segunda-feira, 13 de abril de 2015

Resenha | Cinquenta tons de cinza, de E L James

Sinopse:

Quando a estudante de literatura Anastasia Steele entrevista o jovem bilionário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que o deseja e que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Christian admite que também a deseja - mas em seus próprios termos.

Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família - ele é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Ao embarcar num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.


Eu sei que toda a Via Láctea já fez resenha sobre Cinquenta tons de cinza, mas quis deixar minha opinião registrada mesmo assim.

Ao ver tanta gente falando mal da trilogia, fiquei muito curiosa para lê-la. Sou dessas: quanto mais você critica negativamente uma coisa, mais quero conhecê-la. Comprei os livros assim que foram lançados, mas só fui lê-los quando estourou a polêmica do filme, o qual não assisti. Farei uma resenha para cada livro, portanto, vamos às minhas impressões sobre o primeiro:

Nesta obra, Anastasia conhece o Sr. Grey porque precisa entrevistá-lo para o jornal de sua Universidade. Sua melhor amiga é quem deveria conduzir a entrevista, mas como ela estava doente, sobrou para a pobre e desajeitada Srta. Steele. Ela cai ao entrar no escritório e amaldiçoa seus "dois pés esquerdos", o que sugere que ela vive caindo. Antes disso, já tinha brigado com seu cabelo, reclamado da sua palidez e dos seus olhos que, segundo ela, eram grandes demais para seu rosto. Ai, minha paciência! O fato é que os dois sentem-se atraídos um pelo outro e ele, que é um dominador no fantástico mundo do sadomasoquismo, tenta de todas as formas transformá-la em sua submissa. Tem até um contrato na jogada, que é transcrito umas 300 vezes ao longo da história. Para mim, o grande dilema do livro é: "Assinar ou não assinar? Eis a questão!".

Resumindo: ele se apaixona por ela, mas ainda desconhece o fato. Oferece à mesma um contrato de submissão. Ela sabe que, por princípios, não deveria aceitar, mas como está apaixonada por ele, fica durante todo o livro em dúvida quanto a isso. Parece chato. E é mesmo.

A trama não é ruim, sejamos justos. Confesso que me surpreendi positivamente, pois eu realmente estava esperando uma bela porcaria, só que o enredo é fraco (bem fraco), isso não dá para negar. O ponto alto da história, a meu ver, é todo o drama e o mistério envolvendo o passado de Christian. Se isso tivesse sido um pouco mais explorado, a coisa teria sido boa.

A burrice da Anastasia me irritou profundamente. Tudo bem ser "ingênua e inocente" (que para mim é a mesma coisa), mas não precisa ser burra. Ela pensava, fazia e falava umas coisas que nem o mais idiota dos seres seria capaz de pensar, fazer e falar. Christian Grey também é bem incoerente. Ficava com aquele mimimi de "não sou homem para você" e "você deveria ficar longe de mim" *Edward Cullen feelings*, mas não deixava a garota em paz, vivia perseguindo a coitada. Não fez muito sentido.

Dizem que o que foi retratado ali não tem nada a ver com sadomasoquismo. Sinceramente, não faço a menor ideia. Mas é fato que as cenas de sexo, se formos analisar a proposta do livro, são bem fracas e repetitivas, mas não sei se isso quer dizer alguma coisa. Aliás, os diálogos, pensamentos e mimimis também são bem repetitivos. Perdi as contas de quantas vezes li "minha deusa interior", "meu inconsciente" e "estou boquiaberta". Cheguei a ficar com vergonha alheia da autora em algumas vezes. Quando lia alguma frase absurda, meu primeiro pensamento era: "nossa, que ridículo!".

O final do livro foi muito bom. A autora soube deixar um excelente gancho para a continuação. Fiquei bem curiosa para ler o segundo.

Como eu disse, o livro não é ruim. Mas não é bom. Portanto, não vou recomendá-lo. Fica a critério de cada um saber se topa ou não encarar uma história com uma proposta como essa. Não acrescenta nada ao leitor, mas também não subtrai. É indiferente.

Aguardem resenhas dos próximos livros da trilogia. Atualizo esta postagem com os links assim que forem ao ar.

Abraços e até a próxima.


Leia também as resenhas de:

- Cinquenta tons mais escuros
- Cinquenta tons de liberdade


Informações gerais 
Título da obra: Cinquenta tons de cinza
Autor: E L James
Ano da edição lida: 2012
Editora: Intrínseca
Páginas: 480p.
Classificação no Skoob: ✯✯✯✯

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