terça-feira, 26 de novembro de 2013

Resenha | A culpa é das estrelas, de John Green

 
SINOPSE
A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.

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Quando esse livro foi lançado, houve uma grande comoção nas redes sociais, nos blogs e nos vlogs por aí. Fiquei tão instigada e empolgada que até ganhei um exemplar de presente. Confesso que demorei um pouco para lê-lo, pois me faltou coragem para começá-lo. Não estava preparada psicologicamente para enfrentar uma leitura triste e o deixei de lado por mais de um ano.

Em setembro (ou outubro, não me lembro) finalmente iniciei a leitura. Sinceramente, considero o livro como a grande decepção de 2013. Acredito que criei muitas expectativas baseadas em tantas resenhas positivas, demonstrações eufóricas pela internet e marketing. Não li nenhum outro livro do autor, mas confesso que não estou mais tão empolgada quanto antes.

A história me fez rir? Sim, em alguns momentos. Me fez chorar? Sim! Me fez querer mais? NÃO!

Minha primeira reclamação se refere ao desenvolvimento do texto. As ações são tão rápidas que você fica o tempo todo se perguntando o que foi que aconteceu e o porquê daquilo. O tema é tão interessante e os personagens tinham tanto potencial para serem melhor explorados, que toda essa pressa prejudicou a qualidade do livro. A abordagem foi superficial.

Na verdade, os protagonistas são superficiais. Não consegui me afeiçoar a eles. É verdade que o livro possui umas frases muito impactantes e que nos provocam muitas reflexões, mas não combinou com o cenário apresentado aos leitores. Para demonstrar uma maturidade que o livro não tinha, o autor colocou diálogos e pensamentos extremamente filosóficos na boca e na mente de Hazel e Augustus, mas não foi suficientemente convincente e adequado.

Aliás, o romance dos protagonistas não foi convincente e adequado. Sério mesmo que eles se apaixonaram? Juro que não consegui enxergar isso no livro. Eles tinham uma maneira muito peculiar (para não dizer estranha) de demonstrar seus sentimentos. Fiquei até procurando um significado oculto ou alguma explicação perdida, mas não consegui encontrar nada. Ao meu ver, era muita "insensibilidade" e formalidade sem aparente sentido ou necessidade.

Gostaria que o autor tivesse explorado um pouco mais a importância da família, principalmente nesses aspectos, pois talvez o livro não tivesse ficado tão superficial e, por vezes, irritante.

Os raros momentos em que Hazel e Augustus "brincavam" com a doença realmente foram muito válidos, mas não sei se gostei da maneira como o câncer foi tratado neste livro. Não consigo explicar, mas algo me incomodou.

Em determinado ponto, a história sofre uma reviravolta bem emocionante e surpreendente. Enfim, é um livro que passa uma mensagem bacana, possui umas passagens que nos provoca e nos faz refletir, mas não é o melhor livro do mundo (aliás, passa longe disso). Para quem gostou da premissa e da sinopse, vá em frente! A esmagadora maioria das pessoas que comentou sobre o livro na internet amou, portanto, a chance de você gostar também é muito grande. Não funcionou para mim, mas pode funcionar para você.

O livro foi lançado pela Intrínseca, possui uma diagramação muito boa e a capa é simplesmente sensacional! :D

Para terminar o post em grande estilo, segue uma das minhas frases preferidas do livro:

Às vezes as pessoas não têm noção das promessas que estão fazendo no momento em que as fazem.

Até a próxima, pessoal!

domingo, 17 de novembro de 2013

Resenha | O Último Homem Bom, de A. J. Kazinski

 
SINOPSE
 Uma série de mortes estranhas ao redor do mundo chama a atenção de um policial italiano. Todas as vítimas eram humanitários e apresentavam na pele uma marca desconhecida. Inicia-se assim uma investigação sobre o que parece ser o assassinato em série de um grupo de pessoas genuinamente boas e honradas. Juntos, o detetive dinamarquês Niels Bentzon e a astrofísica Hannah Lund embarcam na missão de descobrir o que está acontecendo.
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O Último Homem Bom foi escrito por Anders Rønnow Klarlund e Jacob Weinreich, autores dinamarqueses que utilizaram o pseudônimo A. J. Kazinski.

Sempre gostei de livros que contivessem suspense, ação, investigações, simbologias e mitologias envolvidas e certo mistério. Estes são motivos mais do que suficientes para Dan Brown ser um de meus autores favoritos. Sim, eu sei que os livros dele têm sempre a mesma fórmula, mas eu gosto mesmo assim, fazer o quê? Me julguem! :D Portanto, logo quando ganhei este livro de presente, fiquei bem empolgada e passei sua leitura, descaradamente, na frente de outras tantas que já estavam na fila há um bom tempo.

Como a própria sinopse esclareceu muito bem, trata-se de uma série de assassinatos de pessoas consideradas boas e justas. Morrem em circustâncias misteriosas e cada uma delas apresenta uma marca nas costas, como se fosse uma queimadura. Ao que tudo indica, essas mortes estão relacionadas ao mito dos 36 justos do Talmude judaico, que seriam as 36 pessoas escolhidas por Deus para tomar conta da humanidade em cada geração. A história se passa em Veneza (Itália) e em Copenhague (Dinamarca) ao mesmo tempo.

O livro é dividido em duas partes: Parte I – O Livro dos Mortos; Parte II – O Livro dos Justos. A primeira parte é instigante, envolve o leitor e desperta sua curiosidade. A segunda parte, entretanto, já é mais “arrastada”, embora isso não tire o mérito e a qualidade da história (sem contar que essa parte é infinitamente menor do que a primeira, portanto, o leitor não "sofre" tanto ;D). Fui surpreendida em algumas partes, o que é muito positivo!

Os protagonistas são cativantes e os cenários são bem construídos e descritos. São ambientes mais do que apropriados para abrigar uma história desse tipo. Gostei muito da forma como o texto foi conduzido e de como as coisas foram acontecendo. Como eu já mencionei anteriormente, a segunda parte mais arrastada não interfere na qualidade do livro... É uma leitura que vale muito a pena (principalmente pelo final).

O livro foi lançado pela Tordesilhas e a diagramação é satisfatória. É relativamente grande (tem 481 páginas), mas é rápido de se ler. Os capítulos são curtos, tornando a leitura muito confortável.

Livro recomendado!

Obs.: como já disse anteriormente, sou muito fã de Dan Brown e não acho que este livro tenha copiado ideias (ou qualquer outra coisa) das obras dele, de verdade! A proposta aqui é diferente.

Até a próxima, pessoal!

sábado, 16 de novembro de 2013

Resenha | O Parque dos Dinossauros, de Michael Crichton


SINOPSE
Numa remota ilha da Costa Rica, a multinacional de engenharia genética InGen prepara-se para assombrar o mundo com o mais fantástico parque turístico que a humanidade já conheceu. Recorrendo a avançadíssimas técnicas de reconstituição de DNA, sua equipe de cientistas conseguiu nada mais, nada menos do que produzir... dinossauros vivos! No entanto, quando o paleontólogo Alan Grant chega a Isla Nublar, encontra evidências de que o projeto não é tão perfeito quanto se imaginava. Há algo de muito estranho acontecendo com as gigantescas criaturas pré-históricas... Tudo indica que estão prestes a se tornar uma ameaça que nem mesmo os supercomputadores da InGen conseguirão evitar!
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É fato que eu sempre gostei muito de dinossauros, seres pré-históricos tão misteriosos e fantásticos que sempre habitavam minha mente quando eu era criança (na verdade, isso acontece até hoje =D). Este é um dos motivos pelos quais o filme de mesmo nome sempre foi um dos meus favoritos de todos os tempos. Quando soube que ele havia sido baseado neste livro, fui correndo atrás de um exemplar. Só consegui em sebo, pois estava esgotado em todas as livrarias. Veio em perfeitas condições e comecei a lê-lo assim que chegou.

O livro é SENSACIONAL! O melhor livro que li em 2013, sem sombra de dúvidas. Michael Crichton foi extremamente feliz na escolha e na condução do tema, na ambientação da história, na caracterização dos personagens e na descrição dos dinossauros.

O livro é bem mais completo do que o filme (nenhuma novidade até aí) e o final é diferente, o que causou certa surpresa em mim, pois eu esperava que o livro terminasse como o filme. Após a leitura, no entanto, percebi que o encerramento se deu de maneira muito coerente com o andamento da história, portanto, não tenho do que reclamar.

Os dinossauros foram muito bem idealizados e descritos - parecia que estávamos vendo cada uma daquelas criaturas. O tour pelo parque foi riquíssimo de detalhes e informações, como se estivéssemos, de fato, fazendo aquele passeio junto com os personagens. Cada uma das pessoas ali presentes teve a sua importância para a história (nada mais justo, afinal). As personalidades dos personagens foram tão bem construídas que despertavam as mais variadas emoções, boas e ruins. O exemplo clássico é do velho Hammond, o idealizador do parque: ao mesmo tempo em que me comovia com sua ingenuidade e com seus sonhos, tinha vontade de gritar com ele pela teimosia, por não enxergar o óbvio: a ameaça que os seus preciosos animais representavam.

As descrições das instalações do parque e dos animais são na medida, ou seja, não há informações desnecessárias. Os diálogos mais técnicos e científicos não são de outro mundo, ou seja, são compreensíveis (é claro que não conseguimos entender tudo com perfeição, mas o suficiente para acompanhar a história sem deixar lacunas) e, claro, há ação, aventura e situações menos agitadas na medida certa. É um livro muito equilibrado. Gostei tanto da escrita do autor que com certeza lerei mais coisas dele.

A minha edição é de 1996, da Editora Best Seller. A diagramação é muito boa e a capa é muito bonita (é a mesma da imagem).

Livro altamente recomendado!

Não temos poder para destruir o planeta, nem para salvá-lo. Mas talvez tenhamos o poder de salvar a nós mesmos. (Ian Malcolm, p.437)

Até a próxima, pessoal!