SINOPSE
Um livro para fazer você fechar as cortinas e conferir se não há nada embaixo da cama antes de dormir. O Menino que Desenhava Monstros ganhará uma adaptação para os cinemas, dirigida por ninguém menos que James Wan, o diretor de Jogos Mortais e Invocação do Mal.
Jack Peter é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger que quase se afogou no mar três anos antes. Desde então, ele só sai de casa para ir ao médico. Jack está convencido de que há de monstros embaixo de sua cama e à espreita em cada canto. Certo dia, acaba agredindo a mãe sem querer ao achar que ela era um dos monstros que habitavam seus sonhos. Ela, por sua vez, sente cada vez mais medo do filho e tenta buscar ajuda, mas o marido acha que é só uma fase e que isso tudo vai passar.
Não demora muito até que o pai de Jack também comece a ver coisas estranhas. Uma aparição que surge onde quer que ele olhe. Sua esposa passa a ouvir sons que vêm do oceano e parecem forçar a entrada de sua casa. Enquanto as pessoas ao redor de Jack são assombradas pelo que acham que estão vendo, os monstros que Jack desenha em seu caderno começam a se tornar reais e podem estar relacionados a grandes tragédias que ocorreram na região. Padres são chamados, histórias são contadas, janelas batem. E os monstros parecem se aproximar cada vez mais.
Na superfície, O Menino que Desenhava Monstros é uma história sobre pais fazendo o melhor para criar um filho com certo grau de autismo, mas é também uma história sobre fantasmas, monstros, mistérios e um passado ainda mais assustador. O romance de Keith Donohue é um thriller psicológico que mistura fantasia e realidade para surpreender o leitor do início ao fim ao evocar o clima das histórias de terror japonesas.
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"Enquanto não abandonarmos nossos medos e ressentimentos não encontraremos a saída do quarto escuro."
Outono à beira-mar na Casa dos Sonhos
(frase na última página do livro)
Tenho quase certeza de que não entendi qual era a ideia desse livro. Vejo inúmeras pessoas dizendo maravilhas sobre a obra, declarando todo o seu amor a ela, e a única coisa em que consigo pensar foi por que diabos perdi meu tempo com essa leitura. :'(
Jack Peter (que dá título ao livro) é um garoto de 10 anos com síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Além disso, após um episódio trágico em que quase se afogou no mar, desenvolveu agorafobia, medo de espaços abertos/públicos, o que faz com que tirá-lo de casa para consultas médicas seja um verdadeiro problema. Para passar o tempo, Jack desenha, principalmente monstros. O problema é que esses monstros, aparentemente, ganham vida e passam a atormentar os demais membros da casa.
A história tem uma premissa muito interessante, mas ela foi desenvolvida de maneira péssima. Não consegui gostar de Jack Peter, ele me pareceu... mau. Não consegui criar empatia. O pai de Jack, Tim, é um completo babaca e sua única serventia na trama foi me irritar; eu tinha vontade de defenestrar o livro toda vez que ele aparecia. A mãe de Jack, Holly, e seu melhor amigo, Nick, foram os melhores personagens, na minha opinião. O padre Bolden e sua governanta, Srta. Tiramaku, até que poderiam ter um papel de destaque na trama, mas o autor não soube aproveitá-los.
Os momentos em que senti medo/tensão foram mínimos e pouco tinham a ver com os monstros de Jack. Há uma história paralela muito mais interessante - o naufrágio do Porthleven -, mas novamente o autor não soube aproveitar sua própria criação. A época do ano em que se passa a trama foi bastante apropriada, pois invernos rigorosos, com cidade praticamente vazia, costumam propiciar um cenário e tanto para histórias sombrias (ou que tentam ser sombrias).
Lendo algumas resenhas por aí, até cheguei a entender algumas analogias que fizeram sobre monstros interiores, ou seja, os monstros que cultivamos dentro de nós, mas a psicologia da obra foi tão fraca que me abstenho de fazer qualquer comentário a respeito: ou estão vendo coisas demais, ou eu estou vendo coisas de menos (a segunda opção é bem mais provável).
O final não conseguiu me convencer, pois achei meio desnecessário e forçado, além de muito apressado. O autor ficou enrolando durante todo o livro com uma narrativa maçante e depois resolveu concluir toda a história em meia dúzia de páginas.
Para finalizar a resenha, eu recomendo que vocês leiam o livro para tirar suas próprias conclusões, pois tenho quase certeza de que meu julgamento foi afetado por um único acontecimento no livro (era um evento que tinha acontecido no passado) que me tirou completamente do sério. Pode ser que isso não os afete e que vocês consigam aproveitar a obra. Se vocês lerem/já leram, por favor, me diga o que acharam nos comentários! :)
Obs.: neste caso, acho que o filme será melhor do que o livro. Vejamos no que vai dar...
Obs.: neste caso, acho que o filme será melhor do que o livro. Vejamos no que vai dar...
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: O menino que desenhava monstros
Autor(a): Keith Donohue
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide
Páginas: 256
Classificação: ✯✯✯✯✯
Eu gostei do final, achei compensador perto da enrolação do livro todo. Se eu soubesse como o livro era, não teria perdido meu tempo lendo. Li este livro e em seguida li Caixa de Pássaros - Josh Malerman, este sim recomendo de olhos fechados rsrsrs.
ResponderExcluirNossa, fico muito feliz que você tenha gostado do final!! Infelizmente, não rolou pra mim, mas acho que foi pq peguei implicância. Duro que nunca vou saber, já que não pretendo reler esse livro kkkkkkk
ExcluirCaixa de Pássaros é ótimo, né? Mas não curti muito o final, não...
Obrigada pelo comentário!