terça-feira, 9 de setembro de 2014

Resenha | Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose, de Stephen Rebello

Sinopse:

Psicose, de 1960, entrou para a história do cinema como uma das obras mais importantes do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Neste livro, o jornalista e roteirista Stephen Rebello desvenda os bastidores da produção considerada pelo American Film Institute como o melhor thriller de todos os tempos; conta a impressionante história real que inspirou o filme e revela a decisão do cineasta, após a recusa do projeto pela Paramount, de bancar ele próprio as filmagens, atraindo estrelas famosas por uma fração do cachê habitual, marca de sua obstinação artística e determinação.

Este livro é leitura obrigatória para todos os amantes do cinema!


Uma rápida explorada pelo blog e você logo vai perceber que sou fã de carteirinha de Psicose (tanto do livro, quanto do filme). Aliás, você pode conferir minha opinião sobre a obra AQUI.

Confesso que nunca gostei muito de cinema. Sempre preferi livros e músicas, mas ultimamente ando me rendendo à sétima arte (estou adorando a experiência!). O primeiro filme que assisti em 2014 foi, curiosamente, Psicose.

Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose relata desde a concepção da obra literária por Robert Bloch, até a criação de outros trabalhos cinematográficos de Hitchcock, passando por muitas polêmicas, frustrações e surpresas.

Foi muito interessante perceber como o diretor era detalhista em suas criações. Ele se preocupava de maneira insistente com o que o espectador iria perceber, questionar, avaliar e, possivelmente, criticar. Saber que ele levava muito a sério o seu trabalho e respeitava o intelecto de seu público foi muito gratificante.

Rebello foi nos contando sobre as pesquisas de campo que Hitchcock solicitava para compor os cenários (ele era muito exigente; queria que o filme representasse o mais fielmente possível a realidade), sobre as divergências de opinião entre o diretor e a Paramount, sobre censura, ‘picuinhas’ que ele tinha com determinada atriz, opiniões polêmicas e contraditórias de críticos de cinema, enfim, é um trabalho realmente muito completo.

Um dos méritos do livro é trazer ao conhecimento do público questões como escolha de figurino e cenário, posicionamento das câmeras, musicalidade, elaboração e alteração de roteiro etc. São coisas que normalmente ficam em segundo plano, mas que são extremamente importantes para o bom desenvolvimento do filme. O autor coletou depoimentos dos vários membros da equipe de Hitchcock àquela época, bem como de alguns atores que atuaram em Psicose. Estes diferentes pontos de vista ajudaram a enriquecer a obra.

A personalidade do diretor torna tudo mais interessante. Perfeccionista, teimoso, ‘vingativo’ em certa medida e também muito controverso. É curioso perceber como uma pessoa que se mostra tão segura de si externamente pode ser tão insegura internamente. Um dos méritos do livro é justamente deixar evidente que Hitchcock era tão humano quanto todos nós.

Como sou fã declarada de Psicose (sou tão fã que esta é a segunda vez que falo sobre isto só neste texto), achei o livro muito bom. Para quem não é tão fã assim, não sei dizer se a leitura será maçante. Mas uma coisa é certa: se você gosta de cinema, esta obra é obrigatória (a sinopse já alerta para isso). Há detalhes técnicos que você não encontra em qualquer lugar.

Só digo uma coisa: quero assistir todos os filmes de Hitchcock. Tinha conhecimento de que ele era considerado o ‘mestre do suspense’, mas passei a admirá-lo efetivamente enquanto diretor após a leitura deste livro.


Informações gerais
Título da obra: Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose
Autor: Stephen Rebello
Ano da edição lida: 2013
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Classificação no Skoob: ✯✯✯✯

Abraços e até a próxima!

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