quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Resenha | Extraordinário, de R. J. Palacio

Sinopse:

August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela é uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações médicas. Por isso ele nunca frequentou uma escola de verdade... até agora. Todo mundo sabe que é difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tão diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele é um menino igual a todos os outros.

Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade - um impacto forte, comovente e, sem dúvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo tipo de leitor.
 


Uma das primeiras coisas que atraiu a minha atenção para o livro foi, sem sombra de dúvidas, a capa (a vermelha e branca, tal como na imagem). Fiquei tão interessada que passei a procurar resenhas em todos os cantos da internet. Resultado: comprei o livro (numa promoção, o que é melhor ainda!). Comecei a leitura imediatamente (em abril, se não me engano - é, já faz um tempinho! *__*) e não me arrependi!

Posso afirmar com toda certeza de que foi uma das melhores leituras de 2013. Tocante, envolvente e contagiante. A princípio, imaginei que fosse uma história muito triste, que fosse me fazer chorar o tempo inteiro, mas não poderia estar mais enganada. É claro que o livro traz passagens tristes e angustiantes, afinal, o tema não é "o que vocês fizeram no verão passado", mas nada foi forçado. No meu entendimento, a ideia central do livro é aceitação (e superação também, claro).

Uma das coisas que mais gostei foi essa ideia de apresentar os pontos de vista das pessoas que convivem (ou conviveram em algum momento) com o August. Isso nos permitiu saber o que as pessoas de fato pensavam sobre tudo o que estava acontecendo, não nos deixando presos apenas no relato do menino. Enriqueceu e aprofundou a história de maneira muito coerente.

Os "tapas na cara" sutis que o livro nos dá são sensacionais. É uma obra que te faz refletir e rever alguns conceitos o tempo inteiro. E posso afirmar com a mais absoluta certeza, uma vez que já faz oito meses que o li, que essa reflexão continua mesmo após o término da leitura. Aliás, já estou planejando uma releitura! (sim, eu realmente gostei do livro, hehe...)

Os acontecimentos não se deram de maneira atropelada (e nem muito devagar), possibilitando que a história fosse devidamente aproveitada. Não se fica com aquela sensação de "oi? nem vi isso acontecer...".

A linguagem é simples (ponto positivo, ok? afinal, simples é diferente de simplório), objetiva e o texto flui rapidamente. Ao contrário do que li em algumas resenhas, não achei que a autora tentou "justificar" o título no decorrer da história. É claro que há uma ou outra menção ao fato de Auggie ser "extraordinário", mas já vi muitos outros livros aclamadíssimos se utilizando do mesmo artifício (ou seja, não há problema nenhum em referenciar o título no texto, desde que o autor não passe o tempo todo tentando fazer isso). E tem outra coisa... o livro é mesmo extraordinário! :D

A obra foi lançada pela Intrínseca que, como sempre, fez um excelente trabalho de diagramação. Já faz um tempinho, mas não custa avisar, que a editora relançou Extraordinário com uma nova capa (azul, inspirada na original) e novos preços (R$ 19,90 o impresso e R$ 9,90 o e-book) - até achei a capa muito bonita (mais do que a anterior), mas não comprarei essa segunda versão, afinal, o texto é o mesmo, né?

Obs.: em um dos capítulos há um erro na diagramação (confesso que atrapalha um pouco a leitura, mas nada grave), entretanto, o erro permanece mesmo após o relançamento do livro. Agora fiquei em dúvida: será que é erro mesmo ou foi proposital? (se foi proposital, não entendi o motivo, sinceramente).

LIVRO RECOMENDADO!

E para encerrar a resenha, nada como uma frase bonitinha, né? 

"Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida,
porque todos nós vencemos o mundo."

Desculpem-me, mas não me lembro em qual página está essa frase. =/

Abraços e até a próxima!

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