SINOPSE
A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.
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Quando esse livro foi lançado, houve uma grande comoção nas redes sociais, nos blogs e nos vlogs por aí. Fiquei tão instigada e empolgada que até ganhei um exemplar de presente. Confesso que demorei um pouco para lê-lo, pois me faltou coragem para começá-lo. Não estava preparada psicologicamente para enfrentar uma leitura triste e o deixei de lado por mais de um ano.
Em setembro (ou outubro, não me lembro) finalmente iniciei a leitura. Sinceramente, considero o livro como a grande decepção de 2013. Acredito que criei muitas expectativas baseadas em tantas resenhas positivas, demonstrações eufóricas pela internet e marketing. Não li nenhum outro livro do autor, mas confesso que não estou mais tão empolgada quanto antes.
A história me fez rir? Sim, em alguns momentos. Me fez chorar? Sim! Me fez querer mais? NÃO!
Minha primeira reclamação se refere ao desenvolvimento do texto. As ações são tão rápidas que você fica o tempo todo se perguntando o que foi que aconteceu e o porquê daquilo. O tema é tão interessante e os personagens tinham tanto potencial para serem melhor explorados, que toda essa pressa prejudicou a qualidade do livro. A abordagem foi superficial.
Na verdade, os protagonistas são superficiais. Não consegui me afeiçoar a eles. É verdade que o livro possui umas frases muito impactantes e que nos provocam muitas reflexões, mas não combinou com o cenário apresentado aos leitores. Para demonstrar uma maturidade que o livro não tinha, o autor colocou diálogos e pensamentos extremamente filosóficos na boca e na mente de Hazel e Augustus, mas não foi suficientemente convincente e adequado.
Aliás, o romance dos protagonistas não foi convincente e adequado. Sério mesmo que eles se apaixonaram? Juro que não consegui enxergar isso no livro. Eles tinham uma maneira muito peculiar (para não dizer estranha) de demonstrar seus sentimentos. Fiquei até procurando um significado oculto ou alguma explicação perdida, mas não consegui encontrar nada. Ao meu ver, era muita "insensibilidade" e formalidade sem aparente sentido ou necessidade.
Gostaria que o autor tivesse explorado um pouco mais a importância da família, principalmente nesses aspectos, pois talvez o livro não tivesse ficado tão superficial e, por vezes, irritante.
Os raros momentos em que Hazel e Augustus "brincavam" com a doença realmente foram muito válidos, mas não sei se gostei da maneira como o câncer foi tratado neste livro. Não consigo explicar, mas algo me incomodou.
Em determinado ponto, a história sofre uma reviravolta bem emocionante e surpreendente. Enfim, é um livro que passa uma mensagem bacana, possui umas passagens que nos provoca e nos faz refletir, mas não é o melhor livro do mundo (aliás, passa longe disso). Para quem gostou da premissa e da sinopse, vá em frente! A esmagadora maioria das pessoas que comentou sobre o livro na internet amou, portanto, a chance de você gostar também é muito grande. Não funcionou para mim, mas pode funcionar para você.
O livro foi lançado pela Intrínseca, possui uma diagramação muito boa e a capa é simplesmente sensacional! :D
Para terminar o post em grande estilo, segue uma das minhas frases preferidas do livro:
Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem.
Até a próxima, pessoal!