segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Resenha | Serial Killers: Anatomia do Mal, de Harold Schechter


SINOPSE
O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que os move e o que pode detê-los? Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria? Serial Killers: Anatomia do Mal é o dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter - que pesquisa o tema há mais de três décadas -, o livro é referência fundamental a todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia. Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em série dos Estados Unidos, a obra abrange desde a criação do termo serial killer no início do século XX até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop. Tente entender o que se passa na mente dos assassinos mais temidos e cruéis de todos os tempos. Sem dúvida, oriundos de uma sociedade que precisa repensar urgentemente como cicatrizar essas feridas abertas.
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De todas as criaturas já feitas, o homem é a mais detestável. De toda a criação, ele é o único, o único que possui malícia. São os mais básicos de todos os instintos, paixões, vícios - os mais detestáveis. Ele é a única criatura que causa dor por esporte, com consciência de que isso é dor. (Mark Twain) 

Quem acompanha o blog há um tempo já sabe que adoro ler livros sobre serial killers. Um dossiê definitivo sobre eles, então, é uma leitura muito mais do que necessária!

Acho que nunca comecei uma resenha desse tipo com um alerta, mas vamos lá: o livro possui conteúdo extremamente violento, não é indicado para pessoas sensíveis e expressamente indicado para maiores de 18 anos. É sério. Tá na contracapa. Depois não digam que eu não avisei.

Por se tratar de um dossiê sobre assassinos em série, o livro é bem detalhado. No primeiro capítulo, o autor fala sobre a origem do termo serial killers, as definições, categorias de assassinato (em série, em massa, relâmpago) etc. No segundo capítulo, são abordadas as principais características deles, quem eles, de fato, são. No terceiro capítulo somos apresentados à história do assassinato em série. No quarto capítulo, o destaque é para o sexo: perversões, sadismo, dominação, fetichismo, necrofilia etc. No quinto capítulo, o autor discorre sobre os motivos pelos quais eles matam: danos cerebrais, abuso infantil, ódio da mãe, entre outros. O sexto capítulo é sobre o mal em ação: fatores desencadeantes, alvos de ocasião, armadilhas e muito mais. O sétimo capítulo apresenta dez serial killers americanos. O oitavo capítulo explica como os casos terminam: captura, suicídio, punição, sem solução etc. E o último capítulo, nono, aborda o serial killer na cultura pop: arte, música, literatura, entre outros. No meio dos capítulos o autor insere alguns estudos de caso (34, mais precisamente), que são análises sobre alguns assassinos em série (famosos ou não).

A obra é realmente completa. Claro que há trechos bem pesados, principalmente nos estudos de caso, já que casos reais são descritos com detalhes sórdidos, mas acho que não dá para esperar algo diferente num livro sobre serial killers, infelizmente.

Algumas passagens estão destacadas em amarelo, como se fosse caneta marca-texto, sinalizando os pontos principais de cada página. Achei isso muito interessante, pois tem um apelo visual bem eficiente. Nem precisei me preocupar em colar trocentas notas autoadesivas. Deixou com cara de material de estudo.

Enfim, é um livro realmente esclarecedor. Mas não pensem que é uma leitura fácil: é bem teórico e denso, apesar de intrigante. Terminá-lo, pelo menos para mim, foi uma tarefa demorada. Mas valeu cada segundo investido.

Recomendo somente para quem se interessa pelo assunto. Se você se enquadra nesse público, não vai se arrepender de ler.

Deixo abaixo minhas outras resenhas sobre o tema:
Serial Killers: Louco ou Cruel?, de Ilana Casoy
Serial Killers: Made in Brazil, de Ilana Casoy
Social Killers - Amigos Virtuais, Assassinos Reais, de RJ Parker e JJ Slate

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Serial Killers: Anatomia do Mal
Autor(a): Harold Schechter
Ano da edição lida: 2013
Editora: DarkSide Books
Páginas: 480
Classificação: ✯✯✯✯✯

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Top 5 | Livros que quero muito ler (Mês do Horror Edition)

Clique AQUI para saber de onde tirei essa imagem super simpática! :D

Olá, pessoal!

Hoje trago para vocês uma TAG: 5 livros que quero muito ler (o mais rápido possível, mas que provavelmente não será nesse ano por motivos de: ainda não tenho nenhum deles). Já que estamos no "Mês do Horror", falarei exclusivamente de livros da DarkSide Books, que segundo seu próprio site é uma editora "inteiramente dedicada ao terror e à fantasia".

Aos familiares e amigos queridos que porventura estiverem lendo isso, aceito todos os livros mencionados abaixo de presente! Obrigada :D (nem sou cara de pau!)

A lista não está em ordem de preferência. Vamos começar...




1. Amityville
(Jay Anson)

[Sinopse] No sugestivo dia 13 de novembro de 1974, a polícia do condado de Suffolk foi surpreendida por um crime brutal que chocou os EUA e se tornou assunto em todo o mundo envolvendo a pacata família Defeo. Alguns dias depois, Ronald Defeo Jr. admitiu ter matado seus pais e quatro irmãos com tiros nas costas, alegando ter sido influenciado por vozes que ouvia dentro de sua cabeça. O crime chocou a população, que começou a tecer teorias; algumas pessoas estranhavam o fato de que todas as vítimas foram encontradas de bruços, outras questionavam como nenhuma delas acordou com os barulhos dos tiros. Não demorou muito para a casa ser considerada mal-assombrada, virando inclusive objeto de estudo dos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren.
Treze meses depois da chacina, George e Kathleen Lutz resolveram recomeçar a vida em uma nova residência que compraram por uma pechincha. Vinte e oito dias depois, os cinco membros da família fugiram aterrorizados, deixando a maior parte de seus pertences para trás. Estranhos eventos começaram a acontecer, afetando a vida dos Lutz e indicando que uma presença maligna habitava a casa. Embora tenha sido amplamente divulgada pela mídia, em especial nos jornais e nas revistas da época, muitas vezes de maneira sensacionalista, a história da casa nunca havia sido contada com riqueza de detalhes — até Jay Anson decidir reconstruí-la e transformar seu livro de não-ficção em um dos relatos paranormais mais importantes e conhecidos de todos os tempos.




2. Evangelho de Sangue
(Clive Barker)

[Sinopse] Evangelho de Sangue oferece uma junção clara dentro do universo de Barker. Os leitores mais atentos já perceberam que as histórias dele se passam em um mesmo universo, mas, agora, o mundo de Hellraiser é explicitamente unido ao do detetive Harry D’Amour – que aparece em outras histórias do autor, como o conto “The Last Illusion”, presente no sexto volume dos Livros de Sangue, e no romance Everville.
D’Amour, que se dedica a investigar casos sobrenaturais, mágicos e malignos, vem encarando seus demônios pessoais há anos. Quando ele se depara com uma Caixa das Lamentações – neste livro, Barker expande a mitologia da Caixa de Lemarchand, e conta que ela é só uma das muitas Caixa das Lamentações que existem por aí –, seus demônios internos são substituídos por demônios de verdade, conforme ele se vê enredado em um terrível jogo de gato e rato, absolutamente complexo, sangrento e perturbador.
Caso se interesse, você pode ler a resenha que fiz de Hellraiser clicando AQUI.




3. Confissões do Crematório
(Caitlin Doughty)

[Sinopse] Um livro para quem planeja morrer um dia. É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção.
Ainda jovem, Caitlin conseguiu emprego em um crematório na Califórnia e aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração. A exposição constante à morte mudou completamente sua forma de encarar a vida e a levou a escrever um livro diferente de tudo o que você já leu sobre o assunto.
Confissões do Crematório reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.
O livro de Caitlin levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma bênção, é apenas uma forma profunda de terror”.




4. Ed & Lorraine Warren: Demonologistas
(Gerald Brittle)

[Sinopse] Não é de hoje que os fãs do terror conhecem Ed Warren e sua esposa, Lorraine. O casal foi retratado em filmes de grande sucesso, como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville. Mas basta folhear as páginas de  Ed & Lorraine Warren: Demonologistas para constatar que, muitas vezes, a vida pode ser bem mais assustadora que o cinema. Principalmente para aqueles que não têm a pretensão de negar fenômenos que nem mesmo a ciência é capaz de explicar.
Em Ed & Lorraine Warren: Demonologistas, Gerald Brittle desvenda alguns dos principais casos reais vividos pelos Warren. Ed e Lorraine permitiram ao autor acesso exclusivo aos seus arquivos sobrenaturais, que incluem relatos extraordinários de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas. O resultado é um livro rico em detalhes como nenhum outro.
Lançado originalmente em 1980, e até então inédito no Brasil,  Ed & Lorraine Warren: Demonologistas é, sem dúvida, o mais completo dossiê sobre os exorcistas/caçadores de fantasmas mais famosos do mundo. Virou o livro de cabeceira do diretor James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal 1 e 2, Annabelle), além de servir de fonte de inspiração para Vera Farmiga, que interpreta a Sra. Warren no cinema.
Nas páginas do livro, o leitor acaba se tornando um pouco mais íntimo de Lorraine Rita e Edward Warren Miney. Duas almas gêmeas que se completavam ao dividir, entre tantas coisas, a mesma vocação: oferecer ajuda espiritual aos possuídos e atormentados.




5. Os Pássaros
(Frank Baker)

[Sinopse] Pássaros. Milhares, talvez milhões, sobrevoam Londres, de forma aparentemente inexplicável e sem sentido, onde parecem observar os habitantes da capital, que os consideram divertidos, se tanto um pouco estranhos. Enquanto as pessoas ainda tentavam entender o que faziam ali, eles começam a atacar, ferindo e até mesmo matando com tremenda brutalidade e violência.
Seriam eles uma força da natureza ou uma manifestação sobrenatural? Ninguém sabe. A única certeza é que o objetivo dos pássaros é a destruição da humanidade e ninguém tem ideia de como impedi-los...
Narrado em primeira pessoa por um dos sobreviventes do ataque mortal, o romance traça um panorama ao mesmo tempo irônico e crítico ao capitalismo e às sociedades ocidentais, que ainda se recuperavam da Primeira Guerra e da crise econômica iniciada com o Crash da Bolsa de Nova York, em 1929, mas seguiam cometendo barbaridades, em nome da civilização, sobretudo em lugares como a África.


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Adorei responder essa TAG! Verei se consigo, periodicamente, atualizar esse TOP 5, já que minha lista de livros desejados nunca diminui, só aumenta! hehe :D

Não vejo filmes de terror porque eles me impressionam demais, mas por algum motivo muito obscuro, livros desse gênero são alguns de meus favoritos (vai entender...). Caso você tenha alguma indicação para mim, sinta-se à vontade para deixá-la nos comentários. Vou adorar saber o que vocês já leram e gostaram.

Então é isso, pessoal! Até a próxima.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Resenha | Menina Má, de William March



SINOPSE
Publicado originalmente em 1954, Menina Má se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, Menina Má ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Menina Má é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien; Chucky; Annabelle; Samara, de O Chamado; e o serial killer Dexter.
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Se eu der para você uma cesta de beijinhos, o que você me dá de volta?

Rhoda Penmark é uma linda garotinha de oito anos, extremamente inteligente, obediente e organizada. Seus movimentos parecem todos ensaiados e ela sempre sabe o que dizer ou fazer para conseguir o que quer. As crianças a temem, mas os adultos a adoram. Por trás desse rostinho angelical, no entanto, há uma pessoa fria, indiferente, capaz de qualquer coisa para conseguir o que quer. Uma psicopata.

A história realmente "começa" quando ocorre o piquenique anual da escola das irmãs Fern. Todas as crianças, inclusive Rhoda, participam deste evento. O problema acontece quando uma delas é encontrada morta, provavelmente afogada, no local da confraternização. Christine Penmark, mãe de Rhoda, percebe que há algo errado com sua filha quando ela demonstra total indiferença ao acontecido. A partir daí, ela associa vários eventos ruins à presença da criança, além de seu comportamento fora do normal, e começa a pesquisar sobre crimes e psicopatas e descobre muito mais do que pretendia a princípio.

Algumas coisas me incomodaram no desenrolar da trama, mas nada completamente prejudicial à leitura. Explico: achei Christine Penmark meio paspalhona e, por vezes, muito irritante; claro que ninguém quer acreditar que seu filho seja um psicopata, mas a "inocência" dela era tanta que me deixava meio nervosa. As passagens com Monica Breedlove, uma amiga de Christine muito conhecida na vizinhança, eram uma chatice só: muita conversa que não acrescenta nada para o leitor. O autor poderia ter usado esse espaço para explorar um pouco mais a personalidade de Rhoda, seus pensamentos, suas ações. A verdade é que ela só protagoniza o título do livro mesmo.

Quando a garota começa a ter um pouco mais de "voz" na trama, nos capítulos finais, é que a coisa fica realmente boa. Uma das últimas ações de Rhoda no livro é de nos deixar de cabelo em pé e queixo caído. O final me deixou absolutamente passada! :O

Apesar dessa história de "semente do mal" e de "gene do mal transmitido hereditariamente" ter me deixado meio desconfiada (pareceu meio forçado), além dos outros probleminhas mencionados anteriormente, é um livro realmente bom. Para quem gosta desse tipo de leitura, é um prato cheio, pois realmente prende a atenção do leitor e faz com que ele queira logo saber no que tudo isso vai dar.

Livro recomendado!

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: Menina Má
Autor(a): William March
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 272
Classificação: ✯✯✯

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Resenha | O Último Adeus, de Cynthia Hand


SINOPSE
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.
O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante.
O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.
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Desculpa, mãe, mas eu estava muito vazio.

O Último Adeus é um livro que não te prende pela ação, mas sim pela emoção. É uma história sobre família desestruturada (principalmente pai ausente), depressão, culpa, superação.

A história é narrada por Lex, uma garota de 18 anos que vê seus sonhos desmoronarem depois da morte de seu irmão, Tyler, que cometeu suicídio. Após o ocorrido, ela se sente culpada por não ter dado a devida atenção a ele, por não ter percebido que havia algo errado. O mesmo se passa com sua mãe. As duas começam a sentir a presença de Ty na casa e Lex, uma pessoa apaixonada por matemática e extremamente racional, acha que está ficando louca.

O livro é dividido em acontecimentos no tempo presente e entradas em diário, nas quais Lex conta fatos do passado relacionados à Tyler. Ela inicia essa atividade (o diário) a pedido de seu terapeuta, Dave, como forma de expressar seus sentimentos para aliviar sua dor e, finalmente, seguir da melhor forma possível com sua vida. Após a morte de Ty, Lex havia se afastado dos seus amigos, seu rendimento em matemática estava caindo (o que poderia lhe custar a tão sonhada vaga no MIT) e ela não aguentava mais os olhares de pena de todos a sua volta.

A escrita da autora é absolutamente sensacional. Não é apelativa, aborda depressão e suicídio com a sensibilidade necessária. Não força nada. As personagens são tão carismáticas que torna-se impossível não sentir as dores e tantas outras emoções de Lex, de sua mãe e de seu irmão. Não é um livro de muitas ações, não há um grande acontecimento, reviravoltas etc., mas é extremamente tocante, sensível e  inesquecível. Me fez pensar no quanto a gente, na maioria das vezes, não diz às pessoas importantes para nós o quanto elas realmente são importantes, especiais; o quanto deixamos de dar atenção àqueles que amamos por nos preocuparmos principalmente (e, muitas vezes, exclusivamente) com nossos problemas. Fica aí um alerta!

Por fim, a questão principal da obra não é nem a depressão/suicídio, mas sim o que vem depois de tudo isso para quem fica. Como lidar com os sentimentos, como superar e seguir adiante etc.

Livro mais do que recomendado!

Obs.: Sei que fiquei um tempão ausente do blog e peço imensas desculpas por isso, mas o famigerado "bloqueio criativo" me pegou. Espero que isso não volte a acontecer tão cedo.

Até a próxima, pessoal!


Informações gerais
Título da obra: O Último Adeus
Autor(a): Cynthia Hand
Ano da edição lida: 2016
Editora: DarkSide Books
Páginas: 352
Classificação: ✯✯✯✯✯