segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Resenha | Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter


SINOPSE
O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que os move e o que pode detê-los? Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria? Serial Killers: Anatomia do Mal é o dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter - que pesquisa o tema há mais de três décadas -, o livro é referência fundamental a todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia. Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em série dos Estados Unidos, a obra abrange desde a criação do termo serial killer no início do século XX até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop. Tente entender o que se passa na mente dos assassinos mais temidos e cruéis de todos os tempos. Sem dúvida, oriundos de uma sociedade que precisa repensar urgentemente como cicatrizar essas feridas abertas.
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De todas as criaturas já feitas, o homem é a mais detestável. De toda a criação, ele é o único, o único que possui malícia. São os mais básicos de todos os instintos, paixões, vícios - os mais detestáveis. Ele é a única criatura que causa dor por esporte, com consciência de que isso é dor. (Mark Twain) 

Quem acompanha o blog há um tempo já sabe que adoro ler livros sobre serial killers. Um dossiê definitivo sobre eles, então, é uma leitura muito mais do que necessária!

Acho que nunca comecei uma resenha desse tipo com um alerta, mas vamos lá: o livro possui conteúdo extremamente violento, não é indicado para pessoas sensíveis e expressamente indicado para maiores de 18 anos. É sério. Tá na contracapa. Depois não digam que eu não avisei.

Por se tratar de um dossiê sobre assassinos em série, o livro é bem detalhado. No primeiro capítulo, o autor fala sobre a origem do termo serial killers, as definições, categorias de assassinato (em série, em massa, relâmpago) etc. No segundo capítulo, são abordadas as principais características deles, quem eles, de fato, são. No terceiro capítulo somos apresentados à história do assassinato em série. No quarto capítulo, o destaque é para o sexo: perversões, sadismo, dominação, fetichismo, necrofilia etc. No quinto capítulo, o autor discorre sobre os motivos pelos quais eles matam: danos cerebrais, abuso infantil, ódio da mãe, entre outros. O sexto capítulo é sobre o mal em ação: fatores desencadeantes, alvos de ocasião, armadilhas e muito mais. O sétimo capítulo apresenta dez serial killers americanos. O oitavo capítulo explica como os casos terminam: captura, suicídio, punição, sem solução etc. E o último capítulo, nono, aborda o serial killer na cultura pop: arte, música, literatura, entre outros. No meio dos capítulos o autor insere alguns estudos de caso (34, mais precisamente), que são análises sobre alguns assassinos em série (famosos ou não).

A obra é realmente completa. Claro que há trechos bem pesados, principalmente nos estudos de caso, já que casos reais são descritos com detalhes sórdidos, mas acho que não dá para esperar algo diferente num livro sobre serial killers, infelizmente.

Algumas passagens estão destacadas em amarelo, como se fosse caneta marca-texto, sinalizando os pontos principais de cada página. Achei isso muito interessante, pois tem um apelo visual bem eficiente. Nem precisei me preocupar em colar trocentas notas autoadesivas. Deixou com cara de material de estudo.

Enfim, é um livro realmente esclarecedor. Mas não pensem que é uma leitura fácil: é bem teórico e denso, apesar de intrigante. Terminá-lo, pelo menos para mim, foi uma tarefa demorada. Mas valeu cada segundo investido.

Recomendo somente para quem se interessa pelo assunto. Se você se enquadra nesse público, não vai se arrepender de ler.

Deixo abaixo minhas outras resenhas sobre o tema:
Serial Killers: Louco ou Cruel?, de Ilana Casoy
Serial Killers: Made in Brazil, de Ilana Casoy
Social Killers - Amigos Virtuais, Assassinos Reais, de RJ Parker e JJ Slate

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Serial Killers: Anatomia do Mal
Autor(a): Harold Schechter
Ano da edição lida: 2013
Editora: DarkSide Books
Páginas: 480
Classificação: ✯✯✯✯✯

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Top 5 | Livros que quero muito ler (Mês do Horror Edition)

Clique AQUI para saber de onde tirei essa imagem super simpática! :D

Olá, pessoal!

Hoje trago para vocês uma TAG: 5 livros que quero muito ler (o mais rápido possível, mas que provavelmente não será nesse ano por motivos de: ainda não tenho nenhum deles). Já que estamos no "Mês do Horror", falarei exclusivamente de livros da DarkSide Books, que segundo seu próprio site é uma editora "inteiramente dedicada ao terror e à fantasia".

Aos familiares e amigos queridos que porventura estiverem lendo isso, aceito todos os livros mencionados abaixo de presente! Obrigada :D (nem sou cara de pau!)

A lista não está em ordem de preferência. Vamos começar...




1. Amityville
(Jay Anson)

[Sinopse] No sugestivo dia 13 de novembro de 1974, a polícia do condado de Suffolk foi surpreendida por um crime brutal que chocou os EUA e se tornou assunto em todo o mundo envolvendo a pacata família Defeo. Alguns dias depois, Ronald Defeo Jr. admitiu ter matado seus pais e quatro irmãos com tiros nas costas, alegando ter sido influenciado por vozes que ouvia dentro de sua cabeça. O crime chocou a população, que começou a tecer teorias; algumas pessoas estranhavam o fato de que todas as vítimas foram encontradas de bruços, outras questionavam como nenhuma delas acordou com os barulhos dos tiros. Não demorou muito para a casa ser considerada mal-assombrada, virando inclusive objeto de estudo dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren.
Treze meses depois da chacina, George e Kathleen Lutz resolveram recomeçar a vida em uma nova residência que compraram por uma pechincha. Vinte e oito dias depois, os cinco membros da família fugiram aterrorizados, deixando a maior parte de seus pertences para trás. Estranhos eventos começaram a acontecer, afetando a vida dos Lutz e indicando que uma presença maligna habitava a casa. Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos.




2. Evangelho de Sangue
(Clive Barker)

[Sinopse] Evangelho de Sangue oferece uma junção clara dentro do universo de Barker. Os leitores mais atentos já perceberam que as histórias dele se passam em um mesmo universo, mas, agora, o mundo de Hellraiser é explicitamente unido ao do detetive Harry D’Amour – que aparece em outras histórias do autor, como o conto “The Last Illusion”, presente no sexto volume dos Livros de Sangue, e no romance Everville.
D’Amour, que se dedica a investigar casos sobrenaturais, mágicos e malignos, vem encarando seus demônios pessoais há anos. Quando ele se depara com uma Caixa das Lamentações – neste livro, Barker expande a mitologia da Caixa de Lemarchand, e conta que ela é só uma das muitas Caixa das Lamentações que existem por aí –, seus demônios internos são substituídos por demônios de verdade, conforme ele se vê enredado em um terrível jogo de gato e rato, absolutamente complexo, sangrento e perturbador.
Caso se interesse, você pode ler a resenha que fiz de Hellraiser clicando AQUI.




3. Confissões do Crematório
(Caitlin Doughty)

[Sinopse] Um livro para quem planeja morrer um dia. É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção.
Ainda jovem, Caitlin conseguiu emprego em um crematório na Califórnia e aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração. A exposição constante à morte mudou completamente sua forma de encarar a vida e a levou a escrever um livro diferente de tudo o que você já leu sobre o assunto.
Confissões do Crematório reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.
O livro de Caitlin levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma bênção, é apenas uma forma profunda de terror”.




4. Ed & Lorraine Warren: Demonologistas
(Gerald Brittle)

[Sinopse] Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville. Mas basta folhear as páginas de  Ed & Lorraine Warren: Demonologistas para constatar que, muitas vezes, a vida pode ser bem mais assustadora que o cinema. Principalmente para aqueles que não têm a pretensão de negar fenômenos que nem mesmo a ciência é capaz de explicar.
Em Ed & Lorraine Warren: Demonologistas, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.
Lançado originalmente em 1980, e até então inédito no Brasil,  Ed & Lorraine Warren: Demonologistas é, sem dúvida, o mais completo dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. Virou o livro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle), além de servir de fonte de inspiração para Vera Farmiga, que interpreta a Sra. Warren no cinema.
Nas páginas do livro, o leitor acaba se tornando um pouco mais íntimo de Lorraine Rita e Edward Warren Miney. Duas almas gêmeas que se completavam ao dividir, entre tantas coisas, a mesma vocação: oferecer ajuda espiritual aos possuídos e atormentados.




5. Os Pássaros
(Frank Baker)

[Sinopse] Pássaros. Milhares, talvez milhões, sobrevoam Londres, de forma aparentemente inexplicável e sem sentido, onde parecem observar os habitantes da capital, que os consideram divertidos, se tanto um pouco estranhos. Enquanto as pessoas ainda tentavam entender o que faziam ali, eles começam a atacar, ferindo e até mesmo matando com tremenda brutalidade e violência.
Seriam eles uma força da natureza ou uma manifestação sobrenatural? Ninguém sabe. A única certeza é que o objetivo dos pássaros é a destruição da humanidade e ninguém tem ideia de como impedi-los...
Narrado em primeira pessoa por um dos sobreviventes do ataque mortal, o romance traça um panorama ao mesmo tempo irônico e crítico ao capitalismo e às sociedades ocidentais, que ainda se recuperavam da Primeira Guerra e da crise econômica iniciada com o Crash da Bolsa de Nova York, em 1929, mas seguiam cometendo barbaridades, em nome da civilização, sobretudo em lugares como a África.


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Adorei responder essa TAG! Verei se consigo, periodicamente, atualizar esse TOP 5, já que minha lista de livros desejados nunca diminui, só aumenta! hehe :D

Não vejo filmes de terror porque eles me impressionam demais, mas por algum motivo muito obscuro, livros desse gênero são alguns de meus favoritos (vai entender...). Caso você tenha alguma indicação para mim, sinta-se à vontade para deixá-la nos comentários. Vou adorar saber o que vocês já leram e gostaram.

Então é isso, pessoal! Até a próxima.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Resenha | Menina Má, de William March



SINOPSE
Publicado originalmente em 1954, Menina Má se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, Menina Má ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Menina Má é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien; Chucky; Annabelle; Samara, de O Chamado; e o serial killer Dexter.
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Se eu der para você uma cesta de beijinhos, o que você me dá de volta?

Rhoda Penmark é uma linda garotinha de oito anos, extremamente inteligente, obediente e organizada. Seus movimentos parecem todos ensaiados e ela sempre sabe o que dizer ou fazer para conseguir o que quer. As crianças a temem, mas os adultos a adoram. Por trás desse rostinho angelical, no entanto, há uma pessoa fria, indiferente, capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Uma psicopata.

A história realmente "começa" quando ocorre o piquenique anual da escola das irmãs Fern. Todas as crianças, inclusive Rhoda, participam deste evento. O problema acontece quando uma delas é encontrada morta, provavelmente afogada, no local da confraternização. Christine Penmark, mãe de Rhoda, percebe que há algo errado com sua filha quando ela demonstra total indiferença ao acontecido. A partir daí, ela associa vários eventos ruins à presença da criança, além de seu comportamento fora do normal, e começa a pesquisar sobre crimes e psicopatas e descobre muito mais do que pretendia a princípio.

Algumas coisas me incomodaram no desenrolar da trama, mas nada completamente prejudicial à leitura. Explico: achei Christine Penmark meio paspalhona e, por vezes, muito irritante; claro que ninguém quer acreditar que seu filho seja um psicopata, mas a "inocência" dela era tanta que me deixava meio nervosa. As passagens com Monica Breedlove, uma amiga de Christine muito conhecida na vizinhança, eram uma chatice só: muita conversa que não acrescenta nada para o leitor. O autor poderia ter usado esse espaço para explorar um pouco mais a personalidade de Rhoda, seus pensamentos, suas ações. A verdade é que ela só protagoniza o título do livro mesmo.

Quando a garota começa a ter um pouco mais de "voz" na trama, nos capítulos finais, é que a coisa fica realmente boa. Uma das últimas ações de Rhoda no livro é de nos deixar de cabelo em pé e queixo caído. O final me deixou absolutamente passada! :O

Apesar dessa história de "semente do mal" e de "gene do mal transmitido hereditariamente" ter me deixado meio desconfiada (pareceu meio forçado), além dos outros probleminhas mencionados anteriormente, é um livro realmente bom. Para quem gosta desse tipo de leitura, é um prato cheio, pois realmente prende a atenção do leitor e faz com que ele queira logo saber no que tudo isso vai dar.

Livro recomendado!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Menina Má
Autor(a): William March
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 272
Classificação: ✯✯✯

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Resenha | O Último Adeus, de Cynthia Hand


SINOPSE
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.
O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante.
O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.
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Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio.

O Último Adeus é um livro que não te prende pela ação, mas sim pela emoção. É uma história sobre família desestruturada (principalmente pai ausente), depressão, culpa, superação.

A história é narrada por Lex, uma garota de 18 anos que vê seus sonhos desmoronarem depois da morte de seu irmão, Tyler, que cometeu suicídio. Após o ocorrido, ela se sente culpada por não ter dado a devida atenção a ele, por não ter percebido que havia algo errado. O mesmo se passa com sua mãe. As duas começam a sentir a presença de Ty na casa e Lex, uma pessoa apaixonada por matemática e extremamente racional, acha que está ficando louca.

O livro é dividido em acontecimentos no tempo presente e entradas em diário, nas quais Lex conta fatos do passado relacionados à Tyler. Ela inicia essa atividade (o diário) a pedido de seu terapeuta, Dave, como forma de expressar seus sentimentos para aliviar sua dor e, finalmente, seguir da melhor forma possível com sua vida. Após a morte de Ty, Lex havia se afastado dos seus amigos, seu rendimento em matemática estava caindo (o que poderia lhe custar a tão sonhada vaga no MIT) e ela não aguentava mais os olhares de pena de todos a sua volta.

A escrita da autora é absolutamente sensacional. Não é apelativa, aborda depressão e suicídio com a sensibilidade necessária. Não força nada. As personagens são tão carismáticas que torna-se impossível não sentir as dores e tantas outras emoções de Lex, de sua mãe e de seu irmão. Não é um livro de muitas ações, não há um grande acontecimento, reviravoltas etc., mas é extremamente tocante, sensível e  inesquecível. Me fez pensar no quanto a gente, na maioria das vezes, não diz às pessoas importantes para nós o quanto elas realmente são importantes, especiais; o quanto deixamos de dar atenção àqueles que amamos por nos preocuparmos principalmente (e, muitas vezes, exclusivamente) com nossos problemas. Fica aí um alerta!

Por fim, a questão principal da obra não é nem a depressão/suicídio, mas sim o que vem depois de tudo isso para quem fica. Como lidar com os sentimentos, como superar e seguir adiante etc.

Livro mais do que recomendado!

Obs.: Sei que fiquei um tempão ausente do blog e peço imensas desculpas por isso, mas o famigerado "bloqueio criativo" me pegou. Espero que isso não volte a acontecer tão cedo.

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: O Último Adeus
Autor(a): Cynthia Hand
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 352
Classificação: ✯✯✯✯✯

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Resenha | Branca dos mortos e os sete zumbis e outros contos macabros, de Fábio Yabu


SINOPSE
"Você acredita em contos de fadas?", pergunta Eduardo Spohr no prefácio. E continua: "Alguma coisa me diz que até o final deste livro você passará a acreditar". Para que o feitiço Yabu dê certo, é necessário que esqueça tudo o que você sabe sobre contos de fadas. Branca de Neve não é apenas uma jovem ingênua, mas também uma implacável caçadora de zumbis. Cinderela guarda um terrível segredo que selará seu destino para sempre. Rapunzel está longe de ser uma reles menina isolada numa torre. E a morte da Pequena Vendedora de Fósforos revela uma tradição macabra de morte e psicopatia que vai muito além de uma inocente história infantil.
No livro, Fábio Yabu resgata a tradição clássica dos contos de fadas dos irmãos Grimm e de Hans Christian Andersen, onde as histórias, mais que um simples entretenimento, servem como lições para moldar o caráter das crianças, na maior parte das vezes por meio do medo. [...] O mundo encantado de Yabu é atormentado, sombrio e com altas doses de tensão sexual.
A obra conta com ilustrações de Michel Borges, que acompanha o autor desde seus primeiros projetos, e homenageiam os desenhos clássicos dos contos de fadas com toques sombrios, complementando a atmosfera sinistra e misteriosa criada por Yabu.
Um livro para ler com as luzes acesas. Bons sonhos.
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Tive que resumir e dar uma leve adaptada nessa sinopse, já que faltava pouco para ela ser maior do que o próprio livro. O pessoal tem que dar uma economizada nessas linhas, tenha dó! (provavelmente estou ficando velha e ranzinza, relevem!)

Nunca fui uma grande fã de contos de fadas, embora alguns fossem realmente bem legais (os que tinham finais felizes, claro). Lembro que eu tinha um livro lindíssimo (tenho até hoje, mas está na casa dos meus pais) com as mais famosas histórias, dentre as quais minhas preferidas eram A Bela e a Fera e A Princesa e a Ervilha. Dia desses estava navegando pelos livros do Kindle Unlimited (já falei dele por aqui, mas eu juro que não estou sendo paga para isso, hehe) e me deparei com esse livro de nome comprido: Branca dos mortos e os sete zumbis e outros contos macabros. Li a sinopse, li comentários muito positivos e pensei: por que não? O máximo que poderia acontecer era eu não gostar do livro, interromper a leitura e deletar tudo. Razoável. Baixei e comecei a ler. Só digo uma coisa: AMEI! ♥

O livro contém os seguintes contos:
 1. Branca dos mortos e os sete zumbis
 2. João, Maria e os Outros
 3. Os três lobinhos
 4. A vendedora de fósforos e o vingador
 5. Cindehella e o sapatinho infernal
 6. A confissão
 7. Bela incorrupta
 8. O monstro
 9. O cemitério
10. Samarapunzel
11. O fim de quase todas as coisas
12. O livro da dor

Meus contos preferidos (e também os que me deram mais medo) foram: 1. Branca dos mortos e os sete zumbis; 2. João, Maria e os Outros; 5. Cindehella e o sapatinho infernal e 10. Samarapunzel. Este último foi o que mais me deixou em choque. MUITO BOM!

São contos bem sombrios, que transportam o leitor para esse mundo sinistro, arrepiante, assustador e no qual finais felizes não fazem parte do repertório. A escrita é objetiva, mas os sentimentos que ela desperta são bem complexos. Me peguei realmente tensa e senti medo em alguns momentos. Além disso, as ilustrações combinam muito bem com a atmosfera e contribuem para o clima macabro. Só acho que poderiam ter incluído uns desenhos no meio dos contos, teria ficado bem mais interessante.

Deixarei abaixo um trecho que me marcou durante a leitura. Como não mencionarei de qual conto extraí a frase, não sei se isso seria spoiler, mas fica o aviso :D (pessoas sensíveis e que não gostam desse tipo de livro, cuidado!).

Os pés logo viraram uma pasta de pus e infecção e, quando a carne foi completamente consumida pelos vermes, os ossos continuaram andando sozinhos, se esfarelando pouco a pouco, de baixo para cima, até que sobrasse apenas a alma penada do pai que por três vezes recusou a maior das dádivas enviadas pelo céu, condenado a buscar, até o final dos dias, o caminho para casa. (posição 981)

Ainda não tenho habilidade suficiente para resenhar livros de contos, mas de uma coisa tenho certeza: essa leitura é excelente!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Branca dos mortos e os sete zumbis e outros contos macabros
Autor(a): Fábio Yabu
Ano da edição lida: 2013
Editora: Globo Livros
Páginas: 200
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resenha | 4 semanas de prazer, de Julianna Costa


SINOPSE
Dominique Thoen é uma advogada competente e ambiciosa, uma mulher independente que não guarda espaço na sua vida para relacionamentos de qualquer tipo. A raiva que nutre pelo seu colega de trabalho, Gregory Holt, se compara apenas ao desejo secreto que sente por ele. Uma sequência de desventuras, no entanto, leva Gregory a filmar Dominique em um momento íntimo e, no ímpeto de ensinar uma lição àquela mulher impiedosa, ele a chantageia.
Dominique vai aprender a aceitar o desejo insuportável que sente por Gregory sem saber que, do outro lado, ele trava uma batalha idêntica. Juntos vão se aventurar por uma relação sensual, provocante e cada vez mais quente.
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Li esse livro no final de abril, mas na época eu não estava muito interessada em obras desse tipo. Só comecei a leitura porque existe uma coisa nessa vida chamada Kindle Unlimited, ou seja, se eu não gostasse da trama era só deletar tudo e também porque eu realmente precisava de uma leitura leve, já que estava numa vibe de leituras teóricas (esse ano tá muito insano no que se refere às minhas preferências literárias).

Dominique Thoen, como a própria sinopse adianta, é uma mulher muito bem resolvida em sua profissão e sexualidade, mas suas relações interpessoais são um verdadeiro problema. Pra falar a verdade, esse negócio de "não guardar espaço para relacionamentos de qualquer tipo" já tá bem batido pra mim (deve ser porque leio muitas fanfics - sim, eu sou a louca das fanfics, me julguem). É claro que você não precisa ser amiguinho de todo mundo e viver felizinho durante as 24 horas dos sete dias da semana, mas o mínimo de respeito e educação é necessário para uma boa convivência, né? Mas nossa adorável e desbocada protagonista não liga muito para essas convenções sociais e confesso que fiquei com certa invejinha, afinal, quem nunca quis, para dizer o mínimo, mandar todo mundo catar coquinho?

Enfim, Gregory Holt, seu colega detestável (ele não é realmente detestável, mas ela o detesta) e igualmente galã de cinema (óbvio), está de mudança e, acidentalmente, grava Dominique em um momento íntimo. De posse de tamanha arma para ser utilizada contra a crueldade gratuita da moça, ele a chantageia. Ela, que estava prestes a sair de férias, deveria ajudá-lo com sua mudança para outra cidade. Ela vai totalmente contrariada, já que não seria uma boa ideia ver seu vídeo circulando pelos quatro cantos da internet.

O que vocês acham que acontece quando os dois finalmente estão sozinhos em uma casa? O que diz o título do livro, ora essa! hehehe (essa foi boa, vai!). Mas é claro que nada pode ser tão fácil assim. Eles vão brigar, sentir ciúmes, fingir que nada está acontecendo, até se renderem ao desejo que sentem um pelo outro.

Gostei bastante da forma como a autora conduziu a história, sem pesar muito nas cenas quentes. Não é porque estamos lendo um livro erótico que queremos só sexo (pelo menos eu não penso assim). Adorei também Dominique. Ela não é como a maioria das personagens femininas que temos visto por aí, toda coitadinha, mimizenta, fragilzinha, irritantezinha. Ela é forte, decidida, profissional de qualidade, enfrenta de cabeça erguida o machismo nosso de cada dia etc. Claro que também é meio mal-educada e cruel de propósito, mas a gente dá uma relevada: precisa disso pra dar um 'tchan' na história. Gregory também não é aquele típico garanhão que pega todas, nossa-que-cara-fantástico. Ele tem seus momentos de dúvidas, é sensível, se preocupa com o próximo etc. Os dois formam um casal muito fofo! ♥ Só que eu preciso confessar uma coisa para vocês: o que eu mais gostei mesmo foi da vizinhança!!! Meeeeeu pai do céu, que galera ótima! Minhas partes preferidas são aquelas em que há interação com os vizinhos! ♥

Amei a história, mas não pretendo ler a continuação, que é Alguns anos. A forma como tudo terminou foi bem satisfatória para mim, além disso, acho que no próximo livro terá uma dose excessiva de drama, coisa que me espanta mais do que depressa (isso é puro achismo, gente! Se alguém já leu a continuação e acha que não é bem assim, por favor, deixe nos comentários a sua opinião! :D).

Leitura recomendada!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: 4 semanas de prazer
Autor(a): Julianna Costa
Ano da edição lida: 2014
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 496
Classificação: ✯✯✯✯

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Resenha | O estranho caso do cachorro morto, de Mark Haddon


SINOPSE
Christopher John Francis Boone sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais, assim como os números primos até 7507. Gosta de animais, mas não entende nada de relações humanas. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém.
Christopher Boone tem 15 anos e sofre de síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Um dia Christopher encontra Wellington, o cachorro da vizinha, morto no jardim. É acusado de assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou o animal e, inspirado no seu personagem fictício favorito, o impecavelmente lógico Sherlock Holmes, escreve um livro relatando suas investigações.
O resultado é O estranho caso do cachorro morto, livro de estreia do inglês Mark Haddon. A história do garoto autista que sabe tudo sobre matemática e quase nada sobre seres humanos já conquistou um dos mais importantes prêmios estrangeiros: o Whitbread 2003 na categoria livro do ano.
Para o Times: "Este livro é original e envolvente. Na história de mistério e descobertas Haddon convida o leitor a embarcar ao lado de Christopher em uma emocionante viagem que vai virar o mundo do jovem de cabeça para baixo".
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Eu PRECISO começar essa resenha pedindo imensas desculpas pelo meu sumiço. Sério, mandei muito mal mesmo! :'(

O problema é que passei por um longo e inexplicável período de ressaca literária, só que ao invés de dar uma pausa nas leituras, me forcei a ler mais e mais coisas totalmente desinteressantes para mim naquele momento. Como resultado, a maioria dos livros que li foi considerada irrelevante para novos posts; quando o livro era muito bom, minha inspiração e vontade de escrever me abandonavam completamente (continuem assim, queridinhas! #ironia ¬¬). Pelo menos eu nunca disse que vida de resenhista era fácil! hehehe ;)

Hoje trago para vocês a resenha de um livro muito interessante: O estranho caso do cachorro morto, livro de estreia de Mark Haddon, um autor inglês. Nesta obra temos como protagonista e narrador o jovem Christopher Boone, de 15 anos, que possui Síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Eu já tinha um pouco de informação sobre isso graças ao filme Mary & Max - Uma amizade diferente, já que Max também é autista, mas a experiência com o livro foi bem mais esclarecedora do que com o filme.

A trama começa com o assassinato de Wellington, o cachorro da vizinha. Christopher o encontra no quintal da casa dela com um forcado atravessado pelo corpo e acaba sendo preso sob suspeita de ter cometido o crime. Após ser liberado, fica determinado a descobrir o verdadeiro responsável por tamanha crueldade. Mas a história é muito mais do que uma "simples" investigação: enquanto coleta pistas, precisa lidar com suas limitações no que se refere a relações interpessoais e descobre segredos familiares que se desenrolam em um verdadeiro drama.

O que mais me impressionou no livro foi, sem sombra de dúvida, a narração. Em nenhum momento, no texto, é explicitado que Christopher possui Síndrome de Asperger (somente nas sinopses), mas suas ações e pensamentos apontam para isso o tempo todo. O assunto foi tratado com muita sensibilidade e por se tratar de narração em primeira pessoa (o próprio autista, no caso), deu-se a profundidade necessária para a compreensão do tema. Em alguns momentos era possível se imaginar vivendo aquelas situações, compartilhando do mesmo medo e confusão do garoto. Foi bem tenso e, por isso, muito bom.

Embora o foco do livro não seja realmente a resolução do assassinato do cachorro, gostei muito do processo de investigação: Christopher era muito objetivo e extremamente sincero, portanto, algumas passagens chegavam a ser "divertidas". Sobre o drama familiar, até que ele começou intrigante, mas a verdade é que a narrativa das aventuras do garoto roubou completamente a cena.

Uma obra completamente relevante, é assim que a defino. É um constante convite a se colocar no lugar do outro, a tentar entender o que se passa com o outro. Aprendi bastante com esse livro, assim como com Mary & Max, mas sei que ainda tenho muito o que aprender.

Livro recomendadíssimo!

Números primos são o que resta quando você já jogou fora todos os seus semelhantes. Acho que números primos são como a vida. Eles são muito lógicos, mas a gente nunca descobre quais são as regras, mesmo se passar o tempo todo pensando nelas. (posição 244)

Acho que as pessoas acreditam no paraíso porque não gostam de pensar que a gente pode morrer, porque querem continuar a viver e não gostam de pensar que outras pessoas vão entrar nas suas casas e jogar suas coisas no lixo. (posição 550)

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: O estranho caso do cachorro morto
Autor(a): Mark Haddon
Ano da edição lida: 2012
Editora: Record
Páginas: 288
Classificação: ✯✯✯✯ 

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Lançamentos | Junho de 2016 - parte II, DarkSide® Books

Olá, pessoal!

Promessa é dívida! ;) Segue abaixo a divulgação de mais um lançamento da DarkSide:
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O ÚLTIMO ADEUS,
de Cynthia Hand

“Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio.” – Tyler

A autora de fantasia que está encantando leitores com a força de sua escrita lança seu primeiro romance contemporâneo – uma trama comovente e impactante situada nos dias de hoje. Depois de sucessos internacionais como a saga Sobrenatural, Cynthia Hand demonstra todo o seu talento numa história sobre perda, culpa e superação.

O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.

O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante.

O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.

Cynthia Hand faz sua homenagem àqueles que se foram muito cedo e oferece um diálogo reconfortante a quem já esteve no lugar de sua protagonista.

Lançamento: Junho de 2016
 

Uau! Se já fiquei emocionada com a sinopse, imaginem com o livro! Mais um para minha lista de desejados que, obviamente, não para de crescer!

Chega logo, junho! hehehe :D

Para mais informações sobre lançamentos, acesse:
http://www.darksidebooks.com.br/

Até a próxima, pessoal

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Lançamentos | Junho de 2016, DarkSide® Books

Olá, pessoal!

Faz um tempão que não escrevo sobre lançamentos por aqui, né? Que vergonha! =/

Para compensar minha ausência, tenho dois livros muito bacanas para recomendar a vocês. Para o post não ficar muito grande, falarei sobre um deles hoje e na próxima sexta-feira falo sobre o outro, ok? :D

Vamos conferir o primeiro?
 


EM ALGUM LUGAR NAS ESTRELAS,
de Clare Vanderpool

Uma oportunidade de voltarmos à infância 

Livros são ótimos companheiros de viagem. Alguns conseguem ir além e se transformam em companhias para a vida inteira. Como os amigos que fazemos na juventude que, aconteça o que acontecer, vão estar para sempre do nosso lado.

É o caso de Em algum lugar nas estrelas, da autora norte-americana Clare Vanderpool. Um romance intenso sobre a difícil arte de crescer em um mundo que nem sempre parece satisfeito com a nossa presença.

Pelo menos é desse jeito que as coisas têm acontecido para Jack Baker. A Segunda Guerra Mundial estava no fim, mas ele não tinha motivos para comemorar. Sua mãe morreu e seu pai... bem, seu pai nunca demonstrou se preocupar muito com o filho. Jack é então levado para um internato no Maine (o mesmo estado onde vivem Stephen King e boa parte de seus personagens). O colégio militar, o oceano que ele nunca tinha visto, a indiferença dos outros alunos: tudo aquilo faz Jack se sentir pequeno. Até ele conhecer o enigmático Early Auden.

Early, um nome que poderia ser traduzido como precoce, é uma descrição muito adequada para um prodígio como ele, que decifra casas decimais do número Pi como se lesse uma odisseia. Mas, por trás de sua genialidade, há uma enorme dificuldade de se relacionar com o mundo e de lidar com seus sentimentos e com as pessoas ao seu redor.

Obsessivo, Early Auden tem regras específicas sobre que músicas deve ouvir em cada dia da semana: Louis Armstrong às segundas; Sinatra às quartas; Glenn Miller às sextas; Mozart aos domingos e Billie Holiday sempre que estiver chovendo. Seu comportamento é um dos muitos indícios da síndrome de Asperger, uma forma branda de autismo que só seria descoberta muito tempo depois da Segunda Guerra, e que inspirou personagens já clássicos como o Sr. Spock (Star Trek), o Dr. House e Sheldon Cooper (The Big Bang Theory).

Quando chegam as festas de fim de ano, a escola fica vazia. Todos os alunos voltam para casa, para celebrar com suas famílias. Todos, menos Jack e Early. Os dois aproveitam a solidão involuntária e partem em uma jornada ao encontro do lendário Urso Apalache. Nessa grande aventura, vão encontrar piratas, seres fantásticos e até, quem sabe, uma maneira de trazer os mortos de volta – ainda que talvez do que Jack mais precise seja aprender a deixá-los em paz.

Em algum lugar nas estrelas é uma daquelas grandes histórias que permanecem com você por muito tempo, perfeita para ler entre amigos ou passar de pai para filho. Tudo que é real pode ser uma grande fantasia ou uma coincidência inevitável. Somos muito mais que um simples desejo do acaso.

Lançamento: Junho de 2016


Gostei muito da proposta do livro, pois a história parece ser instigante e bem criativa. Além disso, tem como não amar os trabalhos da DarkSide? Olha o capricho dessa capa! Está na lista de desejados com toda a certeza!
  
Para mais informações sobre lançamentos, acesse:
http://www.darksidebooks.com.br/

Até a próxima, pessoal!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Resenha | A festa da insignificância, de Milan Kundera


SINOPSE
A festa da insignificância coloca em cena quatro amigos parisienses que vivem numa deriva inócua, característica de uma existência contemporânea esvaziada de sentido. Eles passeiam pelos jardins de Luxemburgo, se encontram numa festa sinistra, constatam que as novas gerações já se esqueceram de quem era Stálin, perguntam-se o que está por trás de uma sociedade que, ao invés dos seios ou das pernas, coloca o umbigo no centro do erotismo.
Na forma de uma fuga com variações sobre um mesmo tema, Kundera transita com naturalidade entre a Paris de hoje em dia e a União Soviética de ontem, propondo um paralelo entre essas duas épocas. Assim o romance tematiza o pior da civilização e lança luz sobre os problemas mais sérios com muito bom humor e ironia, abraçando a insignificância da existência humana.
Mas será insignificante, a insignificância?
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Sempre quis conhecer o trabalho de Milan Kundera através do livro A insustentável leveza do ser, mas como eu só tinha A festa da insignificância na minha estante, pensei: "vai você mesmo, filhão!". Lembro que houve bastante alarde durante o lançamento desta obra, que ocorreu em 2014, principalmente pelo fato de que o autor não publicava romances há 14 anos.

A história se passa em Paris e acompanha o cotidiano de quatro amigos: Alain, Ramon, Charles e Calibã. Conhecemos também D'Ardelo e Quaquelique, que possuem papéis interessantes na trama. Eu realmente não sabia muito bem o que esperar do livro, mas me surpreendi positivamente ao ver que o autor consegue transformar até mesmo a insignificância em algo muito interessante.

A leitura flui muito rápido, principalmente porque os capítulos são bem curtinhos. A princípio temos a impressão de que a história não faz sentido algum, pois os assuntos abordados são aleatórios, os personagens têm pensamentos supérfluos e se importam com coisas que, na realidade, não têm importância alguma. Mas refletindo bem sobre tudo isso, nossa vida não é um pouco assim também? (quer dizer, claro que em nosso cotidiano talvez não encontremos exatamente uma pessoa que finge ser de outra nacionalidade ou que inventa uma doença grave, mas com certeza nos deparamos com assuntos aleatórios e pensamentos totalmente supérfluos).

Confesso que não entendi algumas passagens e referências filosóficas, mas isso não prejudicou minha opinião sobre o livro. Talvez muitos leitores se decepcionem pela "simplicidade" do enredo, mas eu o considero muito instigante, principalmente no que se refere ao sentido da insignificância. Afinal, seria insignificante a insignificância?

[...] A insignificância, meu amigo, é a essência da existência. Ela está conosco em toda parte e sempre. Ela está presente mesmo ali onde ninguém quer vê-la: nos horrores, nas lutas sangrentas, nas piores desgraças. Isso exige muitas vezes coragem para reconhecê-la em condições tão dramáticas e para chamá-la pelo nome. Mas não se trata apenas de reconhecê-la, é preciso amar a insignificância, é preciso aprender a amá-la. (p.132)

O livro é bem curtinho e possui umas citações muito interessantes. Só as passagens sobre Stálin já valem muito a pena. Recomendo a leitura.

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: A festa da insignificância
Autor(a): Milan Kundera
Ano da edição lida: 2014
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 136
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Resenha | Horror na Colina de Darrington, de M. V. Barcelos


SINOPSE
Você acredita em fantasmas? Ben Simons é um rapaz órfão de 17 anos que vai para a casa dos tios para ajudar a cuidar de sua priminha Carla após a tia ter sofrido um derrame. Apesar da infeliz situação de tia Julia, Benjamin esperava que a Colina de Darrington fosse um lugar de certa tranquilidade. O que encontra, porém, é uma trama de terror e sangue, cujo único propósito é a conquista de um poder absoluto e inimaginável por meio de forças malignas. A casa esconde segredos terríveis e sombrios. Conheça os caminhos mais tortuosos da mente humana e descubra até que ponto alguém chega para salvar a vida de um ente querido neste intrigante amálgama de suspense e terror sobrenatural. Onde termina o inferno e começa a realidade? Junte as peças e descubra. Sem dúvidas esta é uma história para aqueles que não têm medo do escuro e de todo o mal que nele habita.
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Quando minha mãe resolveu emprestar este livro para que eu pudesse lê-lo e dizer se era bom (ao que parece, me transformei na cobaia da família, hehe...), eu não estava esperando nada muito extraordinário. Só comecei a leitura porque eu realmente precisava me distrair de uma outra mais teórica que estava em andamento, mas digo uma coisa para vocês: ainda bem que fiz isso! O livro é realmente bom!

Benjamin Simons, como a própria sinopse adianta, é um garoto órfão de 17 anos que vai passar uma temporada na casa dos tios: sua tia sofreu um AVC e ficou em estado vegetativo, seu tio tinha que trabalhar bastante para conseguir dar conta das despesas (sobretudo médicas) e a filha mais velha do casal, Amanda, estava na faculdade, consideravelmente longe deles, portanto, ele era o mais indicado para cuidar de Carlinha, sua prima de apenas 5 anos. No entanto, o que era para ser uma estadia simples se torna um verdadeiro pesadelo. A história é narrada pelo próprio Benjamin, 11 anos depois do ocorrido.

Eu sempre fico impressionada quando uma boa história é contada de forma tão eficiente. Horror na Colina de Darrington possui pouco mais de 100 páginas e uma escrita objetiva e fluida, e mesmo assim nos deixa tensos a cada parágrafo. A trama contém muito horror, suspense e visões aterradoras e o cenário só tem a contribuir: totalmente sombrio e perigoso. No final você já não sabe se aquilo realmente aconteceu ou se foi fruto de uma mente totalmente dominada pela loucura. Seja como for, aguardo continuação! :D

Obs.: como gosto muito de Horror/Terror, mas não tenho a menor coragem para ver filmes, é muito bom ver autores nacionais se dedicando cada vez mais a esse gênero literário.

Recomendo muito a leitura!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Horror na Colina de Darrington
Autor(a): M. V. Barcelos
Ano da edição lida: 2015
Editora: Novo Século
Páginas: 112
Classificação: ✯✯✯✯

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Resenha | Os Crimes ABC, de Agatha Christie


SINOPSE
Há um serial killer à solta, matando suas vítimas em ordem alfabética. A única pista que a polícia tem é um macabro cartão de visitas que o assassino deixa em cada cena do crime: um guia ferroviário aberto na cidade onde a morte acontece. A Inglaterra inteira está em pânico com a sucessão de crimes - A: Alice Ascher, em Andover; B: Betty Barnard, em Bexhill; C: Sir. Carmichael Clarke, em Churston - e o assassino vai ficando mais confiante a cada morte. Seu único erro é pôr à prova o orgulho de Hercule Poirot, um erro que pode ser mortal.
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História da Agatha Christie com serial killer. É sério isso, produção? :O

Eu tenho o "péssimo" hábito de comprar livros da Rainha do Crime sem nem ao menos saber detalhes do enredo (muitas vezes eu não sei absolutamente nada sobre a obra, nem se é com o Poirot, com a Miss Marple ou com qualquer outro personagem detetive). Se o livro não faz parte da minha coleção, eu compro. Foi justamente o que aconteceu com Os Crimes ABC: eu não tinha, não sabia do que se tratava, comprei e demorei séculos para ler. Se eu tivesse a mínima ideia de que seria tão bom, teria lido antes.

Nesta obra, Hercule Poirot passa a receber cartas de um suposto assassino - o ABC - com o intuito de "avisar" sobre seus crimes futuros. Embora o detetive belga tenha "ficado com a pulga atrás da orelha", o capitão Hastings e a polícia acreditavam que tudo não passava de uma brincadeira, pois esse tipo de trote era relativamente comum. Entretanto, quando o primeiro assassinato acontece conforme o planejado, toda a coisa muda de figura: um serial killer estaria à solta? Poirot se sente pessoalmente desafiado/ofendido pelo ABC, pois as cartas continham referências jocosas às suas habilidades intelectuais. Este foi, provavelmente, o maior erro do assassino.

Os crimes acontecem em ordem alfabética:
- Alice Ascher, em Andover;
- Betty Barnard, em Bexhill;
- Sir. Carmichael Clarke, em Churston - e em cada cena do crime um guia ferroviário ABC é encontrado aberto na página correspondente ao local do assassinato.

Quer saber de uma coisa? Achei genial!

Ao longo da história conhecemos um personagem crucial que vai nos fazer criar uma série de suposições que vão se mostrando imprecisas a todo o momento. É disso que gosto em romances policiais: criar teorias que, no decorrer das investigações, se mostrem totalmente erradas, fazendo com que eu precise pensar em novas possibilidades. É claro que isso frustra minhas chances de ser uma grande detetive literária algum dia, mas pelo menos o livro fica empolgante.

Provavelmente vou soar repetitiva para quem acompanha o blog com certa regularidade, mas eu gosto muito dos livros da Agatha Christie, pois mesmo os mais fraquinhos conseguem ser realmente bons. Os Crimes ABC está na minha lista de melhores livros da autora, principalmente por causa de um único elemento: tem serial killer. E é óbvio que eu já disse aqui também que gosto muito de obras com assassinato em série.

Alguns pontos dignos de nota: a trama foi muito bem construída, pois o mistério era bem interessante, a investigação foi bem trabalhada (embora eu sempre fique revoltada com alguns depoimentos ora chorosos, ora raivosos nesses livros criminais), a conclusão foi satisfatória e o Poirot esteve mais genial do que nunca (ok, talvez eu tenha exagerado um pouco, hehe). A maior "lição" do livro: numa investigação criminal é preciso considerar todas as possibilidades, analisar todos os pontos e nem sempre tomar como certo aquilo que "parece certo".

Leitura recomendadíssima!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Os Crimes ABC
Autor(a): Agatha Christie
Ano da edição lida: 2009
Editora: L&PM
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Resenha | Jogador Nº 1, de Ernest Cline


SINOPSE
Cinco estranhos e uma coisa em comum: a caça ao tesouro. Achar as pistas nesta guerra definirá o destino da humanidade. Em um futuro não muito distante, as pessoas abriram mão da vida real para viver em uma plataforma chamada OASIS. Neste mundo distópico, pistas são deixadas pelo criador do programa e quem achá-las herdará toda a sua fortuna. Como a maior parte da humanidade, o jovem Wade Watts escapa de sua miséria no OASIS. Mas ter achado a primeira pista para o tesouro deixou sua vida bastante complicada. De repente, parece que o mundo inteiro acompanha seus passos, e outros competidores se juntam à caçada. Só ele sabe onde encontrar as outras pistas: filmes, séries e músicas de uma época em que o mundo era um bom lugar para se viver. Para Wade, o que resta é vencer – pois esta é a única chance de sobrevivência.
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Quando comecei a ler Jogador Nº 1, eu não tinha nenhuma expectativa. Disseram que o livro era bom e eu queria algo mais leve do que minhas leituras anteriores, então me pareceu uma boa ideia mergulhar no mundo dos games e dos anos 80. Embora nenhum desses assuntos sejam minha "especialidade", gostei muito da obra.

A história de passa em 2045, ou seja, um futuro não muito distante. A situação do planeta não está nada boa: há uma enorme crise energética e a maioria da população vive na extrema pobreza. Para escapar da realidade, muitos vivem conectados ao OASIS - um jogo de imersão totalmente interativo que permite ao usuário ser tudo aquilo que ele quiser ser. James Halliday, o criador desse sucesso absoluto, faleceu e deixou um testamento muito curioso: toda a sua imensa fortuna e o controle total do jogo seriam entregues àquele que encontrasse seu Easter Egg, tão cuidadosamente escondido naquele gigantesco universo. Os competidores teriam que desvendar pistas, encontrar três chaves e três portões, para só então vencer o concurso.

Wade Watts, o protagonista, é um jovem órfão de 17 anos que vive com a tia desagradável num parque de trailers. Socialmente desajustado e pobre, passa horas e horas do seu dia conectado ao OASIS - num esconderijo - e dedica-se ao estudo dos aspectos culturais dos anos 80, pois é com base nesse conhecimento que o tesouro de Halliday pode ser encontrado. Nem todos os participantes do concurso, entretanto, eram pessoas de bem: algumas delas estavam realmente dispostas a matar se fosse necessário. Sendo o primeiro a desvendar a primeira charada, não é exagero dizer que Wade não estava numa situação muito confortável.

E é a partir dessa descoberta que a história passa a ter mais ação, tanto no mundo virtual quanto no real. Gostei da forma como o autor explicou o funcionamento do OASIS, mas em alguns momentos havia detalhe demais. Ele também caprichou nas referências aos anos 80, que eram de extrema importância para a história, mas também havia informação em excesso; chegava a ser cansativo às vezes. Algumas coisas que, a princípio, não pareciam fazer muito sentido foram rapidamente explicadas pelo autor, deixando tudo parecer fácil demais, forçado demais. Quase não houve emoção e reviravoltas.

Mas nada disso tira o mérito do livro: ele é realmente bom e consegue prender a atenção do leitor. A leitura é bem tranquila, informativa (conhecimentos sobre a década de 80) e garante boas aventuras. Não sou muito fã de jogos, mas fiquei bem interessada pelas referências aos games antigos.

Aí vai um trecho do livro para reflexão:

Ali, sob as luzes fluorescentes de meu pequeno apartamento de um cômodo, não havia modo de escapar da verdade. Na vida real, eu não passava de um ermitão antissocial. Um recluso. Um geek pálido obcecado pela cultura pop. Um introvertido agorafóbico, sem amigos, família ou contato com pessoas. Eu era apenas mais uma alma triste, perdida e solitária, desperdiçando a vida em um videogame. (p.251)

Recomendo a leitura!

Até a próxima, pessoal!

Informações gerais
Título da obra: Jogador Nº 1
Autor(a): Ernest Cline
Ano da edição lida: 2012
Editora: Leya
Páginas: 464
Classificação: ✯✯✯✯

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Book Haul | Janeiro de 2016

Eu sei que a imagem não está muito boa, mas eu juro que foi com a melhor das intenções! :D


Olá, pessoal!
Tudo bem com vocês?

Janeiro é o mês do meu aniversário (uhuuuu :D) e eu finalmente consegui ganhar muitos livros de presente (obrigada, família!). \o/ Alguns deles (três) eu mesma comprei, afinal de contas, quer motivo maior para se auto presentear? Vamos conferir o que temos de bom?
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Sherlock Holmes - Romances (volume 1),
de Sir Arthur Conan Doyle

Sherlock Holmes - Contos (volume 2),
de Sir Arthur Conan Doyle


Livros do Sherlock Holmes dispensam sinopse, né? Publicada pela Martin Claret, esta obra em dois volumes contém todos os trabalhos de Conan Doyle envolvendo o detetive mais famoso do mundo.

No primeiro volume, o de Romances, temos quatro livros em um: Um estudo em vermelho, O signo dos quatro, O cão dos Baskervilles e O vale do terror. Já li todos eles (em edições mais simples, claro!).

No segundo volume, o de Contos, temos cinco livros em um: As aventuras de Sherlock Holmes, Memórias de Sherlock Holmes, A volta de Sherlock Holmes, O último adeus de Sherlock Holmes e Os arquivos de Sherlock Holmes. Infelizmente, ainda não consegui ler todos os seus contos.

Pretendo fazer uma "Maratona Sherlock Holmes" em breve. Aguardem! ;)
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Olhar Mortal,
de Fergus McNeill

Sinopse
Nunca cruze olhares com Robert Naysmith. Por trás de um sorriso simpático e um terno bem cortado há um predador examinando cada detalhe, estudando a rotina de sua presa, descobrindo o melhor momento para atacar. Um homem meticuloso que segue regras rígidas para cometer seus assassinatos. Um homem acima de suspeitas, com um bom trabalho, uma linda namorada e uma vida confortável.


O mundo inteiro sabe que ficção policial é um dos meus gêneros literários favoritos da vida (acho que é o mais favoritos de todos, inclusive). Se o negócio envolve serial killers, é amor à primeira página! Livros assim estimulam o nosso raciocínio, desafiam nossa percepção da história, provocam tensão do início ao fim e, normalmente, possuem reviravoltas impressionantes. Não sei se é o caso desse livro, mas estou muito animada e pretendo lê-lo em breve.
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Tripulação de esqueletos,
de Stephen King

Sinopse (resumida)
Nesta coletânea de 22 contos somos apresentados ao universo que tornou Stephen King conhecido como um dos mais aclamados escritores da atualidade, as histórias de terror.
O livro revela o talento de King como criador de enredos aterrorizantes e envolventes. Os contos transitam com desenvoltura pelo mais puro horror na forma de criaturas abomináveis, passando por um terror psicológico de gelar o sangue.
Com uma consistente seleção de histórias, a obra consegue prender a atenção do leitor com argumentos inusitados e situações de conflito bem amarradas e instigantes. Onde termina o pesadelo e começa a realidade? Até que ponto a mente humana pode suportar o terror?


Sim, eu tive que resumir a sinopse (ela era tão grande que parecia até outro livro).

Sou aquele tipo de pessoa que não desiste nunca: tenho dúzias de livros não lidos do mestre King na estante, mas eu sempre quero mais um. Não sei qual é o meu problema. :(

Confesso que Tripulação de esqueletos me atraiu pelo nome, mas tenho quase certeza de que vou gostar muito dos contos (ou pelo menos da maioria deles). Também estou ansiosa para começar a leitura! :D

Com tantos presentes bons, estou quase perdendo as esperanças de conseguir cumprir minhas metas literárias para 2016! hehehe #olhaadesculpa
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O menino dos fantoches de Varsóvia,
de Eva Weaver

Sinopse
Mesmo diante de uma vida extremamente difícil, há esperança. E às vezes essa esperança vem na forma de um garotinho, armado com uma trupe de fantoches - um príncipe, uma menina, um bobo da corte, um crocodilo. O avô de Mika morreu no gueto de Varsóvia e o menino herdou não apenas o seu grande casaco, mas também um tesouro cheio de segredos. Em um bolso meio escondido, ele encontra uma cabeça de papel machê, um retalho... o príncipe. E um teatro de fantoches seria uma maneira incrível de alegrar o menininho que está doente, os vizinhos que moram em um quartinho apertado. Logo o gueto inteiro só fala do mestre de fantoches - até chegar o dia em que Mika é parado por um oficial alemão e empurrado para uma vida obscura.
Esta é uma história sobre sobrevivência. Uma jornada épica, que atravessa continentes e gerações, de Varsóvia à Sibéria, e duas vidas que se entrelaçam em meio ao caos da guerra. Porque mesmo em tempo de guerra existe esperança.


Holocausto é meu grande ponto fraco na literatura e na vida. Sempre tem um olho nas minhas lágrimas quando leio qualquer coisa sobre esse período. Eu esperava uma tristeza profunda durante a leitura, mas o livro é muito mais bonito do que triste (embora ele seja realmente triste, claro).

Como sou uma pessoa ansiosa, vocês perceberam que eu já li a obra, né? hehe... Em breve teremos resenha.
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Sangue na Neve,
de Lisa Gardner

Sinopse
A policial Tessa Leoni matou seu marido, Brian Darby, em legítima defesa. A arma do crime está à vista de todos e os hematomas no corpo de Tessa confirmam a ocorrência. A policial também não fez questão de fugir ou de arrumar qualquer justificativa para explicar aquele corpo estendido no chão da cozinha, portanto, aparentemente, o que a investigadora D. D. Warren tem à sua frente é o desfecho de uma briga doméstica. Um caso simples.
No entanto, ao abrir o inquérito, D. D. terá uma surpresa: este não é o primeiro homicídio de Tessa Leoni e, afinal, onde está a filhinha de seis anos da policial? Será que ela realmente atirou em seu marido para matá-lo? Uma mãe seria capaz de prejudicar intencionalmente sua filha?
D. D. Warren, a experiente detetive que acredita que desvendar um caso é como mergulhar na vida do criminoso, enfrentará mais uma investigação que a levará a uma busca frenética por uma criança desaparecida enquanto tenta encaixar as peças de um mistério familiar que a levará a quebrar os muros do corporativismo policial.


Eu deveria estar lendo os livros listados nas minhas metas literárias de 2016, mas o que estou fazendo? Lendo os livros que ganhei de presente de aniversário, lógico! :D

Em minha defesa, tem como resistir a uma sinopse como essa? Uma pessoa que ama ficção policial não pode ter conhecimento dessas coisas...

Aguardem resenha!
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Bandeira Negra - Assassin's Creed #6,
de Oliver Bowden

Sinopse
É a era de ouro da pirataria e o novo mundo atrai todas as atenções. Edward Kenway - o jovem, impetuoso e ambicioso filho de um mercador de lã - não resiste ao fascínio de uma vida de glórias e riquezas em alto-mar.
Quando a herdade da família é atacada, parece ser a oportunidade perfeita para Kenway escapar dos grilhões da responsabilidade, içar velas e levantar âncora. No mar, ele logo conquista a reputação de um dos mais letais corsários de sua época.
Mas ganância, ambição e traição o seguem de perto. E assim que evidências de uma conspiração mortal começam a vir à tona, ameaçando destruir tudo o que mais ama, Kenway não consegue resistir ao clamor da vingança.
Dividido entre lealdade e paixões, intriga e cobiça, terra e mar, ele é arrastado para o centro de uma luta muito mais antiga do que imagina. Uma contenda que o fará escolher... entre Assassinos e Templários.


Moço, escolha os Assassinos, por favor! ♥

Renascença - Assassin's Creed #1 foi o primeiro livro que li em 2016 e gostei muito da leitura. Eu já tenho as duas sequências e este aumentará minha coleção. ;)

Tudo bem que eu ainda vou demorar um pouquinho para lê-lo, mas estou animada desde já!
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Alien,
de Alan Dean Foster

Sinopse
A tripulação da nave Nostromo é despertada antes do tempo de seu sono criogênico. Misteriosos sinais vindos dos confins do espaço são recebidos pelo computador de bordo e a equipe é acionada para investigar um planeta desconhecido. Um tripulante é atacado por uma forma de vida estranha e esse pode ser o início de uma história pior que os mais terríveis pesadelos da humanidade.


Eu nunca assisti Alien, nem Alien vs. Predador, nem nada do tipo. Isso tem muito mais a ver com medo do que com preguiça, eu juro. Livros de terror (ou quase isso) eu encaro sem problemas, mas filmes, não tem jeito. Espero gostar dessa leitura.

Obs.: tem como não amar essa capa? A Aleph é mesmo muito diva!
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Queimando na água, afogando-se na chama,
de Charles Bukowski

Sinopse (resumida)
Álcool, apostas e mulheres: estes foram alguns dos temas que consagraram Charles Bukowski como um dos maiores escritores underground contemporâneos. Mas em Queimando na água, afogando-se na chama, fica evidente que ele já explorava tais assuntos muito antes de se notabilizar como o "velho safado". Esta coletânea de poemas, escritos originalmente entre 1955 e 1973, pinta o retrato do autor como um ilustre desconhecido, no auge de seus trinta anos. Entre porres e reflexões, corridas de cavalo e amantes (sem contar uma passagem alucinada por Nova Orleans), Bukowski testa limites não apenas no seu dia a dia, mas também nos vários experimentos poéticos que realiza no período - já demonstrando a verve que o tornaria famoso anos mais tarde.


Os deuses da literatura me disseram: "não pode faltar Bukowski nos seus Book Hauls". OK então.

Para mim, o velho safado dispensa apresentações. Seus textos abordam, em sua maioria, temas marginais e contêm doses de verdades tão nuas e cruas que mais parecem um tapa na cara. Adoro as reflexões que seus livros me provocam.
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Armadilhas,
de Roderick Gordon e Brian Williams

Espirais,
de Roderick Gordon e Brian Williams

Série Túneis #4 e #5


Sinopses de livros que compõem séries quase sempre possuem spoilers. Por este motivo, nem vou me atrever a procurá-las.

Eu li o primeiro livro da Série Túneis, cujo nome é Túneis (hehe...), em dezembro de 2014 e me lembro de ter gostado muito da obra. Desde então, fiquei muito empolgada para concluir a coleção, composta por seis livros. Esses eram os únicos que faltavam! :D

Em breve lerei as continuações e postarei resenhas para vocês!
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Por hoje é só!

Espero que tenham gostado dos livros. Alguns deles já terão resenhas nas próximas semanas, aguardem!

Até mais! :)