
Psicose, de 1960, entrou para a história do cinema como uma das obras mais importantes do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Neste livro, o jornalista e roteirista Stephen Rebello desvenda os bastidores da produção considerada pelo American Film Institute como o melhor thriller de todos os tempos; conta a impressionante história real que inspirou o filme e revela a decisão do cineasta, após a recusa do projeto pela Paramount, de bancar ele próprio as filmagens, atraindo estrelas famosas por uma fração do cachê habitual, marca de sua obstinação artística e determinação.
Este livro é leitura
obrigatória para todos os amantes do cinema!
Uma
rápida explorada pelo blog e você logo vai perceber que sou fã de carteirinha
de Psicose (tanto do livro, quanto do
filme). Aliás, você pode conferir minha opinião sobre a obra AQUI.
Confesso
que nunca gostei muito de cinema. Sempre preferi livros e músicas, mas ultimamente
ando me rendendo à sétima arte (estou adorando a experiência!). O primeiro
filme que assisti em 2014 foi, curiosamente, Psicose.
Alfred Hitchcock e os
bastidores de Psicose relata desde a concepção
da obra literária por Robert Bloch, até a criação de outros trabalhos
cinematográficos de Hitchcock, passando por muitas polêmicas, frustrações e
surpresas.
Foi
muito interessante perceber como o diretor era detalhista em suas criações. Ele
se preocupava de maneira insistente com o que o espectador iria perceber,
questionar, avaliar e, possivelmente, criticar. Saber que ele levava muito a
sério o seu trabalho e respeitava o intelecto de seu público foi muito
gratificante.
Rebello
foi nos contando sobre as pesquisas de campo que Hitchcock solicitava para
compor os cenários (ele era muito exigente; queria que o filme representasse o
mais fielmente possível a realidade), sobre as divergências de opinião entre o
diretor e a Paramount, sobre censura, ‘picuinhas’ que ele tinha com determinada
atriz, opiniões polêmicas e contraditórias de críticos de cinema, enfim, é um
trabalho realmente muito completo.
Um
dos méritos do livro é trazer ao conhecimento do público questões como escolha
de figurino e cenário, posicionamento das câmeras, musicalidade, elaboração e alteração de roteiro etc. São coisas que normalmente ficam em
segundo plano, mas que são extremamente importantes para o bom desenvolvimento
do filme. O autor coletou depoimentos dos vários membros da equipe de Hitchcock
àquela época, bem como de alguns atores que atuaram em Psicose. Estes diferentes pontos de vista ajudaram a enriquecer a
obra.
A
personalidade do diretor torna tudo mais interessante. Perfeccionista, teimoso,
‘vingativo’ em certa medida e também muito controverso. É curioso perceber como
uma pessoa que se mostra tão segura de si externamente pode ser tão insegura
internamente. Um dos méritos do livro é justamente deixar evidente que Hitchcock
era tão humano quanto todos nós.
Como
sou fã declarada de Psicose (sou tão
fã que esta é a segunda vez que falo sobre isto só neste texto), achei o livro
muito bom. Para quem não é tão fã assim, não sei dizer se a leitura será maçante.
Mas uma coisa é certa: se você gosta de cinema, esta obra é obrigatória (a
sinopse já alerta para isso). Há detalhes técnicos que você não encontra em
qualquer lugar.
Só
digo uma coisa: quero assistir todos os filmes de Hitchcock. Tinha conhecimento
de que ele era considerado o ‘mestre do suspense’, mas passei a admirá-lo efetivamente
enquanto diretor após a leitura deste livro.
Informações gerais
Título da obra:
Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose
Autor:
Stephen Rebello
Ano da edição lida:
2013
Editora:
Intrínseca
Páginas:
256
Classificação no Skoob:
✯✯✯✯✯
Abraços
e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário