Resenha | 172 horas na Lua, de Johan Harstad

SINOPSE

O ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez. Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano.

Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviado mais ninguém à Lua.

Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer.

Prepare-se para a contagem regressiva...

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No final do ano passado eu estava muito interessada em livros com alienígenas, portanto, foi assim que comecei a ler 172 horas na lua, do escritor norueguês Johan Harstad. Ainda bem que eu não estava com altas expectativas, pois o livro é bem fraco. :(

A trama começa cheia de mistério, com altos figurões do governo estadunidense decidindo sobre a próxima missão lunar. Nem todos eram favoráveis a essa ideia, pois aparentemente algo havia dado errado em viagens anteriores, mas a vontade de lucrar parecia maior. Eles decidem realizar um sorteio para escolher três adolescentes que acompanharão experientes astronautas nessa aventura, principalmente para conseguir apoio popular. Esse prólogo foi extenso, confuso, com diálogos pobres e sem conexão nenhuma com o resto da trama, só serviu para apresentar a ideia do sorteio, que eu também nem entendi... O que raios três adolescentes teriam para fazer na Lua?

A partir desse ponto somos apresentados aos nossos "protagonistas juvenis": Mia, a garota norueguesa revoltadinha que tem uma banda; Midore, a garota japonesa que sonha em morar em Nova York e ser independente; e Antoine, o garoto francês trouxa apaixonado. Não gostei de nenhum dos três. Não me comovi com os dramas clichês; passavam a maior parte do tempo reclamando das coisas e, principalmente, dos pais; além disso, eu não suportava mais a chiliquenta da Mia, que quando não estava sendo mimizenta, estava ouvindo Talking Heads. Foram tantas as referências à banda que eu achei que era ela que estaria na Lua... Uma chatice só!

A coisa ameaça ficar boa quando eles estão se preparando para a missão; uma série de acontecimentos esquisitos abala o psicológico deles e, pelo menos no meu caso, me deixou ansiosa para que a missão começasse logo. Quando finalmente pousam na Lua, uma série de problemas começa a acontecer. Eventos sinistros, inexplicáveis e perigosos surgem, colocando em risco a vida de todos, e eles precisam correr contra o tempo se quiserem voltar sãos e salvos à Terra.

Gostei muito dessa parte, pois realmente fiquei apreensiva, querendo saber o que ia acontecer na sequência e, principalmente, quem ou o quê estava por trás de tudo. Quanto à ambientação, me senti na Lua mesmo, consegui imaginar o que eles deveriam estar sentindo no vazio lunar e até mesmo dentro da base DARLAH 2; o autor caprichou nessas descrições. Eu só não entendi por que ele achou que seria interessante colocar uma tentativa de romance bobo nessa missão; a galera não se contém, tem que colocar essas bobagens desnecessárias para encher o saco e aumentar as páginas. O final é extremamente decepcionante. O que me incomodou não foi nem a previsibilidade, mas sim a narração confusa e apressada. Além disso, o autor apresenta personagens que nem serão reutilizados depois, deixando várias pontas soltas. Confesso que não vi relação entre o prólogo e o resto da história (será que eu dormi em alguma parte?). Esse livro foi uma combinação de personagens chatos e conteúdo mal desenvolvido/aproveitado. Uma pena.

A coisa boa é que minha vontade de ler livros sobre alienígenas foi atendida! kkkkkk Se vocês tiverem recomendações de livros com essa temática, fiquem à vontade para me sugerir! :D Apesar dos pontos negativos, eu recomendo, sim, a leitura... É uma boa pedida para passar o tempo, principalmente se o leitor não estiver com muitas pretensões/expectativas.

Até a próxima, pessoal!

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INFORMAÇÕES GERAIS:

Título da obra: 172 horas na Lua
Autor(a): Johan Harstad
Ano da edição lida: 2015 
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Classificação: ✯✯✯✯✯ (uns 2,5, vai... bem na metade)