quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

TAG | 12 livros para 2016 (e o fracasso das metas para 2015)



Olá, pessoal!

Antes de mais nada, quero me confessar: fracassei no cumprimento das minhas metas literárias. :'(
A pior parte é saber que eu estava muito confiante e que as metas eram totalmente cumpríveis! Oh, mundo cruel!
Obs.: você pode conferir a lista AQUI, mas falarei dela adiante.

Mesmo sendo derrotada por dois anos consecutivos, resolvi mais uma vez estipular 12 livros para o ano seguinte, que é 2016 (jura??? ¬¬), pois sou brasileira e não desisto nunca, hehe...

Bora conferir a lista?


O oceano no fim do caminho, de Neil Gaiman

Gostei muito de ter lido O Livro do Cemitério e fiquei curiosa para ler mais livros do autor. Lembro que quando O oceano no fim do caminho foi lançado, fez o maior sucesso.

Não tenho muitas informações sobre o enredo, mas ultimamente ando preferindo a surpresa. O livro é curtinho, então realmente espero conseguir lê-lo em 2016.

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.




Admirável mundo novo, de Aldous Huxley

Tenho vontade de ler esse livro desde que li Laranja Mecânica e me apaixonei pela obra, como vocês podem verificar AQUI.

Já ouvi muitos comentários positivos sobre essa distopia, portanto, minhas expectativas estão bem altas. Espero não me decepcionar, hehe...

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.






1984, de George Orwell

Lá vamos nós de novo! hehe...

Quem me acompanha há algum tempo sabe que esse livro já apareceu numa de minhas metas literárias (a de 2015, mais precisamente). Como podem perceber, não consegui lê-lo neste ano.

Mas 2016 é o ano da trilogia clássica distópica (não, não lerei Laranja Mecânica novamente, mas quem sabe não veja o filme, han? :D), então 1984 será lido! \o/ (assim espero)

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.



O planeta dos macacos, de Pierre Boulle

Nunca assisti o filme, mas não foi por falta de curiosidade, hehe... Para falar a verdade, tenho preguiça de filmes. Melhorei muito em relação a anos anteriores, mas mesmo assim tenho resistência quando o assunto é cinema.

Logo que soube sobre o lançamento do livro quis lê-lo, afinal, desconto nos livros minha preguiça de filmes! :D

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.





As pessoas parecem flores finalmente, de Charles Bukowski

O velho Buk dispensa apresentações! Este é um livro para não zerar a meta, hehehe...

Obs.: devo confessar que prefiro Bukowski como poeta do que como 'proseador' ;)

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.






A festa da insignificância, de Milan Kundera

A verdade é que eu queria conhecer o trabalho de Milan Kundera através do livro A insustentável leveza do ser, mas A festa da insignificância é o único livro dele que tenho, portanto, é o que será lido primeiro.

Pelo que falam dos trabalhos do autor, tenho quase certeza de que gostarei muito da leitura.

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.





Assassin's Creed #1: Renascença, de Oliver Bowden

Fala sério, essa capa é sensacional, né?

Sempre ouvi muitos comentários entusiasmados sobre o jogo, mas confesso que nunca me atrevi a jogar. Já que é assim, melhor ler os livros para conhecer a história, hehe...

Já até comecei a leitura nesse finalzinho de ano. Será que vou marcá-lo como lido nos próximos dias? Tomara!

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.



O sol é para todos, de Harper Lee

Sempre ouvi muitos comentários positivos sobre o livro e o filme, mas nunca li/assisti nenhum deles. Espero uma história muito emocionante e cheia de reflexões.

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.








Estação Polar, de Matthew Reilly

O único livro desse autor que eu já li foi Templo e ele é absolutamente espetacular.

Espero o mesmo enredo envolvente e frenético em Estação Polar.

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.







O Rei do Inverno, de Bernard Cornwell

Ainda no final de 2015 tentei ler o primeiro volume d'As Brumas de Avalon, mas o começo foi tão desanimador que desisti antes mesmo de me frustrar. Como li muitas pessoas falando que a história do Rei Artur é bem mais envolvente através do texto de Bernard Cornwell, resolvi me arriscar.

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.







Sob a redoma, de Stephen King

Mais um livro que estava nas metas de 2015 e que, obviamente, não foi lido. Cheguei até a página 198, mas por pura preguiça abandonei a leitura. Que vergonha! :((

Acho que agora em 2016 vai! hehe...

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.






Serial killers: anatomia do mal, de Harold Schechter

Li tanto livro sobre serial killers em 2015 (exagerada) que estou quase virando especialista! hehe...

Considero o tema muito instigante e os conhecimentos adquiridos são essenciais para os dias de hoje. Acredito que gostarei muito dessa leitura em 2016... É mais um livro para não zerar a meta! ;)

Para mais informações sobre a obra, clique AQUI.




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Agora que já apresentei as metas para 2016, vamos falar sobre meu fracasso de 2015. Para este ano, eu tinha separado os seguintes livros:

 1. Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis LIDO
 2. Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago
 3. Zumbis x Unicórnios, Holly Black e Justine Larbalestier (Org.) ABANDONADO
 4. Steve Jobs - A Biografia, de Walter Isaacson
 5. Sob a redoma, de Stephen King ABANDONADO
 6. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez ABANDONADO
 7. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury LIDO
 8. Mulheres, de Charles Bukowski LIDO
 9. As cavernas de aço, de Isaac Asimov LIDO
10. 1984, de George Orwell
11. Breve história de quase tudo, de Bill Bryson
12. O último segredo do tempo, de Paul Sussman

Como puderam perceber, o ano foi bem produtivo, só que não! Vamos aos abandonos:

Zumbis x Unicórnios: abandonei porque estava entediante. Sinceramente, acho que já passei da idade. Não pretendo iniciar a leitura de novo.

Sob a redoma: abandonei porque sou preguiçosa, pois a leitura estava ótima. É por esse motivo que a obra está, novamente, nas minhas metas literárias. Tentarei me disciplinar ao máximo para conclui-lo.

Cem anos de solidão: mesmo motivo anterior - a preguiça. No entanto, não é um livro que eu pretendo ler em 2016. Se a vontade vir, muito bem, senão, oportunidades não faltarão.


Quanto aos livros lidos (apenas quatro), vocês podem conferir as respectivas resenhas clicando sobre o nome deles. Quanto às demais obras, nem cheguei perto delas em 2015. Fracasso total. Espero que 2016 seja melhor. ;)

Caso esta seja a última postagem de 2015 (espero publicar pelo menos mais uma, mas nunca se sabe!), um FELIZ 2016 para todos vocês, com muita saúde e leituras excelentes! :D


Até a próxima, pessoal!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Resenha | Maze Runner: Ordem de Extermínio, de James Dashner

CONTÉM SPOILERS SOBRE A TRILOGIA!
VOCÊ FOI AVISADO(A)!

Sinopse:

Antes de o CRUEL existir, antes que houvesse o Labirinto e muito antes que Thomas ingressasse na Clareira, as chamas solares assolaram a Terra e destruíram o mundo que a humanidade considerava salvo... Mark e Trina estavam lá quando tudo aconteceu, e sobreviveram. Mas sobreviver às chamas foi fácil se comparado ao que viria depois. Agora, um vírus que toma conta da mente com violência e dor se espalha por todo lugar e existe algo muito suspeito sobre sua origem. Pior ainda: ele está em mutação e as evidências sugerem que a humanidade se ajoelhará diante do caos, prevendo uma morte inevitável e assustadora.

Mark e Trina estão convencidos de que existe uma maneira de salvar os poucos que restaram. E estão certos de que podem encontrá-los. Porque neste novo e devastado mundo, cada vida tem um preço. A sua também. E para alguns, você vale muito mais morto do que vivo. Ordem de Extermínio é a origem da trilogia Maze Runner, sucesso internacional em vários idiomas. Aqui encontraremos a história da destruição do mundo e da civilização, e de como o Fulgor fez com que alguns planejassem soluções drásticas e cruéis para a sobrevivência dos seres humanos... e do planeta à beira do caos e da extinção.


Já devo ter mencionado nas resenhas anteriores da trilogia Maze Runner que este é um livro extra. Foi escrito para contar um pouco sobre como tudo aconteceu: as chamas solares e a devastação da Terra; a escassez de recursos naturais e a tentativa de reduzir a população a um número "seguro"; exposição a vírus totalmente letal, mutante e imprevisível etc.

Se você pensa que vai encontrar todas as respostas que faltaram na trilogia, esqueça! É um livro muito esclarecedor em alguns aspectos, principalmente no que se refere à disseminação do vírus, mas ainda assim, muita coisa ficou de fora.

Nesta obra acompanhamos Mark, Trina, Alec e Lana numa jornada pela sobrevivência. Até teve aventura e perigo, mas mesmo isso foi chato. O clima era de total desesperança, então não fazia muito sentido ficar na expectativa de que algo bom acontecesse. Mas isso nem foi o pior: o problema é que a narrativa se arrastou. Aquele ritmo frenético que tanto prendeu minha atenção nos livros anteriores e que se perdeu no terceiro, nunca mais foi encontrado.

Eu já estava tão saturada de Thomas/Teresa que quase tive uma síncope ao perceber que esse mimimi ia se repetir entre Mark/Trina. Ô, produção, mais criatividade, por favor! O Alec é que foi o salvador da pátria.

Embora eu já imaginasse que os personagens seriam diferentes de toda a trilogia, imaginei que em algum momento eles fossem inseridos na história e que a criação do CRUEL (afinal, logo quando foi concebido, ele era bom ou não?) e a elaboração dos experimentos (Labirinto/Deserto) fosse explorada. Tirando o prólogo e o epílogo (que tratam sobre Teresa e Thomas), mais nenhuma relação foi feita durante toda a obra. Decepcionante.

Ainda não sei se esse livro foi realmente necessário. O que eu sei é que o outro livro: Maze Runner: Arquivos é totalmente desnecessário. Além de trazer passagens repetidas do livro A Cura Mortal, não acrescentou nada à história. Ainda bem que ele é bem curtinho, senão eu teria lamentado até 2025 pela minha perda de tempo.

Me abstenho de recomendação dessa vez, hehehe...

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Maze Runner: Ordem de Extermínio
Autor(a): James Dashner
Ano da edição lida: 2013
Editora: Vergara & Riba Editoras
Páginas: 381
Classificação: ✯✯✯

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Resenha | Sherlock Holmes no Japão, de Vasudev Murthy

Sinopse:

Os jornais de 1893 trazem, entre outras, as seguintes manchetes: "Rei Kamehameha III, do Havaí, declara o Dia da Restauração da Soberania", "Tensão entre China e Japão cresce por causa da Coreia", "Sacerdote sênior do Templo Kinkaku-ji é encontrado morto em circunstâncias misteriosas".

O Dr. John H. Watson recebe uma estranha carta de seu amigo, supostamente morto, e parte para Tóquio. No navio, seu calmo e distinto colega de cabine é assassinado a apenas uma porta de distância. Ao mesmo tempo, nas casas de ópio de Xangai e nos becos de Tóquio, homens sinistros fazem planos malignos. E o Professor Moriarty monitora o mundo por meio de suas redes criminosas, elaborando um mapa para  dominação mundial.

Apenas um homem pode confrontar o diabólico professor. Apenas um homem pode salvar o mundo. E esse homem sobreviveu às Cataratas de Reichenbach!

Sherlock Holmes no Japão segue a tradição de muitos livros que preenchem uma lacuna da cronologia oficial de Holmes, após Reichenbach e antes de ele ressurgir em Londres, três anos depois. No entanto, este romance sério-cômico aumenta radicalmente as apostas - com Sherlock Holmes e Dr. John H. Watson encontrando um competidor (ou competidora) à altura. Uma perseguição emocionante, que vai deixar você sem fôlego.


Para quem ainda não sabe, Sherlock Holmes é meu detetive favorito de todos os tempos. Infelizmente para mim, ainda não consegui ler todas as obras escritas por Sir Arthur Conan Doyle. Sendo assim, logo que vi este livro numa parte meio escondida da livraria, tratei de levá-lo para casa sem nem ao menos ler sua sinopse. Por mais que tenha sido escrito por outra pessoa, seria mais uma oportunidade de participar de uma aventura ao lado de tão peculiar personagem.

Nesta obra, Vasudev Murthy tenta preencher a lacuna entre a suposta morte de Sherlock Holmes ao cair das Cataratas de Reichenbach e seu retorno a Londres, três anos depois. Para ele, Holmes provavelmente foi recrutado para uma missão em terras japonesas com desdobramentos em toda a Europa. Máfia japonesa, máfia chinesa, contrabando de ópio, infiltrados e traidores nas embaixadas, o autor criou um verdadeiro clima de conspiração.

O ano é 1893. Watson recebe uma carta de seu (até então) falecido amigo solicitando ajuda e, quando vê, está embarcando num navio rumo ao Japão. Durante o percurso, coisas estranhas e preocupantes acontecem: passageiros misteriosos embarcam, bilhetes de aviso aparecem e até mesmo um crime é cometido. No meio de tanta confusão, seria possível que Holmes estivesse no navio? Quem seria ele?

O que mais gostei no livro foi que as personalidades de Sherlock Holmes e do Dr. Watson foram mantidas em sua essência. Claro que não dá para escrever exatamente da mesma forma que Conan Doyle escrevia, mas a tentativa valeu a pena. Gostei também do problema apresentado e a forma como foi concluído, mas senti certos exageros em alguns momentos.

O que notei foi que o enredo estava cheio de passagens que não acrescentaram nada à trama. Personagens e diálogos desnecessários deixaram a obra um pouco arrastada e, sinceramente, achei que esse tempo poderia ter sido melhor explorado no decorrer da obra. Nos originais, o destaque fica sempre por conta do intelecto brilhante do detetive e seus estratagemas simples, porém eficientes, para desvendar os mistérios. Neste livro a viagem teve muito mais peso do que a resolução do caso em si.

Outra coisa meio fora de lugar foi essa obsessão do Dr. Watson em criticar o posicionamento de sua "jovem editora", que clama por enredos mais objetivos para prender a atenção do leitor. Sinto muito, meu caro Watson, mas neste caso dou razão à sua editora! hehehe...

Em termos gerais, foi um bom livro (tirando o excesso de vírgulas; pelamor editoras, vamos revisar melhor esses livros, ok?). Recomendo a leitura para quem gosta de Sherlock Holmes, mas se você nunca leu um livro dele, sugiro que não comece por este. Leia os originais primeiro!

Abraços e até a próxima!


- Às vezes, história demais não é tão bom, Holmes-san - ele ponderou uma vez. - Quando somos muito orgulhosos de nosso passado, não pensamos em nosso futuro. (p.212)


Informações gerais 
Título da obra: Sherlock Holmes no Japão: 1893, aventuras dos anos perdidos do detetive mais famoso da história (precisa colocar um nome tão grande como esse?? ¬¬)
Autor(a): Vasudev Murthy como Akira Yamashita
Ano da edição lida: 2015
Editora: Vestígio
Páginas: 224
Classificação: ✯✯✯

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Resenha | Guia para donas de casa desesperadas, de Caroline Jones

Sinopse:

E então eles se casaram e viveram felizes para sempre... Bem, isso é uma grande mentira!

Mesmo quem já encontrou o amor de sua vida sabe que não é fácil manter a chama acesa e a felicidade de uma relação sempre em alta, especialmente com todas as exigências do trabalho, da rotina, dos filhos, dos problemas financeiros, sem falar das expectativas e dos sonhos de cada um.

Conseguir driblar o desgaste das tarefas cotidianas é quase uma arte e, às vezes, para conseguir dar conta de tudo, você acaba deixando de lado aquilo que quer - mas você não pode, nem deve, abrir mão das suas necessidades. Com um pouco de jogo de cintura aqui, um pouco de desenvoltura ali, você vai conseguir achar o equilíbrio para ter uma vida mais tranquila e feliz.

Com dicas, conselhos e truques para lidar com as situações mais cabeludas antes que você mesma arranque seus próprios cabelos, Guia para donas de casa desesperadas é um livro bem-humorado e divertido que vai te ajudar a sair na frente na largada e a superar todos os obstáculos na correria do dia a dia para conseguir cruzar a linha de chegada ainda cheia de energia para desfrutar a família, além de reservar tempo para se dedicar às suas atividades favoritas.


O problema de um título perfeito e de uma arte de capa muito elaborada é que você pode acabar caindo em uma armadilha. É uma cilada, Bino! Óbvio que fui a vítima da vez e perdi tempo e dinheiro comprando este livro (ainda não sei qual das duas perdas lamento mais D:).

A obra se divide em seis capítulos, que são:
1. Amor e sexo para mulheres reais;
2. Moda para mulheres maravilhosas;
3. Carreira e família;
4. Filhos: vivendo com e sem eles;
5. Saúde e beleza;
6. Vida feliz em família.


Observações sobre a edição:

1. Embora à primeira vista um livro colorido e cheio de ilustrações seja bem interessante, na prática é um verdadeiro tormento. Acho que conheci todas as cores do mundo em 288 páginas. Você está lendo o texto num fundo amarelo e, de repente, está num fundo rosa choque, azul, vermelho, verde-limão, marrom e daqui a pouco você nem reconhece o que está na frente do seu nariz. O livro já possui várias ilustrações e quadros que podem ser enfeitados, não precisava pintar cada canto da página.

2. Alinhamento à esquerda, sério? Sou a louca da ABNT e ver esse livro todo "desalinhado" me deu nos nervos. Produção, alinhamento justificado da próxima vez, tá? Tudo bem que o livro é todo cheio de frufru, mas mesmo toda essa frescura merece um pouco de "sobriedade" na edição.

3. Para completar, alguém revisou esse livro??? Tinha tanto erro, mas tanto erro que eu achei que estava lendo o rascunho. Sobrava preposição, as palavras estavam no plural quando se tratava de singular e acho que tinha até problema na tradução. Aquilo foi me irritando de um jeito que nem sei como terminei a leitura. Mais cuidado, povo! Os trabalhos perdem a credibilidade desse jeito.


Observações sobre o texto:

O principal (ou seria o único?) objetivo do livro é dar dicas sobre diversos assuntos, tais como moda, saúde, beleza, carreira, filhos etc. Devo dizer que o livro cumpriu bem o seu papel, mas eu poderia muito bem ter passado sem essa. É claro que não somos obrigados a seguir todas as sugestões apresentadas na obra, mas em contrapartida, algumas dicas são tão babacas que nem deveriam ser sugeridas. Citarei algumas:

Às vezes arrumar tempo suficiente para fazer uma escova no cabelo pode ser um desafio, quanto mais aplicar toda a maquiagem. Mas depois dos 30, sair de rosto lavado não é mais uma opção. Você precisa estar sempre perfeitamente arrumada - mas no menor tempo possível. (p.192 - destaque da autora)

Quero ver quem é que vai me obrigar a sair maquiada depois dos 30, já que "cara lavada não é mais uma opção". De onde ela tirou isso? Luta-se tanto contra os padrões de beleza impostos, aí essa pessoa vai e escreve uma asneira dessas num livro que será lido por várias pessoas. Ah, me poupe!

[...] Quando adolescentes, era fácil passar batido com um visual descuidado, mas depois dos 30 seu cabelo precisa refletir sua idade, sua confiança e seu status. (p.211 - destaque da autora)

Amiga leitora, só tenho uma coisa a te dizer: se você já fez 30 ou está bem próxima disso, DEU RUIM!! Se você tiver mechas rosas no cabelo, leia esse livro e veja como você deve cortá-lo, afinal, isso não combina com a sua idade! #VaiTerIroniaSim

Quando chegamos aos 50, não há mais nada a provar. Após uma vida cuidando dos outros e se preocupando com o que eles pensam, é hora de nos colocarmos em primeiro lugar e fazer aquilo que queremos. [...] (p.213 - sem destaque, ainda bem!)

Então faz assim, ó (dica para o sucesso): passe 50 anos da sua vida vivendo em função dos outros, se colocando em segundo plano, preocupada com o que os outros vão pensar. Quando você completar cinquentinha, que é a "idade da liberdade", aí você pode viver, colega! Tá liberada! Sucesso absoluto, tenho certeza que você vai aproveitar muito e compensar os anos dedicados aos outros! E os outros também vão te compensar, claro! Afinal, você foi tããããão cuidadosa com eles! #VaiTerMuitaIronia

Você se lembra de quando nenhuma parte do seu corpo era caída, flácida ou pelancuda? O que acontece de errado quando chegamos à meia-idade? (p.214 - destaque hiper mega blaster infame da autora)

Tenho quase certeza de que não acontece ABSOLUTAMENTE NADA de errado quando chegamos à meia-idade, mas deveria ter alguma coisa muito errada comigo ao continuar lendo esse livro.

Faz o seguinte, colega: se você não quiser ficar caída, flácida ou pelancuda com o passar dos anos, faça um monte de plásticas e se candidate a ser a mais nova atração do Museu Madame Tussauds. Garanto que será o maior sucesso! #Ironia


Eu até ia continuar citando baboseiras, mas essa resenha ia bem longe. Como eu disse no início, são apenas dicas e você tem total liberdade para não segui-las, mas algumas coisas simplesmente não deveriam ser escritas, não importa se alguém vai seguir ou não.

Apenas uma frase me chamou a atenção de forma positiva no livro e, curiosamente, vai contra tudo aquilo que eu citei até o momento:

[...] A beleza é subjetiva e o modo como você se vê é o que conta. (p.204)

Ela escreveu isso numa parte sobre cirurgias plásticas (talvez para não incentivar intervenções desnecessárias, não sei), mas era essa a ideia que deveria ter permeado todo o livro e não que você deve seguir uma série de padrões para ser levada a sério.


No fim, acho que o problema foi eu ter criado expectativas demais. Eu esperava dicas de organização da casa, das finanças, mas não era nada disso que me esperava. Até gostei das dicas do capítulo 2 - Moda para mulheres maravilhosas, mas só isso também. Uma pena!

Não aconselho a leitura, pois acredito que existam livros muito melhores no mercado sobre esses assuntos. Se eu encontrar algum, venho contar para vocês.

Abraços e até a próxima!


Informações gerais 
Título da obra: Guia para donas de casa desesperadas
Autor(a): Caroline Jones
Ano da edição lida: 2014
Editora: Companhia Editora Nacional
Páginas: 288
Classificação: ✯✯