SINOPSE
Christopher John Francis Boone sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais, assim como os números primos até 7507. Gosta de animais, mas não entende nada de relações humanas. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém.
Christopher Boone tem 15 anos e sofre de síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Um dia Christopher encontra Wellington, o cachorro da vizinha, morto no jardim. É acusado de assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou o animal e, inspirado no seu personagem fictício favorito, o impecavelmente lógico Sherlock Holmes, escreve um livro relatando suas investigações.
O resultado é O estranho caso do cachorro morto, livro de estreia do inglês Mark Haddon. A história do garoto autista que sabe tudo sobre matemática e quase nada sobre seres humanos já conquistou um dos mais importantes prêmios estrangeiros: o Whitbread 2003 na categoria livro do ano.
Para o Times: "Este livro é original e envolvente. Na história de mistério e descobertas Haddon convida o leitor a embarcar ao lado de Christopher em uma emocionante viagem que vai virar o mundo do jovem de cabeça para baixo".
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Eu PRECISO começar essa resenha pedindo imensas desculpas pelo meu sumiço. Sério, mandei muito mal mesmo! :'(
O problema é que passei por um longo e inexplicável período de ressaca literária, só que ao invés de dar uma pausa nas leituras, me forcei a ler mais e mais coisas totalmente desinteressantes para mim naquele momento. Como resultado, a maioria dos livros que li foi considerada irrelevante para novos posts; quando o livro era muito bom, minha inspiração e vontade de escrever me abandonavam completamente(continuem assim, queridinhas! #ironia ¬¬). Pelo menos eu nunca disse que vida de resenhista era fácil! hehehe ;)
O problema é que passei por um longo e inexplicável período de ressaca literária, só que ao invés de dar uma pausa nas leituras, me forcei a ler mais e mais coisas totalmente desinteressantes para mim naquele momento. Como resultado, a maioria dos livros que li foi considerada irrelevante para novos posts; quando o livro era muito bom, minha inspiração e vontade de escrever me abandonavam completamente
Hoje trago para vocês a resenha de um livro muito interessante: O estranho caso do cachorro morto, livro de estreia de Mark Haddon, um autor inglês. Nesta obra temos como protagonista e narrador o jovem Christopher Boone, de 15 anos, que possui Síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Eu já tinha um pouco de informação sobre isso graças ao filme Mary & Max - Uma amizade diferente, já que Max também é autista, mas a experiência com o livro foi bem mais esclarecedora do que com o filme.
A trama começa com o assassinato de Wellington, o cachorro da vizinha. Christopher o encontra no quintal da casa dela com um forcado atravessado pelo corpo e acaba sendo preso sob suspeita de ter cometido o crime. Após ser liberado, fica determinado a descobrir o verdadeiro responsável por tamanha crueldade. Mas a história é muito mais do que uma "simples" investigação: enquanto coleta pistas, precisa lidar com suas limitações no que se refere a relações interpessoais e descobre segredos familiares que se desenrolam em um verdadeiro drama.
O que mais me impressionou no livro foi, sem sombra de dúvida, a narração. Em nenhum momento, no texto, é explicitado que Christopher possui Síndrome de Asperger (somente nas sinopses), mas suas ações e pensamentos apontam para isso o tempo todo. O assunto foi tratado com muita sensibilidade e por se tratar de narração em primeira pessoa (o próprio autista, no caso), deu-se a profundidade necessária para a compreensão do tema. Em alguns momentos era possível se imaginar vivendo aquelas situações, compartilhando do mesmo medo e confusão do garoto. Foi bem tenso e, por isso, muito bom.
Embora o foco do livro não seja realmente a resolução do assassinato do cachorro, gostei muito do processo de investigação: Christopher era muito objetivo e extremamente sincero, portanto, algumas passagens chegavam a ser "divertidas". Sobre o drama familiar, até que ele começou intrigante, mas a verdade é que a narrativa das aventuras do garoto roubou completamente a cena.
O que mais me impressionou no livro foi, sem sombra de dúvida, a narração. Em nenhum momento, no texto, é explicitado que Christopher possui Síndrome de Asperger (somente nas sinopses), mas suas ações e pensamentos apontam para isso o tempo todo. O assunto foi tratado com muita sensibilidade e por se tratar de narração em primeira pessoa (o próprio autista, no caso), deu-se a profundidade necessária para a compreensão do tema. Em alguns momentos era possível se imaginar vivendo aquelas situações, compartilhando do mesmo medo e confusão do garoto. Foi bem tenso e, por isso, muito bom.
Embora o foco do livro não seja realmente a resolução do assassinato do cachorro, gostei muito do processo de investigação: Christopher era muito objetivo e extremamente sincero, portanto, algumas passagens chegavam a ser "divertidas". Sobre o drama familiar, até que ele começou intrigante, mas a verdade é que a narrativa das aventuras do garoto roubou completamente a cena.
Uma obra completamente relevante, é assim que a defino. É um constante convite a se colocar no lugar do outro, a tentar entender o que se passa com o outro. Aprendi bastante com esse livro, assim como com Mary & Max, mas sei que ainda tenho muito o que aprender.
Livro recomendadíssimo!
Números primos são o que resta quando você já jogou fora todos os seus semelhantes. Acho que números primos são como a vida. Eles são muito lógicos, mas a gente nunca descobre quais são as regras, mesmo se passar o tempo todo pensando nelas. (posição 244)
Acho que as pessoas acreditam no paraíso porque não gostam de pensar que a gente pode morrer, porque querem continuar a viver e não gostam de pensar que outras pessoas vão entrar nas suas casas e jogar suas coisas no lixo. (posição 550)
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: O estranho caso do cachorro mortoAutor(a): Mark Haddon
Ano da edição lida: 2012
Editora: Record
Páginas: 288
Classificação: ✯✯✯✯✯
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