quarta-feira, 14 de junho de 2017

Resenha | A verdade sobre o caso Harry Quebert, de Joël Dicker


SINOPSE
Aos vinte e oito anos Marcus Goldman viu sua vida se transformar radicalmente. Seu primeiro livro tornou-se um best-seller, ele virou uma celebridade e assinou um contrato milionário para um novo romance. E então foi acometido pela doença dos escritores. A poucos meses do prazo para a entrega do novo original, pressionado pelo seu editor e pelo seu agente, Marcus não consegue escrever nem uma linha.
Na tentativa de superar seu bloqueio criativo, Marcus decide passar uns dias com seu mentor, Harry Quebert, um dos escritores mais respeitados do país. É então que tudo muda. O corpo de uma jovem de quinze anos - desaparecida sem deixar rastros em 1975 - é encontrado enterrado no jardim de Harry, junto com o original do romance que o consagrou. Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência no caso do assassinato.
Com o intuito de ajudar Harry, Marcus começa uma investigação por contra própria. Uma teia de segredos emerge, mas a verdade só virá à tona depois de uma longa e complexa jornada.

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— Um bom livro, Marcus, não se mede somente pelas últimas palavras, e sim pelo efeito coletivo de todas as palavras que a precederam. Cerca de meio segundo após terminar o seu livro e ler a última palavra, o leitor deve se sentir invadido por uma sensação avassaladora. Por um instante fugaz, ele não deve pensar senão em tudo que acabou de ler, admirar a capa e sorrir, com uma ponta de tristeza pela saudade que sentirá de todos os personagens. Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter terminado. (Harry Quebert para Marcus Goldman, p.563)

Em 2008, Marcus Goldman se vê com a corda no pescoço (metaforicamente falando, claro). Depois de fazer um sucesso estrondoso com a publicação do seu primeiro livro, dois anos antes, assinou um contrato milionário com uma grande editora para a publicação de seu próximo romance. O grande problema é que ele foi acometido por um fenomenal bloqueio criativo e, às vésperas do prazo para a entrega do original, não escreveu uma linha sequer. Desesperado e pressionado pelo seu editor e pelo seu agente, resolve se retirar para Aurora, uma pequena cidade na qual vive seu ex-professor universitário, mentor e melhor amigo, Harry Quebert, que oferece suas instalações - Goose Cove, uma enorme casa na beira da praia - para que Goldman se inspire e volte a escrever. É lá que ele descobre que Quebert, no verão de 1975, 33 anos antes, se envolveu com uma adolescente de 15 anos, Nola Kellergan, e que a mesma, no dia 30 de agosto de 1975, desapareceu sem deixar vestígios.

A coisa realmente complica quando os restos mortais de Nola são encontrados em Goose Cove, propriedade de Harry Quebert. Obviamente ele é considerado culpado e é preso. Marcus Goldman, que a essa altura já tinha retornado à Nova York, vai correndo para Aurora na tentativa de provar que seu amigo é inocente. E então tem início a investigação criminal mais maluca que eu já li na minha vida.

Listei abaixo os principais pontos que me fizeram ficar um pouco decepcionada com esse livro:

1. A investigação criminal: essa parte da trama até que foi interessante, fiquei curiosa em vários momentos, mas o que me deixou irritada foram as várias reviravoltas cansativas e desnecessárias. Eram tantas que cheguei até a ficar confusa. Se o autor queria impressionar com suas "habilidades de escrita e criatividade", não funcionou. Eu valorizaria muito mais se ele tivesse conduzido uma investigação linear, sem ficar dando voltas e mais voltas, e inserido apenas UMA reviravolta no final (pra dar AQUELA emoção! kkkk).

2. Os personagens: nunca vi tanta gente desprezível junta. Sério. Se essa não foi a intenção do autor - e eu tenho quase certeza de que não foi -, ele falhou miseravelmente na construção de personagens. Marcus Goldman, Harry Quebert, Nola Kellergan, todos irritam. Mas ninguém irrita tanto quanto Tamara Quinn e a mãe do Marcus Goldman. Se esta última foi introduzida para dar um alívio cômico, DEU RUIM.

3. Os diálogos: este tópico está diretamente relacionado ao anterior. Um dos motivos para os personagens serem tão insuportáveis é justamente a falta de qualidade nos diálogos. As conversas são sofríveis. Várias vezes me peguei com um ódio intenso do livro, só porque estava lendo um diálogo extremamente imbecil. Quando a mãe do Marcus Goldman aparecia, eu tinha vontade de defenestrar o livro. A mesma coisa acontecia quando eu lia as conversas entre Tamara Quinn e seu esposo e também entre Harry e Nola: no caso desses últimos, até vertia mel das conversas.

4. O romance: em que planeta um romance entre Harry Quebert e Nola Kellergan convenceria alguém??? Para começo de conversa, ele tinha 34 anos na época, enquanto a garota tinha 15. QUINZEEE!!! Isso tá muito errado em vários sentidos. Mas mesmo desconsiderando a idade, o relacionamento deles era melosamente idiota. "Harry querido" pra cá, "Nola querida" pra lá, "Eu me mato se você me deixar", "Só te perdoo se você me disser que sou bonita" e mais um monte de mimimi que me deixou enjoada. E no final, tive que aguentar todo aquele chororô de Quebert, com 67 anos nas costas e nenhum juízo. Me poupe.

5. O livro (dentro do livro): em todo início de capítulo, há uma lição de Harry Quebert para seu pupilo sobre a arte de escrever (o que é ser um escritor de verdade, como escrever um bom livro etc.). A ideia é interessante, mas o problema é que isso dá certo ar de prepotência à obra e ao autor (neste caso, falo de Joël Dicker). Veja, por exemplo, a citação no início desta resenha: segundo Harry Quebert, um bom livro é aquele que o leitor, ao terminá-lo, contempla a capa, sorri e sente tristeza pela saudade dos personagens. Partindo desse pressuposto e de acordo com minha experiência de leitura, posso afirmar que A verdade sobre o caso Harry Quebert NÃO é um bom livro. Tá vendo como a prepotência não dá certo??? kkkkkk

Resumindo: se você considerar apenas a parte criminal da história, o livro é bom, desde que você releve as reviravoltas malucas. Agora, se levar em consideração os diálogos e a construção dos personagens, é melhor procurar outro passatempo.

Não posso nem culpar o marketing, afinal, faz tempo que esse livro foi lançado e mesmo assim ele nunca saiu da minha lista de desejos. Mas é aquela coisa: se você ficou curioso ou na dúvida, é melhor ler e tirar suas próprias conclusões. Tem muita gente falando bem dessa obra, então pode ser que você goste.

Obs.: O policial estadual Gahalowood é, de longe, meu personagem favorito. ♥

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: A verdade sobre o caso Harry Quebert
Autor(a): Joël Dicker
Ano da edição lida: 2014
Editora: Intrínseca
Páginas: 576
Classificação: ✯✯✯(tá mais pra 2,5)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Resenha | Os Condenados, de Andrew Pyper


SINOPSE
Danny Orchard conseguiu enganar a morte e ganhou uma segunda chance para viver. Só que ele não voltou do inferno sozinho. Em Os Condenados, Andrew Pyper, autor do fenômeno O Demonologista, explora as conexões de amor e ódio entre irmãos gêmeos, numa história sobrenatural digna de pesadelos.
Danny passou por uma experiência de quase-morte em um incêndio há mais de vinte anos. Sua irmã gêmea, Ashleigh, não teve a mesma sorte. Danny conseguiu transformar sua tragédia pessoal em um livro que se tornaria um grande best-seller. Ainda que isso não signifique que ele tenha conseguido superar a morte da irmã. Claro, ela nunca mais o deixaria em paz.
Mesmo depois de morta, Ash continua sendo uma garota vingativa e egoísta, como sempre. Mas agora que seu irmão finalmente tenta levar uma vida normal, ela se torna cada vez mais possessiva. Danny parece condenado à solidão. Qualquer chance de felicidade é destruída pelo fantasma de seu passado, e se aproximar de outras pessoas significa colocá-las em risco.
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Em seu aniversário de 16 anos, Danny Orchard morre num incêndio, numa tentativa de salvar sua irmã gêmea, Ashleigh, que também perde a vida nesse acidente. Entretanto, apenas Danny consegue voltar do mundo dos mortos, mas isso não significa que ele está livre de sua irmã. Pelo contrário. Ela sempre dá um jeito de atormentá-lo e de impedir que ele tenha uma vida "normal". Mas por que se livrar da irmã seria uma coisa tão boa? Simples: ela era uma psicopata de primeira linha!

Em algumas partes do livro, Danny nos conta algumas de suas experiências com Ash: a forma como ela sempre dominava os lugares, relegando-o ao segundo plano; como as pessoas exultavam Ash e o "menosprezavam"; como ela gostava de vê-lo presenciando suas atrocidades etc. Nem seus pais sabiam como lidar com a garota e cada um deles procurava refúgio em um lugar diferente: a mãe na bebida, o pai no trabalho. Enfim, a vida deles não era nada boa.

Quando Ash morre, Danny (depois de voltar à vida) acredita que seus dias serão bem melhores. Mas essa "felicidade" não dura quase nada, pois em pouco tempo sua irmã passa a assombrá-lo. Na tentativa de se livrar dela, que está mais forte a cada dia que passa, ele mergulha em uma jornada para descobrir o que realmente aconteceu no dia do incêndio, achando que desta forma ela o deixará em paz.

A construção da personalidade de Ash foi uma coisa que me agradou muito no livro, pois achei que foi relativamente bem retratada. Ficou evidente que ela era uma psicopata e que seu comportamento assustava seus familiares, que não sabiam o que fazer com ela, nem como lidar com seu "problema". Outra coisa que gostei foi a investigação: não é nada muito elaborado, não tem pistas complexas a seguir e passa bem longe de um romance com Hercule Poirot ou Sherlock Holmes, mas foi interessante acompanhá-la e despertou minha curiosidade. A descrição do Outro Lado (inferno, mais precisamente kkkkk) é bem perturbadora e dá pra ficar com certo 'medinho'. Impressionante.

Enfim, não é uma trama espetacular, mas se for comparar com O Demonologista, do mesmo autor, Os Condenados com certeza ganha. Recomendo a leitura!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Os Condenados
Autor(a): Andrew Pyper
Ano da edição lida: 2016 
Editora: DarkSide Books
Páginas: 336
Classificação: ✯✯✯✯

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Book Haul | Maio de 2017

Olá pessoal! Tudo bem com vocês?

Hoje trago os livros que comprei no mês de maio. Não são muitos (apenas três), mas foram escolhas muito cuidadosas, principalmente porque nenhum deles estava na minha lista de desejados! kkkk

Obs.: Fellside foi uma compra do meu esposo, mas coloquei na lista porque minha intenção é ler essa obra ainda esse ano.

Espero que gostem!

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BONECO DE PANO,
de Daniel Cole


[Sinopse] O polêmico detetive William Fawkes, conhecido como Wolf, acaba de voltar à ativa depois de meses em tratamento psicológico por conta de uma tentativa de agressão. Ansioso por um caso importante, ele acredita que está diante da grande chance de sua carreira quando Emily Baxter, sua amiga e ex-parceira de trabalho, pede a sua ajuda na investigação de um assassinato. O cadáver é composto por partes do corpo de seis pessoas, costuradas de forma a imitar um boneco de pano.
Enquanto Wolf tenta identificar as vítimas, sua ex-mulher, a repórter Andrea Hall, recebe de uma fonte anônima fotografias da cena do crime, além de uma lista com o nome de seis pessoas - e as datas em que o assassino pretende matar cada uma delas para montar o próximo boneco. O último nome na lista é o de Wolf.
Agora, para salvar a vida do amigo, Emily precisa lutar contra o tempo para descobrir o que conecta as vítimas antes que o criminoso ataque novamente. Ao mesmo tempo, a sentença de morte com data marcada desperta as memórias mais sombrias de Wolf, e o detetive teme que os assassinatos tenham mais a ver com ele - e com seu passado - do que qualquer um possa imaginar.
Com protagonistas imperfeitos, carismáticos e únicos, aliados a um ritmo veloz e uma deliciosa pitada de humor negro, Boneco de pano é o que há de mais promissor na literatura policial contemporânea.



FELLSIDE: ESTRANHOS VISITANTES,
de M.R. Carey


[Sinopse] Fellside é uma prisão de segurança máxima localizada nos confins da Inglaterra. Não é o tipo de lugar que você gostaria de terminar, mas é o lugar onde Jess Moulson irá passar o resto de seus dias. Acusada de ter incendiado o seu apartamento e matado por acidente uma criança, Jess é jogada ao esquecimento atrás de celas escuras e na companhia das prisioneiras mais perigosas do bloco de segurança máxima. Ela não pode confiar em ninguém.
Exceto na companhia de uma criança. Uma criança morta.












BURACOS NEGROS,
de Stephen Hawking


[Sinopse] Em palestras emblemáticas, o lendário físico Stephen Hawking discorre sobre as complexidades que cercam um dos mais fascinantes mistérios do universo.
Em 2016, participou da série de palestras BBC Reith Lectures, promovida pela rede de televisão britânica BBC e transmitida pela rádio BBC 4. A cada ano uma figura proeminente de sua área é convidada a discorrer sobre temas relevantes. Naqueles meses de janeiro e fevereiro, Hawking falou sobre um assunto que há décadas ocupa lugar de destaque em suas pesquisas: os buracos negros.
Em duas exposições memoráveis, um dos maiores gênios da atualidade argumenta que, se pudéssemos compreender como os buracos negros funcionam e como eles desafiam a natureza do espaço e do tempo, seríamos capazes de desvendar os segredos do universo. Insights de toda uma vida são apresentados com a lucidez e a já conhecida verve cômica de Hawking, acrescidos de notas explicativas que situam o leitor nos trechos mais cruciais.
Enquanto a maioria dos especialistas se conforma com o fato de trabalhar com temas praticamente ininteligíveis para o público geral, Stephen Hawking tomou para si o papel de grande paladino da divulgação científica - e nesse pequeno livro, mais uma vez, extrapola todas as expectativas.

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Desses já li Boneco de pano e Buracos negros. Publicarei a resenha desses dois livros em breve, mas já adianto que me decepcionei um pouco com o primeiro. =/

Acontece.

Se tiverem alguma sugestão de livro ou de postagem para o blog, sintam-se à vontade para deixar um comentário.

Até a próxima, pessoal!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Resenha | O Iluminado, de Stephen King


SINOPSE
Danny Torrance não é um menino comum. É capaz de ouvir pensamentos e transportar-se no tempo. Danny é iluminado. Será uma maldição ou uma bênção? A resposta pode estar guardada na imponência assustadora do Hotel Overlook.
Quando Jack Torrance consegue o emprego de zelador no velho hotel, todos os problemas da família parecem estar solucionados. Não mais o desemprego e as noites de bebedeira. Não mais o sofrimento da esposa, Wendy. Tranquilidade e ar puro para o pequeno Danny se livrar das convulsões que assustam a família.
Só que o Overlook não é um hotel comum. O tempo se esqueceu de enterrar velhos ódios e de cicatrizar antigas feridas, e espíritos malignos ainda residem nos corredores. O hotel é uma chaga aberta de ressentimento e desejo de vingança. É uma sentença de morte. E somente os poderes de Danny podem fazer frente à disseminação do mal.
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Se você acompanha o blog há algum tempo ou, sem querer, se deparou com uma resenha de livro que virou filme, já sabe o que vou dizer, né? Não, eu nunca vi esse filme. Sim, eu tenho um pouco de vergonha de ter lido esse clássico do mestre King só agora, mas antes tarde do que mais tarde ainda, né?

Na trama, Jack Torrance é contratado para a função de zelador do Hotel Overlook, uma construção antiga e imponente que fica no meio do nada. Ele assume a função na temporada de inverno e sabe que em algum momento ficará preso pela neve (que perspectiva adorável! muito seguro!). Sua esposa Wendy e seu filho Danny vão com ele. O garotinho é iluminado, ou seja, é capaz de ouvir pensamentos e "prever o futuro". Suas habilidades serão um combustível para o Hotel (é isso mesmo que você leu, coleguinha) e coisas muito sinistras acontecerão após a sua chegada.

Logo no primeiro capítulo eu já decidi que não gostava de Jack Torrance. Talvez tenha sido seu gênio incontrolável ou sua obsessão em pensar nas bebidas alcoólicas que já lhe causaram tantos problemas, mas o fato é que ele poderia ter se tornado papa e mesmo assim eu o teria desprezado. Aliás, Stephen King tem o dom de criar personagens insuportáveis. Ou eu é que sou chata mesmo. Mas reconheço que sem esse ser problemático, a história não teria existido.

É de conhecimento (quase) geral que Stephen King adora uma embromation e em O Iluminado não foi diferente. O começo é arrastado, mas não achei chato. Tenho um nível elevado de tolerância quando se trata desse autor, provavelmente por ter 99% de certeza de que vai valer a pena no final. No caso desse livro, nós acompanhamos detalhadamente como o Overlook se fortalece aos poucos, como as mentes dos personagens são afetadas dia após dia, ou seja, temos plena noção de tudo o que está acontecendo, quem pensa o quê, quem desconfia do quê e assim por diante. Os eventos sinistros são realmente assustadores, eu me colocava no lugar deles e ficava tensa. Foi impressionante! (pelo menos para mim, pois já conversei com pessoas que riram do meu medo, vejam só que deprimente).

Danny Torrance é um personagem adorável, mora no meu ♥. Fiquei muito triste por tudo o que estava acontecendo com ele (até mesmo antes de irem para o Hotel). Wendy me pareceu bem real: consegui me conectar com ela e entender seus medos, frustrações e sentimentos não muito nobres. Hallorann, o cozinheiro do Overlook, também foi um personagem de destaque para mim.

Eu até ia dizer que o final foi muito apressado, principalmente se levarmos em consideração o tanto que o autor "enrolou" antes de fazer o circo pegar fogo, mas a verdade é que eu devorei o livro nas 150 últimas páginas, então não sei se essa minha impressão é acurada. kkkkkkk De toda forma, gostei muito do desfecho. Foi impactante. Este é, com certeza, um dos melhores livros que li na vida. Recomendo demais a leitura!

Obs.: Eu sei que Doutor Sono não é uma continuação direta, mas mesmo assim fiquei curiosa para lê-lo. Talvez eu faça isso em 2018, se a curiosidade não falar mais alto...

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: O Iluminado
Autor(a): Stephen King
Ano da edição lida: 2012
Editora: Suma de Letras
Páginas: 464
Classificação: ✯✯✯✯✯

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Resenha | Os 13 problemas, de Agatha Christie


SINOPSE
Mistérios sem solução. Fatos verdadeiros, prosaicos e que ninguém jamais conseguiu explicar. É com o objetivo de discutir esses casos que estão no limiar do entendimento humano que surge o Clube das Terças-Feiras, um grupo eclético formado por um escritor, uma artista, um sacerdote, um ex-comissário da Scotland Yard e um procurador. O sexto elemento do grupo é na verdade a dona da casa onde acontecem as reuniões. Seu hobby é o tricô, mas enquanto trabalha com as agulhas, Miss Marple ouve cada relato com atenção. Aparentemente o dia a dia no pacato vilarejo de St. Mary Mead lhe trouxe certa experiência de vida para resolver mistérios que aos olhos comuns parecem não ter solução.
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Os 13 problemas é um livro protagonizado por Miss Marple e "dividido" em três partes (não é uma divisão formal). Na primeira parte, seis pessoas se reúnem na casa de Miss Marple e formam o Clube das Terças-Feiras; em cada reunião, um dos membros deve contar uma história, da qual já sabe o desfecho, para que os demais tentem adivinhar o que de fato aconteceu. Na segunda parte, Miss Marple é convidada para jantar na casa dos Bantry e a dinâmica se repete: cada um conta uma história e os demais tentam resolver o mistério. Na terceira parte, Miss Marple procura Sir Henry Clithering, ex-comissário da Scotland Yard que estava presente nos outros eventos, para lhe ajudar a resolver um crime recente: ela tem certeza de quem é o culpado e teme que uma pessoa inocente seja injustamente acusada, portanto, a missão de Clithering é investigar o caso.

O livro é curtinho e as histórias acabam muito rápido; muitas delas são realmente interessantes. O mais legal é que todo mundo desconfiava das capacidades dedutivas de Miss Marple, mas ela deu um baile e colocou todo mundo no bolso!

Embora Os 13 problemas não seja o melhor livro da autora, ele mostra o quão versátil ela pode ser dentro da ficção policial. Se você gosta do gênero e está a procura de algo rápido e descontraído, esta obra é ideal! Mas se você procura algo complexo, com interrogatório, reviravoltas etc., esse título não é uma boa pedida (mesmo assim, recomendo que leia em algum outro momento kkkkk).

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Os 13 problemas
Autor(a): Agatha Christie
Ano da edição lida: 2015
Editora: L&PM
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯

sexta-feira, 2 de junho de 2017

TAG | Eu Nunca Book TAG



Olá, pessoal! Tudo bem com vocês?

Hoje trago uma TAG muito bacana que vi no blog Coração de Tinta, intitulada Eu Nunca Book TAG. Espero que gostem! :D

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1. "Eu nunca li isso" - Um livro que você não leu, mas que aparentemente todo mundo já

Eu nunca li a trilogia Jogos Vorazes e, pelo menos por enquanto, não tenho a intenção de ler. Também nunca li a trilogia O Senhor dos Anéis, mas pretendo mudar isso algum dia.


2. "Eu nunca li algo tão maravilhoso" - O seu livro favorito

Eu tenho vários livros favoritos, mas para citar um que li em 2017 e que foi uma grande vitória pessoal, escolho Sob a redoma, de Stephen King.


3. "Eu nunca imaginei que conseguiria terminar isso" - Um livro ou uma série que você não curtiu, mas foi até o fim

Livro: O menino que desenhava monstros, de Keith Donohue. Não gostei da maioria dos personagens e não me empolguei com a trama. Decepção total.

Série: O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams. Os dois primeiros livros foram bem bacanas, mas a partir do terceiro a coisa desandou. Não tenho certeza se eu realmente deveria ter terminado a série.


4. "Eu nunca vou terminar isso" - Um livro ou uma série que você abandonou

Livro: Deus, um delírio, de Richard Dawkins. Este livro se tornou muito "técnico" e maçante. Achei que o texto seria muito mais dinâmico. Abandonei na metade.

Série: A Saga do Tigre, de Colleen Houck. A protagonista dessa série me irritou profundamente com todos os seus mimimis. Li apenas o primeiro livro: A maldição do tigre.


5. "Eu nunca vou me arrepender de ter lido isso" - Um livro que você leu por recomendação de alguém e acabou gostando

Gostei muito de Bela maldade, de Rebecca James, que foi indicado por uma amiga. Gostei também de A garota no trem, de Paula Hawkins e Corrente sanguínea, de Tess Gerritsen, ambos indicados pela minha mãe. (dei uma trapaceada nessa, né? kkkkkk)


6. "Eu nunca faria isso" - Um personagem que tomou alguma decisão ou fez coisas que você não concorda/faria

Então, meio complicada essa pergunta aí... Depois de ter lido O Cemitério, de Stephen King, e vivido momentos de tensão com as atitudes irresponsáveis de Louis Creed, eu, definitivamente, não tomaria as mesmas decisões que ele. Quase fiquei com os cabelos brancos por isso.


7. "Eu nunca quero ter que admitir que li isso" - Um livro que você tem vergonha de ter lido ou de ler em locais públicos

Na faculdade, em 2009 mais precisamente (segundo ano), quando eu estava me sentindo "a intelectual", eu não queria que ninguém me visse lendo Crepúsculo. Bobagem, né? Devia ser coisa da idade. Hoje leio o que me dá vontade, inclusive em lugares públicos, sem me sentir envergonhada. Já fiz várias viagens de busão lendo a trilogia Cinquenta tons de cinza, que provavelmente deve ser motivo de vergonha para muita gente. Deixa disso, galera!


8. "Eu nunca li algo tão fofo" - Um livro que tocou seu coração

Essa é fácil: Em algum lugar nas estrelas, de Clare Vanderpool. Jack Baker e Early Auden sempre terão um lugar especial no meu coração.


9. "Eu nunca ri tanto" - Um livro que te fez rir alto

Los Angeles, de Marian Keyes. Hoje já não tenho mais interesse nas obras dessa autora, mas quando li esse livro, em 2009, se não me falha a memória, lembro que ri muito. Meus pais, inclusive, acharam que eu estava ficando doida. kkkkkk


10. "Eu nunca teria sobrevivido à minha infância sem ter lido esse livro" - Um livro favorito da sua infância

A bolsa amarela, de Lygia Bojunga. Eu até poderia citar alguns livros da Série Vaga-Lume, da Editora Ática, que me acompanhou da infância à adolescência, mas A bolsa amarela foi o primeiro livro que li na escola e que me abriu as portas para o fantástico mundo da literatura.



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Caso tenham alguma sugestão de TAG para eu responder, sintam-se à vontade para me deixar nos comentários.

Até a próxima, pessoal!