sábado, 10 de agosto de 2013

Resenha | Café Preto, de Agatha Christie



SINOPSE
O excêntrico detetive belga retorna em uma aventura passada em 1934, quando é convocado pelo famoso cientista inglês temeroso de que a fórmula secreta que está desenvolvendo seja roubada. Ao lado de seu fiel escudeiro, o capitão Hastings, Poirot apressa-se em atender ao chamado, mas chega tarde demais. Encontra o cientista morto, e a fórmula desaparecida. Todos os ocupantes daquela bela casa de campo inglês são suspeitos, e só as privilegiadas células cinzentas de Poirot poderão descobrir o verdadeiro culpado.
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Café Preto, de Agatha Christie, foi escrito originalmente como uma peça de teatro. A adaptação do texto em romance foi feita por Charles Osborne, biógrafo da autora.

Por se tratar de uma peça de teatro adaptada, os fatos ocorrem de maneira bem ágil e se passam, em sua maioria, em um único ambiente: a biblioteca da casa. Algumas cenas ocorrem no jardim adjacente e em outros cenários, mas são poucas. Temos neste livro alguns "dramas" familiares e problemas financeiros, ou seja, "bons" motivos para que alguns personagens pudessem ter cometido os crimes.

A identidade do culpado é descoberta pelo leitor enquanto o crime é "preparado". Isso acontece, ao meu ver, por se tratar de uma peça de teatro adaptada. Essa "previsibilidade" pode desagradar alguns leitores, mas não me incomodou. É claro que eu preferia um bom suspense, com evidências ambíguas e que eu tivesse dúvidas quanto à identidade do assassino, mas não achei que essa objetividade tirou o mérito ou a qualidade do livro. De toda forma, não considero uma boa pedida começar a ler Agatha Christie por este livro, pois esse "direto ao ponto" pode deixar os iniciantes com uma visão limitada de sua escrita e, em alguns casos, podem desmotivá-los a tentar a leitura de outras obras.

Obs.: Minha sugestão é que se comece por: O assassinato de Roger Ackroyd, Os Quatro Grandes, E não sobrou nenhum (antigo O caso dos dez negrinhos) ou Convite para um homicídio.

Cabe mencionar que Osborne tentou ao máximo ser fiel ao estilo de escrita de Agatha Christie e, na minha opinião, ele fez isso de forma satisfatória. É claro que ficou um pouco diferente, mas acredito que isso se deva mais ao fato do romance ter sido adaptado de uma peça de teatro do que por qualquer outro motivo.

O livro que possuo é o mesmo da foto, que é da Edições BestBolso, selo da Editora Best Seller. Possui uma edição simples, mas bonita. Gosto especialmente da capa, porém, como ela é bem molinha, pode amassar ou formar as famosas "orelhas" se não tomar cuidado. Meu exemplar continua em perfeitas condições.

Em tempo: algumas personagens deste livro chegaram a me irritar profundamente (muito "mimimi"), mas no decorrer da história tudo ficou esclarecido e passei a gostar delas. ;)

Recomendo o livro, mas sou suspeita para falar, afinal, AMO as histórias da Agatha Christie. Se tiver o Poirot, melhor ainda! Enfim, é uma leitura rápida e dinâmica. Vale muito a pena!

Até a próxima, pessoal!

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