SINOPSE
Um enredo inquietante e tenso: investigações se sucedem em crescente suspense. Um fenômeno que provoca vergonha, nojo e pavor nas pessoas. Médicos, padres e policiais assistem, impotentes, à posse e à destruição de uma criança inocente. Baseado em casos verídicos e em considerações da própria Igreja Católica, este livro polêmico permaneceu mais de um ano nas listas de best sellers dos Estados Unidos.
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Peço desculpas pela imagem detonada da capa do livro, mas eu queria ilustrar a edição que li, que é de 1986, e essa foi a melhor que encontrei.
Eu estava com expectativas muito altas para ler esse livro, principalmente por causa do sucesso estrondoso do filme de 1973 (que eu não assisti) e também pelas muitas resenhas positivas que li por aí. Várias pessoas anunciavam que era o livro mais assustador da vida, algumas relataram que tiveram que se livrar da obra, então eu estava achando que ia ler o suprassumo do terror, já estava me preparando para pesadelos horríveis etc. O grande problema foi que nada disso aconteceu e eu me senti verdadeiramente frustrada. :(
Na trama, Regan MacNeil, apenas uma garotinha, começa a sofrer sérios transtornos que, a princípio, parecem psicológicos. Sua mãe, Chris, a leva em médicos que a submetem a vários exames, sem resultados conclusivos. Desconfia-se de uma possessão demoníaca e padres são chamados para realizar um exorcismo. No meio de todo esse drama ainda há uma investigação de assassinato.
Apesar de toda a minha frustração, o livro é bom. Prende a atenção, possui uma narração objetiva e com vários diálogos, o que torna sua leitura bem rápida. Os embates que a história proporciona são muito interessantes: ciência x religião; bem x mal e fé x ceticismo. Gostei de acompanhar a trajetória do padre Karras e também a investigação de assassinato, embora o investigador tenha me tirado do sério com seus diálogos sem sentido e exaustivos pedidos de desculpa por estar "atrapalhando". Se todo esse blablablá inútil tivesse sido substituído por maiores explicações e referências à Missa Negra, rituais satânicos e o tabuleiro Ouija, a obra teria ficado muito mais empolgante.
Embora o livro não especifique se Regan estava realmente possuída ou com distúrbios mentais, eu acredito na primeira opção. Talvez essa seja a grande sacada do livro: você não sabe o que, de fato aconteceu. O problema é que se ela estava mesmo endemoniada, então esse demônio deixou a desejar: em alguns momentos ele chegava a ser cômico, de tanta baboseira que ele falava. Achei meio deprimente. Durante as mais de 300 páginas do livro, só teve UMA cena que me chocou, o restante me deixou completamente indiferente. Ou eu sou muito insensível ou o pessoal que é impressionável demais.
Enfim, é um bom livro e gostei de tê-lo lido, tanto por ser um clássico quanto por todo o peso que carrega, mas as minhas expectativas elevadíssimas acabaram me prejudicando, pois a obra não conseguiu corresponder e eu me frustrei legal. Valeu pela experiência e eu recomendo, sim, a leitura. Muita gente o considera o melhor livro do gênero, então acho que vale a pena conhecer a história.
Eu estava com expectativas muito altas para ler esse livro, principalmente por causa do sucesso estrondoso do filme de 1973 (que eu não assisti) e também pelas muitas resenhas positivas que li por aí. Várias pessoas anunciavam que era o livro mais assustador da vida, algumas relataram que tiveram que se livrar da obra, então eu estava achando que ia ler o suprassumo do terror, já estava me preparando para pesadelos horríveis etc. O grande problema foi que nada disso aconteceu e eu me senti verdadeiramente frustrada. :(
Na trama, Regan MacNeil, apenas uma garotinha, começa a sofrer sérios transtornos que, a princípio, parecem psicológicos. Sua mãe, Chris, a leva em médicos que a submetem a vários exames, sem resultados conclusivos. Desconfia-se de uma possessão demoníaca e padres são chamados para realizar um exorcismo. No meio de todo esse drama ainda há uma investigação de assassinato.
Apesar de toda a minha frustração, o livro é bom. Prende a atenção, possui uma narração objetiva e com vários diálogos, o que torna sua leitura bem rápida. Os embates que a história proporciona são muito interessantes: ciência x religião; bem x mal e fé x ceticismo. Gostei de acompanhar a trajetória do padre Karras e também a investigação de assassinato, embora o investigador tenha me tirado do sério com seus diálogos sem sentido e exaustivos pedidos de desculpa por estar "atrapalhando". Se todo esse blablablá inútil tivesse sido substituído por maiores explicações e referências à Missa Negra, rituais satânicos e o tabuleiro Ouija, a obra teria ficado muito mais empolgante.
Embora o livro não especifique se Regan estava realmente possuída ou com distúrbios mentais, eu acredito na primeira opção. Talvez essa seja a grande sacada do livro: você não sabe o que, de fato aconteceu. O problema é que se ela estava mesmo endemoniada, então esse demônio deixou a desejar: em alguns momentos ele chegava a ser cômico, de tanta baboseira que ele falava. Achei meio deprimente. Durante as mais de 300 páginas do livro, só teve UMA cena que me chocou, o restante me deixou completamente indiferente. Ou eu sou muito insensível ou o pessoal que é impressionável demais.
Enfim, é um bom livro e gostei de tê-lo lido, tanto por ser um clássico quanto por todo o peso que carrega, mas as minhas expectativas elevadíssimas acabaram me prejudicando, pois a obra não conseguiu corresponder e eu me frustrei legal. Valeu pela experiência e eu recomendo, sim, a leitura. Muita gente o considera o melhor livro do gênero, então acho que vale a pena conhecer a história.
O homem de cáqui perambulou entre as ruínas. O Templo de Nabu. O templo de Ishtar. Analisava as vibrações. No palácio de Assur-banipal, estacou. E então lançou um olhar de soslaio a uma estátua de pedra calcária que se avolumava in situ: asas hirsutas, garras nas patas, pênis bulboso, saliente, curto e grosso, e uma boca tensa, arreganhada num esgar de riso feroz. O demônio Pazuzu.Súbito esmoreceu.Sabia.Vinha vindo.Olhou a poeira. Sombras aceleradas. Ouviu surdos latidos de matilhas de cães selvagens vagueando pela periferia da cidade. O globo solar já começava a se pôr no horizonte. Baixou as mangas da camisa e abotoou-as, enquanto se levantava uma brisa tiritante. Do sudoeste.Apressou-se a tomar o rumo de Mosul e de seu trem, o coração confrangido pela gélida convicção de que em breve teria de enfrentar um velho inimigo. (p.17)
Obs.: a citação, dessa vez, ficou no final da resenha por motivos de configurações.
Até a próxima, pessoal!
Informações gerais
Título da obra: O Exorcista
Autor(a): William Peter Blatty
Ano da edição lida: 1986
Editora: Nova Cultural
Páginas: 344
Classificação: ✯✯✯✯✯
Título da obra: O Exorcista
Autor(a): William Peter Blatty
Ano da edição lida: 1986
Editora: Nova Cultural
Páginas: 344
Classificação: ✯✯✯✯✯
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