segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Resenha | Bom dia, Verônica, de Andrea Killmore


SINOPSE
Em Bom dia, Verônica acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado.
Andrea Killmore compõe thrillers como os grandes mestres e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais, vibrante e cruel - como a realidade.
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Já dizia aquele velho ditado: "quem é vivo sempre aparece" :)

Quero começar essa postagem desejando a todos um FELIZ 2017! Que este novo ano seja muito maravilhoso e especial para todos nós!

Sei que tive longos momentos de sumiço em 2016 e peço imensas desculpas por isso, mas sofri bastante com ressaca literária e bloqueio de escrita, ou seja, fiz muitas leituras com pouca qualidade (os livros, em sua maioria, eram bons, o problema era a minha dedicação ao lê-los, que foi péssima) e não tinha inspiração/vontade para escrever resenhas. Que 2017 seja bem mais produtivo nesse aspecto.

Sem mais delongas, vamos ao que realmente importa: a resenha de hoje! kkkkk Trago para vocês o livro Bom dia, Verônica, de Andrea Killmore.

Andrea Killmore é o pseudônimo de uma autora nacional cuja verdadeira identidade é desconhecida. Antes de se tornar escritora, ela era uma pessoa importante da polícia. Após trabalhar infiltrada num caso e sofrer uma perda pessoal, precisou adotar uma nova identidade. Resumindo: ninguém sabe nada sobre ela. Preciso confessar que todo esse mistério sobre a autora acaba influenciando positivamente na trama, pelo menos para mim, pois você fica sem saber se os fatos descritos são ficção, realidade ou um pouco das duas coisas.

Era o primeiro dia do fim da minha vida. (p.11)

A obra conta a história de Verônica Torres, uma secretária do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de São Paulo. No que parecia ser mais um dia normal de trabalho, ela presencia o suicídio de Marta Campos, uma mulher fragilizada que havia ido à delegacia denunciar um golpe que sofreu através da internet. Verônica, indignada com o pouco caso que seu chefe fez do caso, resolve descobrir sozinha quem foi o responsável pelo golpe e fazer justiça, ainda que póstuma, à vítima. Pouco tempo depois, recebe uma ligação anônima, na qual uma mulher afirma que seu marido vai matá-la e que ele é um assassino de mulheres. Preocupada com o futuro destino dessa pessoa, resolve tomar para si mais essa investigação.

Para Verônica, a questão não era somente fazer justiça à Marta, proteger a mulher anônima e identificar/prender os criminosos, mas era também a oportunidade de provar o seu valor enquanto policial. Subestimada e esquecida na função de secretária, ela sentia que poderia fazer muito mais do que aquilo que lhe era imposto. Para atingir seus objetivos, ela toma caminhos por muitas vezes tortuosos, quebra inúmeras regras, mente e trai. Não consegue conciliar sua vida pessoal com sua vida profissional e vê sua estrutura familiar se deteriorar cada vez mais. Verônica é uma personagem verossímil, com defeitos e qualidades, comete erros, mas também acerta em muitas coisas, enfim, não tem nada daquela protagonista perfeitinha que muitas vezes enche o saco.

Andrea Killmore possui uma escrita ímpar. A história flui com uma facilidade impressionante e ela conduz os mistérios de forma a nos deixar cada vez mais curiosos para saber o final. Muitos assuntos polêmicos são abordados no livro, mas o principal, no meu ponto de vista, é a questão da violência doméstica (neste caso, contra a mulher). Temos vítima em negação, acreditando (ou tentando acreditar) que todo o terror vivenciado é amor, pensando que um dia o agressor vai mudar, de que as coisas serão diferentes, aquele infinito círculo vicioso de dor e sofrimento. É um livro que pode suscitar discussões interessantíssimas.

Bom dia, Verônica é um livro inesquecível, que te prende do início ao fim e que possui um final com potencial para te deixar de queixo caído, assim como fez comigo. Recomendo muito essa leitura, mas é bom que saibam que há cenas que podem ser consideradas fortes para pessoas mais sensíveis.

Espero que tenham gostado da resenha e se tiverem alguma sugestão de livro no mesmo estilo, sintam-se à vontade para deixar os nomes nos comentários! :)

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Bom dia, Verônica
Autor(a): Andrea Killmore
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯

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