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos filosóficos, históricos e mitológicos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.
O livro de Caitlin – criadora da websérie Ask a Mortician – levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira inteligente, honesta e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma bênção, é apenas uma forma profunda de terror”.
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Os seres humanos não são os favoritos da natureza. Somos apenas um de uma variedade de espécies nas quais a natureza exerce sua força de forma indiscriminada.
(frase de Camille Paglia, p.143)
Assim que esse livro chegou em casa, no último dia de novembro (Black Friday, sua linda!), resolvi lê-lo imediatamente! Não sei se foi a premissa, o título instigante ou a capa maravilhosa (ou a combinação das três coisas), mas algo me dizia que essa seria uma das melhores leituras que eu poderia fazer em 2016. E eu estava completamente certa!
Confissões do Crematório é um livro para quem planeja morrer um dia(tá na capa), mas mesmo que você não planeje nada, isso vai acontecer de qualquer jeito. Resumindo: é um livro para todos nós! A autora nos conta sua experiência como funcionária da "indústria da morte", primeiro como operadora de fornos crematórios e depois como motorista de van para transporte de corpos (além de barbeadora de cadáveres, maquiadora e o que mais precisar fazer). Enquanto relata o dia a dia de uma agência funerária, lança mão de fatos históricos, filosóficos e mitológicos para exemplificar como diferentes sociedades/culturas entendem a morte. As críticas ao modo como nós tentamos de todas as formas esconder os
efeitos da morte - e a própria morte - através do embalsamamento,
maquiagem etc., ao invés de naturalizá-los, me deram no que pensar.
A maioria das pessoas evita falar sobre morte, sentem relutância em tocar nesse assunto. É compreensível, pois tentam escondê-la de nós desde crianças. A autora conta a história de um peixinho que morreu quando ela era pequena, mas que imediatamente foi substituído por um igual pelo seu pai, para que ela não percebesse o que tinha acontecido. Casos como esse devem acontecer com frequência; quando a pessoa é finalmente exposta à morte, o baque é muito grande e o que resulta disso é trauma, medo e por aí vai. As intenções por trás de toda essa proteção são as melhores possíveis(eu acho) mas, no fim, isso não resolve muita coisa.
Eu ainda não sei lidar muito bem com a morte, de vez em quando tenho uns surtos e fico pensando que cada dia que acordo é um a menos na minha vida. Pensar dessa forma não é nem um pouco produtivo e, principalmente, saudável, mas ler esse livro já me ajudou bastante. A ideia dele não é banalizar a morte, e sim naturalizá-la. Aprender a lidar com ela nos dá a possibilidade de aproveitar muito mais a nossa vida, os nossos preciosos dias.
Caitlin Doughty escreve sobre esse tema com leveza e humor, o que torna a leitura muito fluida e tranquila. Passei bons momentos lendo esse livro, recomendo muito!
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: Confissões do Crematório
Autor(a): Caitlin Doughty
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 260
Classificação: ✯✯✯✯✯
Confissões do Crematório é um livro para quem planeja morrer um dia
A maioria das pessoas evita falar sobre morte, sentem relutância em tocar nesse assunto. É compreensível, pois tentam escondê-la de nós desde crianças. A autora conta a história de um peixinho que morreu quando ela era pequena, mas que imediatamente foi substituído por um igual pelo seu pai, para que ela não percebesse o que tinha acontecido. Casos como esse devem acontecer com frequência; quando a pessoa é finalmente exposta à morte, o baque é muito grande e o que resulta disso é trauma, medo e por aí vai. As intenções por trás de toda essa proteção são as melhores possíveis
Eu ainda não sei lidar muito bem com a morte, de vez em quando tenho uns surtos e fico pensando que cada dia que acordo é um a menos na minha vida. Pensar dessa forma não é nem um pouco produtivo e, principalmente, saudável, mas ler esse livro já me ajudou bastante. A ideia dele não é banalizar a morte, e sim naturalizá-la. Aprender a lidar com ela nos dá a possibilidade de aproveitar muito mais a nossa vida, os nossos preciosos dias.
Caitlin Doughty escreve sobre esse tema com leveza e humor, o que torna a leitura muito fluida e tranquila. Passei bons momentos lendo esse livro, recomendo muito!
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: Confissões do Crematório
Autor(a): Caitlin Doughty
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 260
Classificação: ✯✯✯✯✯
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