SINOPSE
Publicado originalmente em 1954, Menina Má se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, Menina Má ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Menina Má é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien; Chucky; Annabelle; Samara, de O Chamado; e o serial killer Dexter.
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Se eu der para você uma cesta de beijinhos, o que você me dá de volta?
Rhoda Penmark é uma linda garotinha de oito anos, extremamente inteligente, obediente e organizada. Seus movimentos parecem todos ensaiados e ela sempre sabe o que dizer ou fazer para conseguir o que quer. As crianças a temem, mas os adultos a adoram. Por trás desse rostinho angelical, no entanto, há uma pessoa fria, indiferente, capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Uma psicopata.
A história realmente "começa" quando ocorre o piquenique anual da escola das irmãs Fern. Todas as crianças, inclusive Rhoda, participam deste evento. O problema acontece quando uma delas é encontrada morta, provavelmente afogada, no local da confraternização. Christine Penmark, mãe de Rhoda, percebe que há algo errado com sua filha quando ela demonstra total indiferença ao acontecido. A partir daí, ela associa vários eventos ruins à presença da criança, além de seu comportamento fora do normal, e começa a pesquisar sobre crimes e psicopatas e descobre muito mais do que pretendia a princípio.
Algumas coisas me incomodaram no desenrolar da trama, mas nada completamente prejudicial à leitura. Explico: achei Christine Penmark meio paspalhona e, por vezes, muito irritante; claro que ninguém quer acreditar que seu filho seja um psicopata, mas a "inocência" dela era tanta que me deixava meio nervosa. As passagens com Monica Breedlove, uma amiga de Christine muito conhecida na vizinhança, eram uma chatice só: muita conversa que não acrescenta nada para o leitor. O autor poderia ter usado esse espaço para explorar um pouco mais a personalidade de Rhoda, seus pensamentos, suas ações. A verdade é que ela só protagoniza o título do livro mesmo.
Quando a garota começa a ter um pouco mais de "voz" na trama, nos capítulos finais, é que a coisa fica realmente boa. Uma das últimas ações de Rhoda no livro é de nos deixar de cabelo em pé e queixo caído. O final me deixou absolutamente passada! :O
Apesar dessa história de "semente do mal" e de "gene do mal transmitido hereditariamente" ter me deixado meio desconfiada (pareceu meio forçado), além dos outros probleminhas mencionados anteriormente, é um livro realmente bom. Para quem gosta desse tipo de leitura, é um prato cheio, pois realmente prende a atenção do leitor e faz com que ele queira logo saber no que tudo isso vai dar.
Livro recomendado!
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: Menina Má
Autor(a): William March
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 272
Classificação: ✯✯✯✯✯
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