SINOPSE
Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã.
Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do cotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.
Eles são irmão e irmã.
Com extrema sutileza psicológica e sensibilidade poética, cenas de inesquecível beleza visual e diálogos de porte dramatúrgico, Suzuma tece uma tapeçaria visceralmente humana, fazendo pouco a pouco aflorar dos fios simples do cotidiano um assombroso mito eterno em toda a sua riqueza, mistério e profundidade.
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Eu acho que esse livro, junto com Diário de uma escrava, foi um dos meus maiores desafios literários de 2017. Trata-se de um romance/jovem adulto e não estou acostumada com esse tipo de leitura; além disso, eu já sabia que o final seria muito triste (assisti várias resenhas que enfatizavam esse ponto); para finalizar, o tema abordado não é muito fácil/tranquilo, pois o livro fala de incesto.
Na trama acompanhamos o dia a dia de Lochan e Maya, os dois irmãos mais velhos de uma família de cinco, que lutam com unhas e dentes para mantê-los alimentados, vestidos, estudando e fora do radar da assistência social. O pai constituiu nova família, passou a morar longe e não mantém mais nenhum tipo de contato/apoio, ou seja, é um canalha. A mãe nunca quis ter filhos - esse era o desejo de seu ex-marido -, portanto, ela no mínimo deve acreditar que isso a isenta da responsabilidade de cuidar deles; vive alcoolizada e mora mais na casa do novo namorado do que na própria; além disso, reclama de dar dinheiro para os filhos se manterem vivos; ou seja, canalha também. Preparem-se para sentir muito ódio desses pais lendo essa história. Como a narração é feita em primeira pessoa, ora pelo Lochan, ora pela Maya, podemos perceber como essas responsabilidades de cuidar dos irmãos, da casa e dos próprios estudos os estão afetando e cansando. E é no meio de toda essa confusão que acaba surgindo entre eles o amor romântico.
Achei bem satisfatória a forma como a autora abordou o tema, de maneira bem sutil e até mesmo delicada. Ela deixa claro os aspectos negativos desse tipo de relacionamento (é contra a lei, socialmente inaceitável etc.), mas também "avisa" que, no fim das contas, ninguém tem nada a ver com os relacionamentos alheios (isso principalmente através do ponto de vista de Maya). No entanto, algumas coisas me incomodaram:
1. É perfeitamente compreensível o surgimento desse amor romântico, dá para ver que ele não começou do nada, mas às vezes era cansativo demais acompanhar o drama. Os dois ficavam num lenga-lenga sem fim discutindo a moralidade da situação para não dar em nada. Ora iam enfrentar tudo e todos, ora tinham que terminar tudo; ora iam fazer "A" revolução, mas depois já tretavam e um não queria mais saber do outro. Não tenho muita paciência para esse tipo de história.
2. Lochan sofria de fobia social/depressão e tinha crises de pânico. Achei que a autora podia ter explorado melhor esses problemas psicológicos/psiquiátricos. A narração foi pesada, fez com que nos colocássemos na pele dele, mas aí de repente surge o papo de que "com o tempo isso passa", "você só precisa dar um passo de cada vez, e logo você estará pedindo para falar na sala". Cara, ele tinha problemas sérios!!! Sei lá, achei meio leviano...
3. Precisamos conversar sobre o final. Sim, ele é dolorosamente triste. Não, eu realmente não esperava por aquilo. Conversando com algumas amigas e contando um pouco do livro para elas (que não o leram), elas acharam que aquele era, de fato, o único final possível. Eu não tenho certeza disso. Acho que a autora optou pelo caminho mais fácil, pois daquela forma ela não precisava enfrentar o problemão que ela criou durante a trama toda. A intenção da autora não era discutir propriamente o incesto, mas mesmo assim, acho que a história merecia um final melhor.
O livro é bom, traz uma discussão interessante, nos tira da zona de conforto, mas ao mesmo tempo falta sustância para se manter firme e forte. Fica aí a indicação pela relevância, pois nos faz refletir sobre se realmente temos o direito de nos metermos nos relacionamentos alheios e o quanto nossas interferências podem afetar negativamente a vida do outro.
Achei bem satisfatória a forma como a autora abordou o tema, de maneira bem sutil e até mesmo delicada. Ela deixa claro os aspectos negativos desse tipo de relacionamento (é contra a lei, socialmente inaceitável etc.), mas também "avisa" que, no fim das contas, ninguém tem nada a ver com os relacionamentos alheios (isso principalmente através do ponto de vista de Maya). No entanto, algumas coisas me incomodaram:
1. É perfeitamente compreensível o surgimento desse amor romântico, dá para ver que ele não começou do nada, mas às vezes era cansativo demais acompanhar o drama. Os dois ficavam num lenga-lenga sem fim discutindo a moralidade da situação para não dar em nada. Ora iam enfrentar tudo e todos, ora tinham que terminar tudo; ora iam fazer "A" revolução, mas depois já tretavam e um não queria mais saber do outro. Não tenho muita paciência para esse tipo de história.
2. Lochan sofria de fobia social/depressão e tinha crises de pânico. Achei que a autora podia ter explorado melhor esses problemas psicológicos/psiquiátricos. A narração foi pesada, fez com que nos colocássemos na pele dele, mas aí de repente surge o papo de que "com o tempo isso passa", "você só precisa dar um passo de cada vez, e logo você estará pedindo para falar na sala". Cara, ele tinha problemas sérios!!! Sei lá, achei meio leviano...
3. Precisamos conversar sobre o final. Sim, ele é dolorosamente triste. Não, eu realmente não esperava por aquilo. Conversando com algumas amigas e contando um pouco do livro para elas (que não o leram), elas acharam que aquele era, de fato, o único final possível. Eu não tenho certeza disso. Acho que a autora optou pelo caminho mais fácil, pois daquela forma ela não precisava enfrentar o problemão que ela criou durante a trama toda. A intenção da autora não era discutir propriamente o incesto, mas mesmo assim, acho que a história merecia um final melhor.
O livro é bom, traz uma discussão interessante, nos tira da zona de conforto, mas ao mesmo tempo falta sustância para se manter firme e forte. Fica aí a indicação pela relevância, pois nos faz refletir sobre se realmente temos o direito de nos metermos nos relacionamentos alheios e o quanto nossas interferências podem afetar negativamente a vida do outro.
Leia com a mente aberta!!
Até a próxima!
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INFORMAÇÕES GERAIS:
Título da obra: Proibido: como uma coisa errada pode parecer tão certa?
Autor(a): Tabitha Suzuma
Ano da edição lida: 2014
Editora: Valentina
Páginas: 304
Classificação: ✯✯✯✯✯
Autor(a): Tabitha Suzuma
Ano da edição lida: 2014
Editora: Valentina
Páginas: 304
Classificação: ✯✯✯✯✯
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