segunda-feira, 24 de abril de 2017

Resenha | Os cinco porquinhos, de Agatha Christie


SINOPSE
A jovem Carla Lemarchant procura Hercule Poirot em busca de ajuda. Seu pai, Amyas Crale, pintor famoso, foi envenenado e sua mãe, Caroline, julgada e condenada pelo crime, morreu na prisão pouco depois. Antes de morrer, Caroline deixou uma carta endereçada à filha, na época ainda uma criança de 5 anos de idade, onde afirma a sua inocência. A jovem agora pretende casar mas, antes disso, quer provar a inocência da mãe. Hercule Poirot aceita a missão e limita sua investigação aos cinco suspeitos mais prováveis, a fim de desvendar um crime acontecido 16 anos antes, com base apenas nos relatos dos envolvidos.
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Mas, gente, como é que pode solucionar um crime que aconteceu há 16 anos se as únicas evidências são os relatos dos envolvidos??? Essa Agatha Christie, rainha absoluta do crime e diva maior, tá tirando onda com a minha cara!!! :(

Escolhi esse livro porque estava com vontade de ler alguma coisa no Kindle, pois cansa ficar passeando com livro físico pra lá e pra cá (infelizmente não estou sendo paga para fazer publicidade deste e-reader belezinha, hauehuaheuhauehuaheua :D). Calhou que esta obra estava no Kindle Unlimited e, sendo da Agatha Christie, eu não poderia recusar (óbvio). Achei a premissa interessantíssima e fiquei muito curiosa para ver como o caso seria resolvido.

Na trama, Amyas Crale, um pintor famoso, foi envenenado em sua casa. Sua esposa, Caroline, foi condenada pelo crime sem a menor chance de defesa. Dezesseis anos depois, a filha do casal - Clara Lemarchant -, prestes a se casar, resolve contratar Poirot para solucionar o caso, uma vez que ela tem certeza de que a mãe é inocente. No dia do assassinato estavam presentes Phillip e Meredith Blake, amigos do casal; Angela Warren, irmã de Caroline; Cecilia Williams, professora de Angela; e Elsa Greer, amante de Amyas e modelo de seu mais recente quadro (não, você não leu errado, Amyas Crale colocou no mesmo teto esposa e amante, porque ele era desses (um canalha)). Diante das circunstâncias, Poirot resolve que vai entrevistar todo mundo que possa ter uma lembrança dos acontecimentos, principalmente as cinco pessoas envolvidas.

Nessa parte, confesso, o livro fica um pouco maçante, pois ele conversa com todos que estavam presentes no dia do crime e eles contam praticamente a mesma história (claro, sob pontos de vista específicos e com alguns detalhes diferentes, mas no geral era tudo a mesma coisa). Além disso, em outra parte temos as cartas que eles escrevem ao detetive, a pedido deste, contando a mesma história (nesse caso, a opinião deles sobre os acontecimentos fica mais explícita, mas não deixa de ser repetitivo, né?). Mesmo sendo cansativo, isso não tira o suspense da obra; confesso que toda hora eu desconfiava de uma pessoa diferente, mas no fim, o assassino era a única pessoa de quem eu não tinha desconfiado. Vejam só vocês que fracasso eu seria como detetive! :'(

O desfecho, na minha opinião, foi realmente bom. Conforme Poirot ia explicando os acontecimentos daquele dia, eu lembrava dos relatos e pensava: "Putz, como não reparei nisso? Tava na cara!". Sensacional. Recomendo para todo mundo que gosta do gênero. Com certeza um dos melhores livros que já li da autora.

Obs.: uma coisa que me incomodou um pouco (bastante) na leitura foi a justificativa de que as constantes traições de Amyas Crale eram plenamente justificáveis porque ele era um artista!!! UÓT??? Minha mente já projetava vários discursos feministas enquanto eu lia a obra. O livro poderia ter sido escrito há duzentos milhões de anos antes de Cristo e eu, ainda assim, não seria obrigada a aguentar esse tipo de argumento sem xingar mentalmente. (foi só um desabafo, desculpa)

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Os cinco porquinhos
Autor(a): Agatha Christie
Ano da edição lida: 2014
Editora: Globo Livros
Páginas: 296
Classificação: ✯✯✯✯

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Lançamento | O SEGREDO DOS CORPOS (DarkSide Books)



APÓS A MORTE A VERDADE VIVE

Há mais de 40 anos, ele desvenda segredos daqueles que já se foram, muitos de forma misteriosa e violenta. Não há nada de místico em seu trabalho. Devoto da ciência, o Dr. Vincent Di Maio é um dos mais renomados médicos forenses dos EUA, e ele resolveu dividir tudo o que aprendeu com os mortos em seu livro O Segredo dos Corpos.

CSI, Dexter, O Silêncio dos Inocentes, True Detective. A medicina forense tem sido uma fonte constante de inspiração para grandes narrativas policiais. Uma tradição que remonta às primeiras histórias de Sherlock Holmes no século XIX. Mas será que a arte imita mesmo a vida — ou, nesse caso, a morte? O que realmente acontece numa autópsia? Você não precisa mais morrer de curiosidade. Ler O Segredo dos Corpos é como estar dentro do necrotério, participando de uma verdadeira aula sobre patologia criminal. Sem o inconveniente cheiro do formol.

O Segredo dos Corpos disseca casos surpreendentes que ajudaram a construir a reputação do legista. Como a exumação de Lee Harvey Oswald, suposto assassino do presidente Kennedy. Ou a investigação pela morte do adolescente Trayvon Martin, em 2012, na Flórida, crime que acabaria impulsionando o movimento Black Lives Matter, de denúncia contra o racismo na sociedade norte-americana.

O livro apresenta ainda casos reais de serial killers que ainda aterrorizam o imaginário popular. E num capítulo especial, o autor questiona o alegado suicídio de Vincent van Gogh. Atendendo a um pedido de Steven Naifeh e Gregory White Smith, coautores de Van Gogh: A Vida, biografia do pintor, Di Maio analisou o caso e acredita que a marca da ferida revelara que o tiro não poderia ser “autoinfligido”.

A verdade nua e crua é o que você pode esperar em O Segredo dos Corpos. Escrito a quatro mãos, duas delas no bisturi do Dr. Vincent Di Maio e as outras duas do veterano escritor Ron Franscell, parceiro de Vincent Bugliosi (autor de Helter Skelter), o livro revela surpresas a cada página. Conheça a história da medicina legal, as curiosidades de uma profissão que aparenta ser tão mórbida e sombria, e as razões que levam alguém a dedicar toda sua vida a pesquisar os mortos.

O Segredo dos Corpos é um dos finalistas na categoria de não ficção do Edgar Allan Poe Awards de 2017, e chega ao Brasil pela DarkSide® Books. O livro faz parte da coleção Crime Scene®: histórias reais, indicadas para quem tem o espírito investigador e não se assusta facilmente. Entre os títulos da coleção estão Casos de Família, Serial Killers – Louco ou Cruel? e Serial Killers – Made in Brazil, os três de Ilana Casoy; a premiada biografia Manson, de Jeff Guinn; e o best-seller Serial Killers, Anatomia do Mal, de Harold Schechter.

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Se é da coleção Crime Scene®, to dentro!!! Vai fazer par com Casos de Família, da Ilana Casoy, na minha lista de desejados!

O lançamento está previsto para o dia 30 de abril!

Para mais informações, consultar:


Até a próxima, pessoal!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Resenha | Guerra do Velho, de John Scalzi


SINOPSE
A humanidade finalmente chegou à era das viagens interestelares. A má notícia é que há poucos planetas habitáveis disponíveis – e muitos alienígenas lutando por eles. Para proteger a Terra e também conquistar novos territórios, a raça humana conta com tecnologias inovadoras e com a habilidade e a disposição das FCD - Forças Coloniais de Defesa. Mas, para se alistar, é necessário ter mais de 75 anos. John Perry vai aceitar esse desafio, e ele tem apenas uma vaga ideia do que pode esperar. Guerra do Velho é frequentemente comparado a um dos maiores clássicos da ficção científica: Tropas Estrelares, de Robert Heinlein. O próprio Scalzi já confirmou que Heinlein é uma das suas maiores influências e que a obra foi escrita seguindo os princípios que ele acredita serem próprios da escrita do autor que tanto admira. Scalzi é um dos principais nomes da ficção científica contemporânea. Ganhador dos prêmios Hugo e Locus, o autor conquistou público, crítica e mercado. Em fevereiro de 2015, fechou um contrato com a editora Tor Books de cerca de $3,4 milhões, para publicar 13 livros nos próximos 10 anos. O canal SyFy está produzindo uma série de TV – chamada Ghost Brigades – como adaptação do livro, e a Paramount já comprou os direitos para levar a história para as telas do cinema.
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Estávamos passeando pela livraria um dia antes do meu aniversário e minha mãe me disse que meu irmão disse (kkkkkkk) que era para eu escolher um livro que ele iria me dar de presente. OK, nem precisa repetir! Como eu não queria escolher livros que estavam na minha lista de desejados porque haveria possibilidade de alguém já me presentear com eles, resolvi pegar um livro totalmente aleatório. O escolhido foi essa belezinha: Guerra do Velho!

Eu já tinha me interessado pela capa, pelo título e fiquei realmente convencida de que era o livro certo quando o virei e li: "No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas: visitei o túmulo da minha esposa, depois entrei para o exército". Fala sério, quem não se encanta com uma premissa dessas? Mesmo sabendo SÓ isso sobre a obra, comecei a leitura muito empolgada! Sorte que não me decepcionei. Vamos aos fatos:

John Perry é um senhor de 75 anos que, após visitar o túmulo de sua esposa pela última vez, se alista no exército. Planetas estão sendo colonizados, inclusive por humanos. Como há poucos territórios disponíveis, as mais diferentes raças estão dispostas a lutar bravamente para permanecer ou conquistar esses locais. As Forças Coloniais de Defesa (FCD) recrutam, para este fim, pessoas que completam 75 anos. Eles são direcionados ao Espaço, passam por algumas melhorias em seus corpos, realizam treinamentos e só então estão aptos para as batalhas. Acompanhamos tudo isso pela perspectiva de Perry, que logo no começo da aventura faz amizade com outras pessoas na mesma situação, alguns com perfis mais intelectuais e outros com perfis mais irônicos/divertidos. Eles são os Velharias (♥).

Gostei muito da escrita do autor, que é bem leve, e das personagens que ele construiu. Os Velharias são os melhores soldados das FCD que você respeita!!! As batalhas são muito interessantes, principalmente a última. Apesar de Scalzi não ser muito específico, achei que ele conseguiu descrever relativamente bem as diferentes raças, as formas como eles atacam e se defendem, seus pontos fortes e fracos etc.; se ele explicasse demais, talvez ficasse chato. O único problema da trama, ao meu ver, é que toda aquela guerra não fazia muito sentido, as razões pelas quais eles lutavam não ficaram bem explicadas. Só depois fui descobrir que haverá continuação, então talvez isso seja elucidado nos próximos volumes.

Não costumo ler muitos livros de ficção científica, embora tenha gostado muito de todos os que li até aqui. Talvez esse seja um gênero literário que eu preciso explorar mais. Recomendo muito a leitura de Guerra do Velho e espero que vocês se divirtam o mesmo tanto (ou até mais) que eu me diverti!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Guerra do Velho
Autor(a): John Scalzi
Ano da edição lida: 2016
Editora: Aleph
Páginas: 368
Classificação: ✯✯✯✯

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Resenha | Corrente Sanguínea, de Tess Gerritsen


SINOPSE
Claire Elliot, uma médica de renome em Baltimore, acabou de perder o marido, e sente que o filho adolescente está assustado e traumatizado pela morte do pai. Para afastá-lo das más companhias e da violência, Claire escolhe uma pequena cidade como refúgio: Tranquility, às margens do lago Locust.
Tudo parece bem até que os primeiros sinais do inverno surgem, e com eles, uma tragédia: um jovem, um de seus primeiros pacientes em Tranquility, é dominado pelo ódio e assassina vários colegas de sua escola e sua professora. A cidade tenta pôr a culpa do repentino ato violento no tratamento administrado pela médica recém-chegada, mas Claire desconfia de que haja algo suspeito por trás desse acontecimento sinistro.
Seus pressentimentos são confirmados quando surgem outros casos de violência, e suas incansáveis pesquisas mostram que não é a primeira vez que tais surtos acontecem no local: adolescentes ferindo seus pais, irmãos e amigos... Uma vez a cada 50 anos, a cidade é tomada por ondas de crimes assustadores.
Embora os rumores apontem atividades macabras e bruxaria como possíveis causas desse fenômeno, Claire começa a suspeitar de que a violência seja fruto de uma epidemia, transmitida por uma substância não identificada, passando de criança a criança, infectando seus cérebros e deixando-as fora de controle.
Claire precisará pesquisar a fundo a causa dos ataques, com a ajuda do chefe de polícia, de uma arqueóloga interessada nos antigos casos de violência na cidade e da única moradora que não tem medo de falar sobre o passado trágico de Tranquility. Mas, quando menos espera, ela se depara com uma ameaça ainda pior. O tempo está contra a médica: não só toda a cidade pode estar em perigo, como seu filho parece cada vez mais distante e inquieto...
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Desta vez eu nem tenho uma justificativa plausível para o meu sumiço :(

Foi mal, pessoal, mas espero que curtam as resenhas das minhas últimas leituras (para assegurá-los de que não vou sumir tão em breve, aviso que já tenho várias programadas, hehehe...)

Minha mãe é uma grande fã de Tess Gerritsen e praticamente me obrigou a ler Corrente Sanguínea, mas antes me alertou de que esse não é o melhor livro da autora. Como fiquei muito curiosa e não tinha nada em mente para ler, resolvi aceitar a sugestão. Posso dizer que a primeira impressão foi boa. Vamos aos fatos:

Claire Elliot, uma médica de Baltimore, resolve se mudar para Tranquility, no Maine, após o falecimento de seu marido. Uma das razões para essa mudança é ajudar seu filho, Noah, que além de não ter lidado muito bem com a morte do pai, ainda estava com sérios problemas em sua antiga cidade. No entanto, ele detesta essa mudança e faz questão de jogar isso na cara dela a todo momento. Além disso, seu consultório médico anda meio às moscas, isso porque os moradores de Tranquility não colocaram fé em sua permanência na cidade: devido aos invernos rigorosíssimos, a maioria daqueles que chegam em busca de uma nova vida vão embora na primeira oportunidade.

O drama começa quando um jovem, tomado por um ódio absolutamente incontrolável, atira contra seus colegas de classe e sua professora. Ele era paciente de Claire, que recentemente havia suspendido uma medicação que, teoricamente, o colocava nos "eixos". Foi o que bastou para que considerassem a médica responsável pelo acontecido. Entretanto, a grande questão era que esses surtos de violência estavam muito mais recorrentes entre os jovens e alguns nem eram pacientes dela, o que a fez desconfiar de que alguma coisa realmente séria estava acontecendo por ali. Quando ela está bem próxima de encontrar uma resposta, se vê alvo de alguém que quer pará-la de qualquer maneira.

Chega de falar do enredo agora, senão tirarei a graça da leitura (se é que a sinopse já não fez isso por vocês, né? desculpa, galera, mas peguei do Skoob). O livro começa com um prólogo arrasador, já me conquistou nas primeiras páginas. A investigação corre de maneira objetiva, mas não apressada: uma descoberta aqui, uma explicação ali, uma hipótese acolá etc. A escrita da autora é bem fluida, então ela se apega aos detalhes necessários e é sucinta no restante, de forma que o texto não fica entediante. O problema mesmo acontece no desfecho: embora ele seja surpreendente a meu ver, tudo acontece muito rápido; toda aquela contenção na investigação estoura no final; parece que a autora meteu o pé no acelerador e saiu escrevendo como se não houvesse amanhã. A consequência? Pontas soltas.

Gente, mesmo com esse problema no final, o livro é muito bom. A curiosidade e a ansiedade falam mais alto para saber qual é, afinal de contas, o problema de Tranquility. Recomendo a leitura. Com certeza procurarei outras obras da autora para ler! :)

Obs.: já repararam que essas histórias malucas sempre se passam no Maine? hehehe

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais 
Título da obra: Corrente Sanguínea
Autor(a): Tess Gerritsen
Ano da edição lida: 2011
Editora: Record
Páginas: 416
Classificação: ✯✯✯✯